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Um estudo conduzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que as taxas de cesárea seguem em crescimento pelo mundo, tanto em países de baixa e média renda, quanto em países de renda mais elevada.

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Cesáreas demais (Foto: Getty Images)

Taxas de cesárea estão em alta pelo mundo, aponta OMS (Foto: Getty Images)

De acordo com um estudo publicado este mês, os últimos dados disponíveis (2010-2018) de 154 países (cobrindo 94,5% dos nascidos vivos no mundo) mostram que 21,1% das mulheres deram à luz por cesariana em todo o mundo, com médias que variam de 5% na África Subsaariana a 42,8% na América Latina e Caribe.

"Enquanto na África Subsaariana uma média de 5% indica subutilização, a média de 42,8% na América Latina e no Caribe é sugestiva de uso excessivo", diz o documento, entitulado "Tendências e projeções das taxas de cesariana: estimativas globais e regionais". Desde 1985, a comunidade médica internacional considera que a taxa ideal de cesárea seria entre 10% e 15%.

O levantamento sugere ainda que o número de cesáreas aumentou em todas as regiões desde 1990, sendo os maiores crescimentos em regiões como a Ásia Oriental, Ásia Ocidental e Norte da África (44,9, 34,7 e 31,5 pontos percentuais, respectivamente). Já os menores aumentos foram registrados na África Subsaariana e América do Norte (3,6 e 9,5 pontos percentuais, respectivamente).

"O aumento do uso de cesáreas em todo o mundo envolve múltiplos fatores e interações, incluindo preferências de mulheres e famílias, opiniões e crenças dos profissionais de saúde, conveniência, remuneração, organização de saúde e estruturas de financiamento", diz o estudo. "As tendências e projeções atuais do uso de cesáreas em todo o mundo revelam que as sociedades atuais estão continuamente se movendo em direção à medicalização e supermedicalização do parto", conclui.

Projeções para o futuro

Até 2030, a projeção é de que 28,5% das mulheres em todo o mundo darão à luz por cesárea - 38 milhões de cesáreas anuais. Segundo os pesquisadores, "o uso excessivo de procedimento cirúrgico drena recursos e acrescenta morbidade e mortalidade evitáveis."

"O uso crescente de cesáreas tem implicações para a saúde, variando de benefícios de saúde de curto prazo em certas situações ao aumento da morbidade e mortalidade, incluindo a possibilidade de efeitos de saúde de longo prazo para mulheres e crianças, alguns dos quais não são totalmente compreendidos."

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