Educação | Comportamento
"Ser mãe é mais difícil do que ganhar medalha nas Olimpíadas", diz judoca bicampeã olímpica
Em novembro de 2021, a atleta americana Kalya Harrison assumiu a guarda oficial dos sobrinhos Kyla, 9, e Emery, 6. Agora, confessa que está enfrentando o maior desafio de sua vida: ser mãe solo
2 min de leituraGanhar duas medalhas de ouro nas Olímpiadas é fácil. Difícil mesmo é adotar duas crianças e se tornar responsável por educá-las. E não é força de expressão. Quem está dizendo é alguém que tem propriedade para falar sobre o assunto: a judoca americana Kalya Harrison, 31, bicampeã olímpica e medalhista de ouro em Londres 2012 e Rio 2016.
Em novembro do ano passado, a atleta conseguiu a guarda e adotou oficialmente a sobrinha Kyla, 9, e o sobrinho Emery, 6, que estavam sob custódia da avó. Mesmo depois de apenas alguns meses, ela já garante: ser mãe é o trabalho mais duro que já encarou na vida.
“Você acha que ganhar uma medalha de ouro olímpica é difícil? Você acha que lutar em um octógono é difícil? Você acha que alguém batendo na sua cara é difícil? Bom, tenha um filho e você ficará aterrorizado pelo resto da vida. É difícil, é assustador, mas eu os amo tanto... Quero realmente fazer dar certo", disse em entrevista ao jornal The Sun.
Kalya conta que sua rotina mudou drasticamente desde que assumiu a guarda dos pequenos. A programação, que antes era composta por treinos, descanso e saídas com os amigos, agora nunca esteve tão cheia. "Ser mãe solo de dois filhos e continuar no posto de uma das melhoras lutadoras do mundo é muita coisa. Estou cansada praticamente 24 horas por dia, 7 dias por semana. Sinto que não durmo desde que eles chegaram para morar comigo", desabafou.
Apesar de todo o esforço, ela garante que a experiência tem sido recompensadora e que, depois da maternidade, descobriu um novo sentido para a vida. A atleta fez carreira no judô e, depois de conquistar medalhas nas Olímpiadas de 2012 e 2016, trocou os tatames pelo octógono do MMA. De lá para cá, já conquistou várias vezes reconhecimento pela sua atuação (e agora espera que as crianças possam assistir de camarote às suas conquistas). "Minha filha vê algumas das minhas lutas agora, ela tem idade suficiente para isso. Nós conversamos muito sobre isso. Eu quero que eles me vejam trabalhar duro, perseguindo meus sonhos para que eles possam ter a mesma oportunidade que eu tive", finalizou.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Crescer? É só clicar aqui e assinar!