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Patricia, 54, com o marido e seus quatro filhos (Foto: Reprodução/Daily Mail)

Patricia, 54, com o marido e seus quatro filhos (Foto: Reprodução/Daily Mail)

A cuidadora de idosos britânica Patricia Crowhurst, 54 anos, testou positivo para o coronvírus.  Ela prestava serviço para várias casas de repouso em Teesside, onde morava. A mãe de quatro faleceu nesta semana no Hospital James Cook University, em Middlesbrough, na Inglaterra. O marido Arthur, 60, e os quatro filhos Melitza, 27, Ffion, 25, Karriz, 20 e Quillam, 18, tiveram que se despedir dela por telefone, por conta das regras do COVID-19, que os impediu de entrar no hospital.

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A filha mais velha, Melitza, disse que a mãe trabalhava como cuidadora há 20 anos e estava comprometida com seu trabalho, mesmo com a pandemia. "Ela se importava muito com seu trabalho e sabia o que isso poderia significar. Mesmo assim, ela continuava todos os dias. Ela sabia dos riscos que corria, mas queria estar presente. Ela sabia o quão assustados eles estavam e queria confortá-los", afirma.

A filha acredita que Patricia contraiu o vírus durante seu trabalho. Ela só parou de trabalhar quando começou a apresentar os sintomas. Primeiro ela teve tosse e uma semana depois, febre. No dia 8 de abril, a situação de agravou. Ela passou a ter dificuldades para respirar e a família precisou chamar uma ambulância. Patricia foi colocada em um ventilador na sexta-feira (10), mas, infelizmente, perdeu a batalha contra o vírus na terça-feira (14).

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"Na semana em que ela começou a tossir, estava reclamando que tinha que tirar uma semana de folga do trabalho. A última vez que a vimos foi quando ela foi colocada na parte de trás da ambulância. Nós ligamos duas vezes enquanto ela estava no hospital, mas ela realmente não conseguia falar, pois usava uma máscara de oxigênio. Toda vez que ligávamos, diziam que ela estava estável e precisava de uma alta porcentagem de oxigênio. Na terça-feira de manhã, disseram que ela poderia não estar mais viva. Meia hora depois, ela foi declarada morta. As enfermeiras foram incríveis. Mesmo que minha mãe estivesse sedada, elas seguraram um celular para que pudéssemos conversar com ela e dizer um adeus final", disse ela, em entrevista ao Daily Mail.

Melitza disse que a mãe já havia procurado aconselhamento médico para saber se estava "em risco", pois sofria de asma leve e diabetes. Mas os médicos teriam dito que ela poderia continuar trabalhando. “Ela se especializou em pessoas com demência e foi muito boa em garantir que elas se sentissem seguras o suficiente para estar naquele lar quando não entendessem o que estava acontecendo. Ela faria qualquer coisa por qualquer um. Ela estava lá por todos. Ela ainda tinha muita vida para viver. Acho que ela teria feito tudo de novo para poder ficar com os idosos que estavam assustados. Ela era apenas um anjo que não tinha asas e agora ela tem. Estou tão orgulhosa dela", finalizou.

Patricia, 54, e o marido, Arthur (Foto: Reprodução/Daily Mail)

Patricia, 54, e o marido, Arthur (Foto: Reprodução/Daily Mail)