• Amanda Oliveira, do home office
Atualizado em
Jovem de máscara dentro de ônibus (Foto: Getty Images)

Os passageiros que não usarem a máscara serão advertidos verbalmente (Foto: Getty Images)

Com o objetivo de conter a propagação da COVID-19, a partir de 4 de maio, o uso de máscara será obrigatório nos transportes públicos, em São Paulo. A medida valerá para ônibus, metrô e trens (Companhia Paulista Metropolitana de Trens) sob a administração do governo e da prefeitura de São Paulo. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), o governador do estado João Doria disse que o decreto será publicado na próxima quinta-feira (30). "As empresas, tanto públicas como privadas, serão fiscalizadas por órgãos estaduais e municipais e [caso não cumpram as recomendações] serão advertidas e multadas", disse o governador.

Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, essa medida é extremamente importante e já vem sendo adotada em outros países. Alexandre explica que pessoas sem máscara, que precisem usar o transporte público, porque trabalham em serviço essenciais, serão impedidas de ter acesso ao transporte. A população não será multada, apenas advertida verbalmente. 

Já no caso das empresas, elas poderão ser advertidas tanto por escrito como também poderão ser multadas. Só na cidade de São Paulo a multa pode chegar a R$ 3.300 por dia por ônibus que tiver pelo menos uma pessoa sem máscara. A medida também vale para usuários e motoristas de táxis e aplicativos, caso não usem, estarão cometendo uma infração. Os motoristas também poderão negar uma corrida para clientes sem máscara.

ISOLAMENTO

A taxa de isolamento tanto na capital paulista como no estado foi de 48%. De acordo com o governador, o número não é bom. David Uip, chefe do Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo, disse também que a obrigatoriedade do uso de máscara não é uma forma de flexibilizar a necessidade de ficar em casa e sim, uma medida adicional de restrição. 

Em seu último boletim, o estado de São Paulo registrou 24 mil casos e 2.049 mortes. Entre os pacientes em UTI (Unidade de Terapia de Intensiva) estão 1.786. Quanto às ocupações dos leitos, no estado já são 68% das UTIs ocupadas e na Grande São Paulo, o dado é ainda mais preocupante, com 85% das UTIs ocupadas.