• Aline Melo e Malu Echeverria
Atualizado em
menino_dinheiro (Foto: Thinkstock)

A educação financeira passa a ser obrigatória nas escolas de todo o Brasil a partir de 2018, de acordo com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Por enquanto, a norma vale do 6º ano em diante, sendo que o tema estará ligado à disciplina de matemática a princípio.

Mas isso não significa que as crianças não possam aprender, bem antes disso, a se relacionar de maneira saudável com o dinheiro. Para começar, é preciso entender que o aprendizado vai além de fazer contas. "O foco não deve ser apenas a matemática. É o comportamento que leva a uma transformação de hábitos", ensina Reinaldo Domingos, presidente da Associação de Educadores Financeiros (Abefin). 

Ainda que – com a nova lei – a educação financeira seja incluída no currículo escolar, também é responsabilidade da família a formação financeira dos pequenos. “Ela está além dos muros da escola, já que 80% dos hábitos errados provêm do próprio lar”, destaca Domingos. OK, você já entendeu. E qual a melhor maneira de introduzir esse conceito dentro da sua casa? A seguir, veja algumas sugestões com base nos ensinamentos do especialista. 

Dicas que valem ouro na educação financeira do seu filho 

1) Compartilhar. Um dos piores exemplos a serem utilizados ao ensinar finanças é o Tio Patinhas, sabia? O dinheiro não deve ser colocado como objeto de adoração e o avarento não é uma pessoa educada financeiramente. A criança precisa aprender a doar e a ter empatia, se quiser ser bem sucedida lá na frente.

2) Sonhar. O que motiva uma pessoa, independentemente da idade, a gastar menos são seus sonhos e propósitos. Seu filho só começará a tomar um banho mais curto quando souber que isso custa dinheiro. E, principalmente, que para ter o videogame ou a viagem dos sonhos dele, todos os membros da família têm de poupar juntos.

3) Poupar. Uma vez que a criança aprende a importância de economizar, o passo seguinte é colocar o conceito em prática - para que se torne um hábito! Poupar nada mais é do que executar aquilo que ela já aprendeu. Os cofrinhos, claro, são os maiores aliados nessa fase.

4) Experimentar. Por fim, é necessário que as crianças testem o que lhe está sendo ensinado com seu próprio recurso financeiro. Isso significa, na prática, incentivá-las a descobrir o que as motiva (será aquela bicicleta nova?) e a guardar dinheiro para tanto. Além de ajudar os pais a fazer compras ou fazer suas próprias aquisições (como na cantina da escola, por exemplo) no dia a dia. 

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