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Pesquisa revela que, em média, as crianças deixam de acreditar no Papai Noel aos 8 anos (Foto: Thinkstock)

Pesquisa revela que, em média, as crianças deixam de acreditar no Papai Noel aos 8 anos (Foto: Thinkstock)

Quem não queria que aquele bom velhinho — de barba branca, bochechas rosadas e um olhar simpático — realmente existisse? A imagem do Papai Noel chegando em seu trenó com as renas, descendo pela chaminé e colocando os presentes embaixo da árvore, provavelmente já povoou a sua mente em alguma fase da vida. Infelizmente, o momento em que se descobre que tudo isso não passa de uma fantasia chega para todo mundo. O que muda �� a forma como cada um cai na real.

Primeira pesquisa acadêmica sobre o Papai Noel
A primeira pesquisa internacional sobre a existência do Papai Noel, realizada pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, fez algumas revelações curiosas. O professor de psicologia, Chris Boyle, pediu que adultos de todo o mundo lhe contassem como ficaram sabendo que o bom velhinho não passava de uma fantasia e perguntaram a eles se o fato de descobrirem que ele não é exatamente o que parece afetou a confiança em relação a seus pais.

O pesquisador recebeu 1.200 respostas e ellas mostraram que muitos adultos (34%) gostariam de ainda acreditar no Papai Noel. Um terço dos entrevistados ficaram chateados quando descobriram a verdade e 15% se sentiram traídos por seus pais. Inclusive, cerca de 30% admitiram que sua confiança em adultos foi afetada.

O estudo também mostrou que a ameaça de estar na lista perversa do Papai Noel não funcionou para muitas crianças (47%), e outros continuaram fingindo acreditar em Papai Noel, mesmo quando souberam que ele não existia. Erros cometidos por pais desajeitados são algumas das principais razões pelas quais eles perderam a fé na magia do personagem. Já a idade média em que os entrevistadas pararam de acreditar no Pai Natal é 8 anos.

Havia uma diferença de atitudes entre a Inglaterra e a Escócia quanto à possibilidade de mentir para as crianças sobre o Papai Noel - mais pessoas na Escócia do que na Inglaterra disseram que não havia problema em mentir para as crianças sobre o Papai Noel. Um total de 72% dos pais ficam muito felizes em contar a seus filhos sobre o bom velhinho e brincar com o mito. O restante opta por não fazê-lo.

Histórias engraçadas
"Tem sido fascinante ouvir porque eles começaram a acreditar que ele é fictício. A principal causa são as ações acidentais ou deliberadas dos pais, mas algumas crianças começaram a compor a verdade à medida que envelheciam", contou o autor da pesquisa. "Por mais que esta pesquisa tenha um elemento alegre, as respostas mostram uma sensação de desapontamento e também de diversão pelo fato de as crianças se sentirem enganadas", disse.

Um participante da pesquisa descreveu como ele pegou seu pai comendo o lanchinho que ele havia deixado para o Papai Noel aos 10 anos de idade. Outro entrevistado reconheceu um presente dado a sua irmã, pois viu o pacote escondido no quarto de seus pais semanas antes do Natal, quando tinha 7 anos. Ainda teve um participante que encontrou suas cartas para o Papai Noel guardadas no quarto dos pais e um outro ainda notou que o Papai Noel e o pai tinham a mesma caligrafia.

Mas os pais não foram os únicos a estragar a ilusão. O professor de uma entrevistada, sem dúvida, teve problemas quando pediu para que ela e os colegas, aos 7 anos, escrevessem uma redação sobre quando descobriram que Papai Noel não era real. Outro professor disse aos seus alunos — também de 7 anos — que ninguém morava no Pólo Norte.

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Outros entrevistados aprenderam a verdade por causa de sua crescente curiosidade sobre o mundo à medida que envelheciam. Um deles, dos Estados Unidos, disse, aos 9 anos: "Aprendi o suficiente sobre matemática, física, viagens e o número de crianças no planeta em relação ao tamanho do trenó para saber por conta própria". Um entrevistado da Inglaterra parou de acreditar aos 8 porque ninguém conseguia explicar a ele o motivo de o Papai Noel não dar comida para as crianças de países pobres. Outros perceberam que as renas não podiam voar e que Papai Noel teria se machucado ao descer pela chaminé quando o fogo estava aceso.

O estudo — divertido — ainda está em andamento e mais resultados serão publicados em 2019. Até lá, quantas crianças devem deixar de acreditar no bom velhinho?

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