• G.Lab para GSK
Atualizado em
O contato direto com gotículas ou secreções respiratórias é o responsável pela transmissão de doenças respiratórias.  (Foto: Gettyimages)

O contato direto com gotículas ou secreções respiratórias é o responsável pela transmissão de doenças respiratórias. (Foto: Gettyimages)

A terapeuta Bianca Torres, de 76 anos, passou por um susto no ano passado. Em uma manhã, após sentir muito cansaço, ela desmaiou em casa. Encontrada pela família, foi levada rapidamente para o hospital e ficou 19 dias em coma na UTI. Ao acordar e recuperar a consciência, o diagnóstico a assustou: meningite.

O caso de Bianca não é raro. Com a chegada dos dias mais frios, acende-se o sinal de alerta para doenças transmitidas pela via respiratória, especialmente por passarmos mais tempo em ambientes fechados, sem ventilação. Doenças como meningite, gripe e coqueluche podem levar à morte, mas há diferentes formas de prevenção, sendo a vacinação a mais efetiva delas [1,4,6,8,11,15,18].

Gripe (Influenza)
A gripe (influenza) é uma infecção viral respiratória aguda e altamente contagiosa, podendo resultar em complicações sérias1,2. Pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade, sendo facilmente transmitida através de tosse, espirro e contato próximo com uma pessoa ou superfície contaminada [1,7].

Muita gente confunde gripe e resfriado. As duas são doenças respiratórias, no entanto, são causadas por diferentes vírus. A diferença fundamental está nos sintomas. As pessoas com resfriado são mais propensas a ficar com nariz escorrendo ou entupido. Os resfriados geralmente não levam a complicações de saúde, como pneumonia, infecções bacterianas ou hospitalizações. Já a gripe pode levar a sérias complicações associadas e até a morte. Os sintomas podem incluir febre alta ou sensação de febre/calafrios, tosse, dor de garganta, nariz entupido, dores musculares ou corporais, dores de cabeça, fadiga (cansaço) [1,3-6].

Além da vacinação, há outras formas de prevenção [1]:
• Lavar as mãos regularmente com a secagem adequada das mãos;
• Boa higiene respiratória - cobrindo boca e nariz ao tossir ou espirrar, usando tecidos e descartando-os corretamente;
• Auto-isolamento precoce daqueles que se sentem mal, febris e apresentam outros sintomas da gripe;
• Evitar o contato próximo com pessoas doentes;
• Evitar tocar nos olhos, nariz ou boca.

Coqueluche
A coqueluche, em seus estados iniciais, pode ser confundida com um resfriado comum e, geralmente, não é diagnosticada até que os sintomas mais severos apareçam [12]. As complicações da coqueluche podem incluir sinusite, pneumonia, otite média, perda de peso, incontinência urinária, fratura de costela e desmaio [13].
É uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório humano [13]. É transmitida facilmente de pessoa para pessoa e os bebês de até seis meses de idade, que ainda não completaram o esquema primário de vacinação, são mais suscetíveis ao contágio [9,10]. Mais de 90% das crianças menores de dois meses infectadas pela coqueluche são hospitalizadas devido a complicações associadas à doença [14].

A vacinação é uma das principais formas de prevenção [11]. Bons hábitos de higiene previnem a propagação de doenças respiratórias. Confira alguns [11]:

• Cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável quando tossir ou espirrar;
• Jogar o lenço usado no cesto de lixo;
• Tossir ou espirrar na parte superior do braço ou cotovelo, não nas mãos, na falta de lenço descartável;
• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, por pelo menos 20 segundos;
• Usar um desinfetante para as mãos à base de álcool, se não houver água e sabão disponíveis.

Meningite
O meningococo, bactéria que causa a meningite meningocócica, pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas ou secreções respiratórias, através de tosse, espirro e beijo, por exemplo [15]. Aproximadamente 10% dos adolescentes e adultos possuem a bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmiti-la mesmo sem adoecer – são conhecidos como portadores assintomáticos [18,19].

