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Foto compartilhada por Cameron junto com o post (Foto: Reprodução Facebook)

Foto compartilhada por Cameron junto com o post (Foto: Reprodução Facebook)

As mães se sentem sobrecarregadas, mas as vezes não conseguem expressar isso em palavras. A americana Cameron Pointer, mãe de dois meninos, conseguiu esse feito ao compartilhar um texto em que expõe a parte mais exaustiva da maternidade. O post já teve mais de 80 mil compartilhamentos. Difícil não se identificar! Confira:

"Eu sou a guardiã.

Eu sou a guardiã dos horários. De cursos, jogos e aulas. De projetos, festas e jantares. De compromissos e lições de casa.

Eu sou a guardiã da informação. De saber quem precisa de comida 5 minutos antes de um chilique e quem precisa de espaço quando se irrita. Se há roupas limpas, se as contas estão pagas, e se precisamos comprar leite.

Eu sou a guardiã das soluções. De bandaids, kits de costura e lanches na minha bolsa. Mas também de bálsamo emocional e cobertores de segurança metafórica.

Eu sou a guardiã das preferências. De gostos e desgostos. De rituais noturnos e aversões alimentares.

Eu sou a guardiã dos lembretes. Para ser gentil, recolher o lixo, fazer os pratos, fazer o dever de casa, segurar portas e escrever notas de agradecimento.

Eu sou a guardiã de rituais e memórias. De manchas de abóbora e caça a ovos de Páscoa. Eu sou a fotógrafa, colecionadora de ornamentos especiais e escritora de cartas.

Eu sou a guardiã da segurança emocional. O repositório de conforto, a navegadora do mau humor, a protetora de segredos e o calmante para os medos.

Eu sou a guardiã da paz. A mediadora das lutas, o árbitro das disputas, a facilitadora do diálogo, a que é capaz de lidar com diferentes personalidades.

Eu sou o guardiã da preocupação. A deles e a minha.

Eu sou a guardiã do bem e do mal, do grande e do pequeno, do bonito e do duro.
Na maioria das vezes, o peso dessas coisas que eu guardo parece com os elementos de cima da tabela periódica - mais leves do que o ar, empurrando-me para cima com uma sensação de propósito.

Mas às vezes o peso das coisas que eu guardo me empurra para abaixo da superfície até eu estar chutando e lutando para respirar.

Porque essas coisas que eu guardo estão constantemente cintilando no fundo do meu cérebro, esperando para serem esquecidas. Elas desorganizam meus pensamentos e me mantêm acordada muito tempo depois da minha hora de dormir.

Porque todas essas coisas que eu guardo são invisíveis, intangíveis. Elas passam despercebidas e sem reconhecimento até serem perdidas. Elas não recebem notas, não são classificadas por amigos nem julgadas por um tribunal. E às vezes são consideradas garantidas.

Meu marido e meus meninos são gentis e generosos e eles me amam muito. E este é de longe o melhor trabalho que já tive. Mas às vezes ser a guardiã é cansativo. Porque você sente que está fazendo isso sozinha.

Então, para todas vocês que são guardiãs, eu vejo vocês.

Eu conheço o peso das coisas que vocês guardam.

Sei que o trabalho invisível que vocês fazem, que não vem com um cheque de pagamento ou licença por doença, é o que faz o mundo girar.

Eu te vejo.

E eu te saúdo".

Veja o post original: