• Juliana Malacarne e Milene Saddi
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Ter irmãos estimula a empatia (Foto: ThinkStock)

(Foto: ThinkStock)

Vocês estão em dúvida se devem ou não partir para a próxima gravidez? Ou andam quebrando a cabeça, imaginando que deveriam ter esperado menos, ou mais, para ter o segundo filho – ou a terceira filha? Segundo a psicanalista Vera Iaconelli, calcular esse importante passo não deve envolver a diferença de idade entre os irmãos.

"Não existe situação ótima para ter um outro filho", diz ela. "A decisão deve ser feita a partir do desejo e disponibilidade dos pais: tem quem prefira aproveitar o caldeirão e a banheira que já estão lá; tem quem prefira curtir cada infância de uma vez." A psicanalista explica que o motivo é que, diferentemente do que a gente possa imaginar, todo nascimento causa, sim, um impacto na criança, tenha ela pouco mais de 1 ano ou esteja beirando a adolescência. 

Os mais novos, apesar de sentir o baque, possuem menor capacidade de compreensão e ainda não são capazes de se expressar, daí usam a ferramenta que possuem, que pode ser, poe exemplo, adoecer com mais frequência. Já os mais velhos, não raro, apresentam uma declarada rebeldia.

Para a psicóloga Ana Cássia Maturano, o melhor a fazer é preparar a criança por meio da conversa. "É preciso dizer que a chegada de um irmão tem um lado gostoso e outro trabalhoso; que muitas vezes os pais não poderão estar com ele porque o bebê exige muitos cuidados, como ele também exigiu quando nasceu." Outra medida importante é deixar aberta a possibilidade de a criança expressar o que está sentindo com relação ao novo irmão, mesmo que seja algo negativo. 

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