• Andreia Friques
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“Faz muito calor onde moro. Posso substituir as frutas por sucos gelados ou picolés de frutas naturais para oferecer aos meus filhos de 9 e 4 anos?”
Marlene Pérez, via Instagram

Garota comendo frutas (Foto: Getty Images)

Garota comendo frutas (Foto: Getty Images)

Não devemos criar o hábito de substituir frutas por sucos. Elas são riquíssimas em fibras, vitaminas, minerais e água, o que as tornam alimentos imprescindíveis para os pequenos. São fontes de energia, potencializam o funcionamento intestinal e contribuem para a saúde como um todo. Além disso, em um estilo de vida saudável, matar a vontade de doce com a fruta é uma ótima opção, diminuindo, inclusive, as chances da ingestão de “calorias vazias de nutrientes”, mas lotadas de aditivos e açúcares.

Manter as crianças hidratadas e com hábitos alimentares saudáveis é um desafio para muitas famílias! Mas, de maneira geral, as frutas devem ser ingeridas, preferencialmente, in natura. Assim, temos uma maior integridade dos nutrientes, inclusive das fibras, fundamentais para a saúde intestinal. Nas cascas encontramos, ainda, nutrientes excelentes, e elas muitas vezes são desprezadas no preparo dos sucos.

Além disso, no processo de preparo do suco, resfriamento, congelamento, no caso dos picolés, sempre há alguma perda nutricional. E se as frutas começarem a aparecer na rotina somente em forma de suco, haverá sério risco de o seu filho começar a recusá-las in natura depois.

As recomendações atuais da imensa maioria das entidades científicas é que os sucos não sejam ofertados a bebês até 1 ano. A partir daí, eles podem entrar, com moderação, feitos da maneira correta. Para crianças maiores, um suco natural, sem peneirar, sem adicionar açúcar, pode ser bem-vindo de vez em quando, acompanhando o lanche, em dias mais quentes de verão, e sempre mantendo o hábito da oferta da fruta.

Boas opções que não precisam de açúcar
- Manga, abacaxi, laranja e acerola
- Morango com água de coco
- Abacate com manga
- Caqui, laranja e kiwi

Andreia Friques é nutricionista materno-infantil, mestre em Ciências Farmacêuticas, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Materno-Infantil (ABRANMI) e mãe de Miguel e Davi. É autora de “Nutrição Materno-Infantil”  (Foto: Arquivo pessoal)

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