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Crianças apoiadas na mesa assistindo televisão (Foto: Shutterstock)

1. É comprovado em diversas pesquisas que uma criança de até 2 anos não desenvolve nenhum tipo de habilidade por causa da TV. É muito mais importante a relação que ela vive com o adulto, brincando, interagindo e recebendo afeto. No entanto, deixar o bebê exposto por alguns minutos enquanto você precisa fazer alguma coisa de casa não é o fim do mundo, porque embora não traga benefícios cognitivos também não causa prejuízos.

2. Principalmente pós TVs a cabo e por assinatura, escolher programas para as crianças está muito mais fácil. Assim, não há desculpas para não procurar algo adequado para seu filho assistir.

3. Conforme a criança vai crescendo é possível ir alterando ou alternando a programação. O segredo é sempre estar junto e observar o comportamento dela após determinado desenho ou programa. Ver o que ele está aprendendo, reparar se não fica agitado demais. Diversificar é a melhor pedida.

4. O nível de influência de um programa no comportamento de uma criança está diretamente relacionado ao tempo que ela fica diante da TV e, principalmente, se não há diálogo para ela criar senso crítico para começar a entender de fato o que está assistindo. É preciso ensiná-la a refletir.

5. Mesmo os programas ditos educativos devem ser assistidos com discernimento pelos pais e com controle de tempo pelos filhos. Eles podem prometer deixar seu filho mais inteligente, mas ele só irá aprender algo realmente se o programa for de boa qualidade, criativo e se a criança for estimulada pelos pais.

6. Se você não estiver em casa com ele porque trabalha, por exemplo, quando chegar em casa pergunte o que ele assistiu, peça que conte, dê a opinião, o que gostou e o que não gostou.

7. Evite apenas proibir algo de forma arbitrária. Sempre opte por conversar, explicar, mostrar a ele o porquê de não ser adequado determinado programa. Até porque, sabemos que o proibido é sempre muito desejado, não?

8. Acostume, mesmo que você tenha feito isso a vida toda, a não ter a TV ligada o tempo todo, apenas por hábito. Vai chegar uma hora que vai ser difícil convencer seu filho a desligá-la. Se quiser “barulho” coloque uma música, dance ou, melhor ainda, se puder brinque com seu filho.

9. Gosta de assistir novelas e telejornais e acha que a criança não vai entender? Não conte com isso. É difícil medir o que um programa adequado para adultos pode provocar no desenvolvimento intelectual e psicológico da criança. Não precisa ficar neurótico, mas preste atenção ao que ela está sendo exposta e pense se ela realmente pode lidar com o que está vendo.

10. Não faça do controle do uso da TV uma batalha em casa. Tente sempre persuadir a criança pelo lado positivo, estando com ela sempre, sugerindo outras atividades, aproveitando este tempo com outras ideias. Mas permita que ela assista ao seu programa favorito, faça combinados, crie bons hábitos para que ela desenvolva uma relação saudável com a televisão.

Fontes: Bia Rosenberg, autora do livro “A TV que seu filho vê”, Panda Books; Maria Ângela Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP; Sebastião Alves de Souza, psicólogo da clínica Escola VínculoVida.