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Nariz escorrendo é um dos sintomas da bronquiolite (Foto: Thinkstock)

Nariz escorrendo é um dos sintomas do coronavírus (Foto: Thinkstock)

Conforme o coronavírus avança pelo mundo, cientistas do mundo inteiro se debruçam sobre as evidências existentes até o momento para tentar entender melhor o vírus e, assim, ajudar os países a lidarem com ele. O resultado de mais uma pesquisa, desta vez relacionada à ação do Covid-19 nas crianças, foi publicado no The Pediatric Infectious Disease Journal, na última sexta-feira (13) e deixa mais evidente o que especialistas do mundo inteiro têm evidenciado: o coronavírus, em geral, causa menos sintomas e gera menos doenças graves no público infantil. 

Realizada em conjunto pela Universidade de Friburgo, na Suíça, e da Universidade de Melbourne, na Austrália, a pesquisa, no entanto, não conseguiu esclarecer maiores detalhes sobre a capacidade de transmissão do vírus, quando instalado em crianças. "Existem algumas evidências de que as crianças são exatamente com os adultos quando falamos da infecção pelo vírus, mas é menos provável que se sintam mal ou desenvolvam sintomas severos", explica o artigo de divulgação da revisão, assinado pelos professores responsáveis, Petra Zimmerman e Nigel Curtis. "No entanto, a importância das crianças na transmissão do vírus continua incerta", diz o texto.

Os pesquisadores analisaram dados chineses datados de fevereiro de 2020 e constaram que nenhuma criança está, até o momento, entre as vítimas fatais do Covid-19. Crianças e adolescentes respondem por apenas 2% das hospitalizações por causa do vírus, a maioria com um contato domiciliar infectado e com doenças pré-existentes. No entanto, como as crianças têm menos sintomas, os cientistas levantam a suspeita de que elas são testadas com menos frequência, o que pode levar os números de infectados reais a serem subestimados. 

Outro detalhe importante, mas ainda sem explicações: de acordo com a revisão, crianças afetadas pelo coronavírus costumam desenvolver sintomas gastro-intestinais. 

Enquanto profissionais do mundo inteiro buscam pela cura ou por uma vacina, as melhores medidas para prevenir o contágio são manter a higiene e a etiqueta respiratória: lavar bem as mãos com água e sabão, usar álcool em gel, limpar superfícies que sejam tocadas com frequência, cobrir a boca com a parte interna do cotovelo ou com um lenço de papel (posteriormente descartado em local adequado) ao tossir e espirrar. 

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