Andreia Friques | Nutrição
Como variar o cardápio de crianças que não podem comer glúten?
Veja algumas dicas do que fazer. Spoiler: foque em tudo o que ela “pode” comer
2 min de leitura![Crianças se alimentando (Foto: Getty Images) Crianças se alimentando (Foto: Getty Images)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/WYq5Dy4DPVJo0-IVF2zei96BM8Q=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2020/06/02/gettyimages-496655509.jpg)
Crianças se alimentando (Foto: Getty Images)
“Minha filha Beatriz, 7 anos, tem doença celíaca e não pode ingerir glúten. Ela não come muitas frutas, verduras e legumes... Como posso melhorar a alimentação dela?”
TATIANA REWAS FORNI, VIA INSTAGRAM
+ Fórum Crescer: compartilhe suas experiências e dúvidas com outros pais e mães
A doença celíaca é autoimune e leva a uma intolerância definitiva ao glúten – proteína presente no trigo, cevada e centeio. A princípio, pode parecer assustador, afinal, estamos em uma sociedade onde, infelizmente, grande parte do que consumimos é à base de trigo ou pode conter trigo em sua composição.
Digo infelizmente, pois o que precisamos no nosso dia a dia é comida de verdade: arroz, feijão, carnes, ovos, verduras, frutas e tubérculos – e nada disso tem trigo, não é? No caso da Beatriz, há alguns desafios.
O primeiro, em relação à aceitação do diagnóstico: a dica é para que você trabalhe em família e, se precisar, busquea ajuda de um profissional. É preciso enfrentar a situação para que não fiquem traumas ou sentimento de inferioridade da parte da criança. Por isso, vale uma conversa amorosa e franca com ela. Alertando-a com todo carinho para o fato de que o contratempo de vocês é esse, mas que outros pequenos passam ou passarão por outros, alguns até mais difíceis. Faz parte da vida e vocês, juntos, vão superá-lo.
Outro ponto importante é traçar metas a curto, médio e longo prazos para inserir novos alimentos à rotina. Uma fruta picada hoje, uma torta de legumes amanhã... Comecem aos poucos e não parem. Para ajudar, prepare receitas substituindo o trigo por farinha sem glúten – há várias opções, como a de arroz, de mandioca, de oleaginosas, coco, quinoa e muito mais. Também experimente convidá- la para ir à feira comprar os ingredientes e depois peça auxílio na preparação da receita que ela mesma pode escolher.
Por último, foque em tudo o que ela “pode” comer. Essa lista é bem maior do que a de alimentos que ela “não pode”. É assim que precisamos enxergar a vida. Mantenham-se conectadas, unidas e otimistas, vai dar tudo certo!
![CF-ANDREIA-FRIQUES-NUTRICIONISTA (Foto: Divulgação) CF-ANDREIA-FRIQUES-NUTRICIONISTA (Foto: Divulgação)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/QFtu98alQraFCyzQw26eeCN9nxA=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/07/25/cf-andreia-friques-nutricionista.jpg)
CF-ANDREIA-FRIQUES-NUTRICIONISTA (Foto: Divulgação)
ANDREIA FRIQUES É NUTRICIONISTA MATERNO-INFANTIL, MESTRE EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO MATERNO-INFANTIL (ABRANMI) E MÃE DE MIGUEL, 11, E DAVI, 7. É AUTORA DE NUTRIÇÃO MATERNO-INFANTIL. MANDE SUA DÚVIDA PARA CRESCER@EDGLOBO.COM.BR OU PELAS NOSSAS REDES SOCIAIS
+ Gostou da nossa matéria? Clique aqui para assinar a nossa newsletter e receba mais conteúdos.