• Fernanda Carpegiani
Atualizado em
Criança com alergia (Foto: Reprodução/Revista Crescer)

A primeira crise alérgica é sempre uma surpresa. Coceira, vermelhidão, tosse, inchaço, vergões na pele, irritabilidade e até sintomas respiratórios, como coriza, obstrução nasal e falta de ar. Tudo isso pode ser indício de que o organismo do seu filho está reagindo a algum elemento que, em tese, não é potencialmente nocivo à saúde. Pode ser um alimento natural, como o leite de vaca, ou um industrializado; um medicamento; o ácaro, que vive na poeira; cosméticos; ou picada de um inseto com ferrão, como abelha, formiga ou vespa. Você só vai saber quando a crise acontecer. E nem sempre será fácil identificar o gatilho. Vale destacar que fatores como odor de perfume, poluição e fumaça de cigarro irritam as mucosas e podem intensificar ainda mais o mal-estar.

Medidas preventivas



Evite expor a criança a produtos com cosméticos feitos para adultos e a alimentos artificiais e processados, com corantes e conservantes, pelo menos até os 3 anos. No início da vida, a pele e o organismo são mais sensíveis e ainda não estão acostumados com substâncias mais agressivas – alguns bebês podem ter alergia ao amaciante de roupas, por exemplo. Opte sempre por produtos neutros ou formulados para crianças. O aleitamento materno também é um fator preventivo contra alergias.

É grave?



A maioria das alergias que acometem crianças é leve e regride com medicamentos – e evitando o contato como que causa o problema. Se o seu filho é alérgico a pó, por exemplo, o melhor é redobrar os cuidados com a limpeza da casa e mantê-lo longe de locais com acúmulo. É difícil definir, logo na primeira crise, se o caso é grave ou não, por isso a avaliação do médico é muito importante para determinar o grau do quadro alérgico. Segundo os especialistas, há crianças com alergia à proteína do leite que apresentam a reação só de serem tocadas por outra criança que ingeriu a bebida – claro, são casos raros.

Situação de emergência



Na pior das situações, a criança pode apresentar um choque anafilático, ou anafilaxia, uma reação rápida e intensa, cujos sintomas aparecem por volta de uma hora após o contato com a substância por trás da alergia. Costuma começar com vermelhidão ou coceira na pele, que atinge o corpo todo em questão de minutos, acompanhado de inchaço nos olhos, na região da glote – localizada na porção final da laringe, o que dificulta a respiração –, na boca, nos órgãos genitais, além de tosse e rouquidão. A recomendação é manter a criança deitada, com o pescoço reto, para facilitar a entrada de ar, e chamar socorro imediatamente.

O tratamento varia de acordo com cada caso, mas, em geral, envolve anti-histamínicos – medicamentos antialérgicos – que podem ser associados a um corticoide. Quando os pais já sabem que o filho está sujeito a esse tipo de complicação, o médico pode orientar, de antemão, a usar um medicamento autoinjetável que neutraliza o problema.

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