• Texto: Fernanda Montano com colaboração de Malu Echeverria
Atualizado em
Videogame pode despertar comportamentos e pensamentos agressivos (Foto: Thinkstock)

Com tempo e conteúdo controlados, o videogame ajuda a desenvolver lógica e raciocínio (Foto: Thinkstock)

Ao procurar relatos de pais sobre o uso da tecnologia o que mais encontramos são histórias de crianças que não largam o videogame. Não à toa, a Organização Mundial da Saúde passou a considerar o vício nos games como distúrbio mental.

A inclusão do gaming disorder - distúrbio do game - na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) foi anunciada oficialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na segunda-feira (18). Será apresentada em maio de 2019 à Assembleia Mundial da Saúde para só então entrar em vigor, em janeiro de 2022. A agência já vem divulgando desde o início do ano o seu posicionamento ao categorizar a desordem - ou seja, o "padrão de comportamento persistente ou recorrente" - para que os países comecem a se preparar. A suspeita é de que o hábito resulte em “comprometimento significativo nas áreas de atuação pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras".

O uso exagerado do videogame pode causar diversos problemas, como isolamento social, lesões por esforço repetitivo, dores de cabeça e ansiedade. O comerciante Fábio Rodrigues, 36 anos, percebeu que o filho, Pedro, 7, ficava ansioso e agitado quando passava muito tempo jogando. “Era nítida a associação. Passamos, então, a controlar o uso, e a melhora no comportamento dele, tanto em casa quanto na escola, foi imediata”, afirma.

Mais uma vez, a chave está no bom senso. Quando usado de maneira equilibrada – com tempo e conteúdo controlados, sem jogos violentos –, o videogame tem inúmeras vantagens. Desenvolve a lógica e o raciocínio, a noção espacial, as habilidades estratégicas, a movimentação corporal, com os famosos jogos de dança ou esportes, e até mesmo a persistência – quem perde, afinal, tem de começar tudo de novo!

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