Os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito — podem ser confundidos com outras doenças infecciosas [15]. Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas vermelhas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. Se não for rapidamente tratado, o quadro evolui para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito [15-17].

Outras formas que podem ajudar na prevenção incluem evitar aglomerações, não fumar e evitar a fumaça do cigarro, descansar bastante, evitar contato com pessoas doentes e manter os ambientes ventilados e limpos [17].

É necessário lembrar que a vacinação é um recurso importante para a prevenção, não só da meningite meningocócica, mas de outras doenças infecciosas também em crianças, adolescentes e adultos [6,8,16,19].

Material divulgado ao público geral. Em caso de dúvida, consulte seu médico.

Saiba mais acessando a Casa de Vacinas

Referências:

1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Influenza (seasonal). 2018. Disponível em:
<https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/influenza-(seasonal)>. Acesso em: 8
mar. 2019.

2. BRASIL. ANVISA. Imunização 2019. Definida composição da vacina contra a influenza. Disponível
em: http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/definida-composicao-da-vacina-contra-a-influenza/219201?p_p_auth=LN1ViaoJ&inheritRedirect=false . Acesso em: 29 junho. 2019.

3. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. FluSymptoms&Complications. Disponível
em: <https://www.cdc.gov/flu/consumer/symptoms.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.

4. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Cold versus Flu. Disponível em:
<https://www.cdc.gov/flu/about/qa/coldflu.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.

5. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Key factsabout Influenza (Flu), 2018.
Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/keyfacts.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe Técnico: 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a
Influenza. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/01/Informe-Cp-Influenza-29-
02-2019-final.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Nota Técnica: vacinas Influenza no Brasil em 2019.
Disponível em: <https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nt-influenza-2019-final.pdf>.
Acesso em: 13 mar. 2019.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenir doenças. Disponível
em: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52650-a-vacinacao-aindae-
a-melhor-forma-de-prevenir-contra-doencas>. Acesso em: 8 mar. 2019.

9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da gestante: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2019/2020 (atualizado até 28/04/2019). Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf. Acesso em: 28 jun. 2019
10. BRASIL. Ministério da Saúde. Coqueluche no Brasil: análise da situação epidemiológica de 2010 a 2014. Boletim epidemiológico, 2015. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/08/2015-012---Coqueluche-
08.12.15.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.

11.CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (Whooping cough). Prevention.  Disponível em: <https://www.cdc.gov/pertussis/about/prevention/index.html>. Acesso em: 28 junho. 2019.

12. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (“Whooping Cough Signs and Symptoms”).  Disponível em: <http://www.cdc.gov/pertussis/about/signs-symptoms.html>. Acesso em: 28 fev. 2019.

13. DE SERRES, G. et al. Morbidity of pertussis in adolescents and adults. The Journal of Infectious
Diseases, 182(1): 174-9, 2000.

14. HONG, J. et al. Update on pertussis and pertussis immunization. Korean Journal of Pediatrics,

53(5): 629-633, 2010.

15. PORTAL DA SAÚDE. Meningite: o que é, tem cura, pode matar, sorogrupos, causas, sintomas, transmissão, tratamento, diagnóstico e prevenção. 2019. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites>. Acesso em: 21 maio 2019.

16. WORLD HEALTH ORGANIZATION. MeningococcalMeningitis. Disponível em: <www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis> Acesso em: 22 mai. 2019.
17 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Meningitis. BacterialMeningitis . Disponível em: < https://www.cdc.gov/meningitis/bacterial.html>. Acesso em 20 mai. 2019.
18. ERVATI, M.M. et al. Fatores de risco para a doença meningocócica. Revista Científica da FMC, 3(2): 19-23, 2008.
19. CHRISTENSEN, H. et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis, 10(12): 853-61, 2010.


BR/VAC/0094/19 / JULHO/2019