• Malu Echeverria
Atualizado em
meninas; brincando; escorregador (Foto: Thinkstock)

No primeiro ano de vida, o bebê aumenta 50% do comprimento que tinha ao nascer e triplica de peso, em média. A partir do segundo ano, embora continue a crescer, o ritmo diminui. E só ganha intensidade novamente na puberdade, quando acontece o chamado estirão. Mas se, a princípio, meninos e meninas crescem igualmente, o processo é um pouco diferente na adolescência.

“No caso das meninas, o estirão se inicia mais cedo, entre os 8 e 13 anos de idade”, explica Danielle Andreoni, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). É por isso que, nessa fase, elas costumam ser mais altas do que os meninos. Além do salto na estatura, outros sinais caracterizam esse momento. O primeiro deles é o surgimento do broto mamário, chamado de telarca, que indicam que as mamas vão começar a se desenvolver. Em seguida, surgem os pelos pubianos e, aproximadamente, um ano depois, os das axilas. Em geral, dois anos após a telarca, acontece a primeira menstruação (menarca). A tendência é que o fluxo e o ciclo sejam irregulares no início. O período também é marcado pela desaceleração do crescimento: depois que menstruam, as meninas vão crescer, em média, 7 cm até a estatura final.

Mas vale lembrar que cada criança tem um ritmo, o que é influenciado por aspectos ambientais e genéticos. Por isso, os pais devem conter a ansiedade, assim como tranquilizar as filhas que “demoram” a crescer.

Quando algo não vai bem

Ainda que o estirão se inicie mais tarde para algumas meninas, obviamente, elas continuarão a ganhar peso e estatura a cada ano. Quem vai perceber se há algo errado é o pediatra, pois é ele quem faz o registro da curva de crescimento da criança desde o nascimento. “Caso o médico avalie, de acordo com as características genéticas e estilo de vida, que o desenvolvimento está abaixo ou além do esperado, irá solicitar alguns exames específicos para comprovar a suspeita”, diz a especialista. Apesar de não haver estatísticas nacionais, evidências médicas mostram que o problema mais comum é a puberdade precoce, ou seja, o estirão começa antes da hora.

A investigação abrange testes laboratoriais, como exames de sangue para descobrir se a criança tem anemia ou problemas na tireoide, e de imagem (raio-X da idade óssea). Daí a importância de consultar o pediatra regularmente e não apenas quando a criança estiver doente. Se for o caso, o médico irá indicar um acompanhamento com endocrinologista para concluir o diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.
 

Você já curtiu Crescer no Facebook?