• Andreia Friques
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“Meu filho Henrique, 5 anos, adora embutidos (calabresa, presunto, salsicha...). Há problema? Quais as opções mais indicadas?”
Fabiana Medeiros, via Facebook

De forma geral, os embutidos são produtos elaborados com carnes ou outros tecidos animais comestíveis e têm como envoltório natural tripas, bexigas e outras membranas animais ou artificiais. Eles fazem parte do grupo das carnes processadas, que são transformadas a partir da adição de sódio e demais substâncias, para dar sabor ou aumentar seu tempo de conservação.

criança-menina-embutido-linguiça-alimentaçao (Foto: Meruyert Gonullu/Pexels)

 (Foto: Meruyert Gonullu/Pexels)

Comumente são produzidos a partir do que foi descartado, como pele, cartilagens, vísceras, gorduras, e têm adicionados conservantes, como sal, xarope de milho (açúcar), glutamato monossódico (realçador de sabor), nitritos, nitrato e vários outros. Portanto, os famosos presuntos, mortadelas, salsichas, linguiças e até o peito de peru, muitas vezes considerado “saudável” por ser magro, estão nesse grupo.

Há diversos estudos relacionando o consumo de embutidos a doenças cardiovasculares, como a ­hipertensão, diabetes, obesidade, vários tipos de câncer, enxaqueca e até agitação e alterações comportamentais ligadas à excitação cerebral nas crianças. Sem falar, é claro, na alteração da percepção do paladar, pois esses atraentes aditivos fazem com que os alimentos mais naturais acabem ficando sem graça. Imagine o efeito disso na alimentação infantil, em termos de preferências alimentares, a longo prazo?

Mas aí você deve estar se perguntando: “Como substituir os embutidos?”. A dica é trocar por fontes proteicas. Muitas delas, como as carnes, você pode preparar, cozinhar (variando os ingredientes) e congelar em potinhos de vidro por até três meses. Assim, quando for fazer um lanchinho é só retirar, descongelar e está pronto. Deixar pré-preparado é o segredo para facilitar o dia a dia. Não tem jeito! A alimentação diária da família deve ser baseada em comida de verdade. Então, mãos à obra.

Recheios para variar

- Ovos, ovinhos de codorna

- Frango desfiado, carne moída, atum desfiado

- Pastas de grão-de-bico ou de lentilha

- Queijos (ricota, cottage, queijo branco, muçarela de búfala) e tofu (queijo de soja)

Andreia Friques é nutricionista materno-infantil, mestre em Ciências Farmacêuticas, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Materno-Infantil (ABRANMI) e mãe de Miguel e Davi. É autora de “Nutrição Materno-Infantil”  (Foto: Arquivo pessoal)

Andreia Friques é nutricionista materno-infantil, mestre em Ciências Farmacêuticas, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Materno-Infantil (ABRANMI) e mãe de Miguel e Davi. É autora de “Nutrição Materno-Infantil” (Foto: Arquivo pessoal)

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