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CF325_326_CASAS_DE_PARTO (Foto: DIVULGAÇÃO/Secretaria Municipal de SaÚde)

(Foto: DIVULGAÇÃO/Secretaria Municipal de Saúde)

As duas casas de parto que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de São Paulo registraram um aumento na procura por atendimentos durante a pandemia do novo coronavírus. O balanço de casos foi divulgado nesta segunda-feira (22) pela Prefeitura de São Paulo.

Na Casa de Parto de Sapopemba, na zona leste da cidade, o número de nascimentos cresceu 85,6% entre março e dezembro de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior – de 118 para 219. Na Casa Ângela, localizada na zona sul, o número passou de 407 para 424 – um aumento de 4,2%. No total, o número de bebês nascidos em casas de parto humanizado no SUS subiu 22,5%, segundo a prefeitura.

Para a administração municipal, a procura crescente se deve ao medo de contágio pela covid-19 no ambiente hospitalar. “Por se tratar de uma casa de parto, e não de um hospital, elas chegam em busca de um local onde haja apenas outras mães também neste mesmo processo. Outro diferencial é só termos presentes as gestantes que estão em trabalho de parto e um acompanhante. Até os cursos estão em modo EAD, para que não haja aglomeração”, diz Amanda Maskauskas, gerente da Casa Ângela. Na Casa Sapopemba, no máximo dois acompanhantes podem participar do parto, e após o nascimento apenas um pode permanecer junto à mãe e ao bebê.

Por que escolher uma casa de parto?

Fisicamente, as casas de parto têm um ambiente mais acolhedor, diferente das salas brancas do ambiente hospitalar. Em geral, todas as salas de parto são equipadas com bolas, banheira, chuveiro, banqueta - e as mulheres têm liberdade para se movimentar e se alimentar durante o trabalho de parto. Outra diferença é que tanto as avaliações da mãe quanto do bebê nas casas de parto são feitas por enfermeiras obstetras e obstetrizes – não há médicos no corpo profissional. Conheça histórias de mulheres que escolheram ter seus filhos em casas de parto pelo país.

Embora as casas de parto tenham cara de "casa da mãe" e um atendimento humanizado desde o pré-natal, é importante esclarecer que elas são preparadas para atender vários tipos de emergências, com equipamentos e profissionais habilitados.

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Quem pode parir em uma casa de parto?

Casas de parto são locais para atendimento de mulheres com gravidez de risco habitual. Isso significa que mãe e bebê precisam estar com todos os exames em dia e marcadores saudáveis.

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O nascimento não pode ocorrer em uma casa de parto quando:

- A mãe tem qualquer doença que aumente o risco do parto, como hipertensão, anemia, diabetes, doenças autoimunes ou cardiopatias;
- O bebê tem baixo peso ou crescimento restrito. Placenta e líquido amniótico devem ser considerados normais;
- O parto acontece fora do termo, prematuro, antes de 37 semanas, ou depois de 41 semanas. O trabalho de parto deve se iniciar espontaneamente, sem necessidade de indução;
- O bebê não está em posição cefálica, ou seja, de cabeça para baixo. Casas de parto também não atendem partos de gêmeos e algumas restringem ainda partos normais com cesárea anterior.