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O trabalho de parto de uma mãe chamada Sabriena Abrre não foi tão rápido assim, mas, como ela estava lidando bem com a dor, a parteira ficou tranquila e achou que chegaria a tempo de ajudar a bebê a nascer. Não foi o que aconteceu. Quem deu toda a assistência, mesmo confundindo com xixi o líquido da bolsa que tinha estourado em sua cara, enquanto ele tentava olhar para ver o que estava acontecendo, foi o marido dela, Izzy. Sabriena usou o TikTok para contar como foi o nascimento de sua segunda filha e o vídeo viralizou, acumulando 150 mil visualizações.

+ "Quando posso considerar efetivamente que o trabalho de parto começou?"

Sabriena contou como o marido a ajudou no trabalho de parto e vídeo viraliza (Foto: Reprodução/ TikTok)

Sabriena contou como o marido a ajudou no trabalho de parto e vídeo viraliza (Foto: Reprodução/ TikTok)

Segundo ela, tudo começou às 3h da manhã, mas as contrações estavam espaçadas. “Entrei na banheira por volta das 7h e, praticamente, parou”, contou ela. “Eu fiquei tendo uma ou duas contrações por volta até umas 18h”, lembra Sabriena, que tinha planejado um parto na água, em casa. Por acidente, a bebê quase nasceu na água da privada, em vez da piscina de parto. “A parte acidental foi não termos ligado para a parteira a tempo”, explica.

As contrações nunca duravam mais de 45 segundos, que era o sinal que a parteira nos dizia para buscar. “Eu também parei de marcar o tempo, porque me concentrei em respirar através das contrações”, explicou a mãe. Ela contou que também tinha contratado uma fotógrafa para registrar o parto. “Obviamente, ela também não foi chamada a tempo”. A babá eletrônica registrou parte das idas e vindas do pai da bebê ao banheiro, para ajudá-la, e captou o som do primeiro choro da recém-nascida.

Ela explicou que, por volta das 21h20, ligaram para a parteira, mas, como Sabriena ainda estava rindo e conversando normalmente, a profissional imaginou que ficaria nesse estágio por mais algumas horas. A previsão era de que o bebê nasceria por volta da 1h da manhã. Ainda havia tempo.

“Entao, às 21h53, entre algumas contrações, eu fui ao banheiro para fazer xixi. Eu estava bem, respirando, tranquilo. Izzy estava ocupado montando a piscina, como nossa parteira orientou, às 21h20”, diz ela. Às 21h56, ela começou a gemer e gritar e ele foi ver se ela precisava de ajuda. Sabriena sentia a pressão. Ela disse que ele precisava ligar para a parteira urgentemente porque agora era real. Izzy não conseguiu falar com a parteira.
Dois minutos depois, ele voltou ao banheiro e Sabriena estava “empoleirada” sobre o vaso sanitário. “As coisas estavam intensas e ele ajoelhou para olhar. A bolsa estourou e ele pensou que eu estava fazendo xixi na cara dele”, lembra a mãe. Mais dois minutos depois, às 22h, a parteira estava no telefone e o bebê nasceu. No vídeo, dá para ouvir o choro. “Ele a pegou logo antes de ela cair na água do vaso”, diz ela.

Ela conta que a parteira chegou cerca de 8 ou 9 minutos depois e cortou o cordão umbilical, antes de examiná-los. Ela estava bem e a bebê também.

Trabalho de parto: como identificar os sinais

A partir da 36ª ou 37ª semana, a mulher já pode esperar as contrações, que são recorrentes durante dias ou semanas. É bom avisar o obstetra ou a parteira desde o início. Elas devem começar com um intervalo de três horas, mas ainda não é trabalho de parto real – ele só é considerado efetivo quando a gestante tem cerca de três contrações a cada dez minutos ou dilatação de três centímetros. Ou seja, quando o tempo entre um espasmo e outro for de três a cinco minutos, é hora de ir para a maternidade. Essas contrações diferem das de treinamento por serem ritmadas e dolorosas – o desconforto se assemelha ao de uma cólica renal ou uma dor de barriga forte, que começa nas costas e termina na frente. Cada uma dura de 30 a 40 segundos.

As contrações provocam a dilatação, mas pode acontecer de a barriga contrair sem a gestante sentir dor e, portanto, não perceber que está dilatando. No trabalho de parto, espera-se que a dilatação evolua 1 cm por hora, até chegar a 10 cm.

Não é preciso sair correndo, salvo em caso de sangramento ou falta de movimentação do bebê por mais de duas horas. Enquanto as contrações estão espaçadas, a mulher pode tomar banho, comer, movimentar-se e até dormir. Ela só não deve caminhar sozinha, pois pode cair durante uma contração, por conta da dor.

Na maioria dos casos, a bolsa estoura depois das contrações e da dilatação começarem. Quando isso ocorre, um líquido quente, em grande volume (de 700 ml a 1 litro), escorre pelas pernas. Algumas pessoas comparam seu odor ao de água sanitária. A partir daí, as contrações tendem a se intensificar – porém, nos partos prematuros, ela pode se romper antes das contrações. É bom saber que nem sempre ela sofre ruptura, cabendo ao médico rompê-la.

Assista ao vídeo abaixo (se não conseguir visualizar, clique aqui):