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Gêmeos bebês (Foto: Pexels/Edwin Ariel Valladares)

Gêmeos (Foto: Pexels/Edwin Ariel Valladares)

O número de gestações gemelares nunca foi tão alto como agora. Uma pesquisa publicada na revista Human Reproduction, nesta sexta-feira (12), mostrou que atingimos o recorde histórico de nascimento de gêmeos: 1 em cada 42 crianças nascidas se encaixa nessa condição. 

Os dados mostram que, nos últimos 40 anos, a taxa global de gêmeos aumentou consideravelmente. Em 1980, eram registrados 9 casos a cada 1 mil partos. Hoje, esse número subiu para 12 a cada 1 mil. 

Segundo os pesquisadores, esse aumento pode ser explicado tanto pela maior procura por técnicas de reprodução assistida quanto pela tendência de as mulheres esperarem cada vez mais engravidar, uma vez que a taxa de gemelaridade aumenta em gestações tardias. “Uma das principais causas desse aumento é o crescimento da reprodução medicamente assistida, que inclui não apenas técnicas de fertilização in vitro, mas também métodos mais simples, como estimulação ovariana e inseminação artificial”, escrevem os autores. 

O professor Christiaan Monden, que participou da pesquisa, acredita que talvez tenhamos atingido o "pico global" de nascimentos gemelares. "Os números relativos e absolutos de gêmeos no mundo são maiores do que nunca, desde meados do século 20, e provavelmente significa que atingimos um pico máximo. Isso é importante, pois partos gemelares estão associados a maiores taxas de mortalidade entre bebês e crianças e mais complicações para mães e crianças durante a gravidez, e durante e após o parto. "

A pesquisa revela que o número absoluto de parto de gêmeos aumentou em todos os continentes, menos na América do Sul. Na África e na América do Norte, os números aumentaram mais de 80% nas últimas quatro décadas. "A maioria dos dados sugere que estamos em um pico em países de alta renda, especialmente Europa e América do Norte. A África será um dos principais impulsionadores nas próximas décadas", disse Gilles Pison, um dos autores.