• Juliana Malacarne
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Criança doente na cama (Foto: Thinkstock)

É importante também não interromper o tratamento, mesmo que se perceba que a criança já está melhor e não apresenta mais sintomas como dor e febre (Foto: Thinkstock)

A partir do momento em que a penicilina passou a ser utilizada como remédio, em 1941, esse e, posteriormente, outros antibióticos se tornaram importantes aliados da medicina no combate às infecções bacterianas. Mas, se alguns cuidados não forem seguidos na hora de administrá-los, eles representam risco à saúde.

A primeira precaução fundamental é se certificar de que a doença tem, de fato, origem bacteriana ou se é causada por vírus ou protozoários — e quem tem propriedade para fazer essa análise é só o médico, com base nos sintomas e, se necessário, em exames laboratoriais. Fazer essa distinção é importante para evitar o uso indiscriminado de antibióticos, que pode propiciar uma resistência bacteriana, levando a crises mais graves ou repetitivas no futuro.

De acordo com a pediatra Talita Gongora Lodi Rizzini, do Hospital Sepaco (SP), a maioria das infecções na infância é viral e, portanto, não deve ser combatida com o uso de antibióticos. “Crianças menores de 5 anos podem ter de seis a dez resfriados por ano, número que pode ser até maior entre as que frequentam creches ou escolas”, estima a médica.

No entanto, se for mesmo confirmada a presença de bactérias, a exemplo das amigdalites causadas por estreptococo ou de otites, pelo pneumococo, é preciso cumprir à risca o esquema orientado pelo pediatra, sem alterar doses, intervalos de administração e duração do tratamento com antibióticos. “Só assim é possível garantir a concentração adequada de medicação no sangue”, explica Talita. Caso contrário, o problema persistirá ou, pior, os micro-organismos irão aproveitar a falha para se fortalecer. Por isso, mesmo que seu filho apresente melhora, resista à tentação de suspender a medicação e cumpra o período de administração completo.

Por fim, é preciso ficar atento a eventuais sinais de reação alérgica, como diarreia, manchas ou irritação na pele da criança. Nesse caso, é preciso entrar em contato com o médico para que ele decida como continuar o tratamento.

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