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A enfermeira passou por uma cesárea de emergência, mas não resistiu (Foto: Reprodução/Daily Mail)

A enfermeira passou por uma cesárea de emergência, mas não resistiu (Foto: Reprodução/Daily Mail)

Mary Agyeiwaa Agyapong, uma enfermeira britânica de 28 anos que estava grávida de 8 meses, morreu pouco depois de ser submetida a uma cesariana de emergência no último domingo (12), em Luton, no Reino Unido. A jovem mãe havia testado positivo para coronavírus, estava internada desde o dia 7 de abril e não tinha condições de saúde subjacentes. Felizmente, o bebê sobreviveu. No entanto, ainda não está claro se ele também testou positivo para Covid-19. 

Um e-mail interno da equipe conta como foi tomada a decisão de realizar uma cesariana de emergência após o agravamento do quadro de saúde. Os médicos acreditavam que ela estava se recuperando, mas ela teria piorado de repente no domingo. Segundo o Daily Mail, ativistas passaram a questionar os motivos de ela ter trabalhado até as 28 semanas na linha de frente no combate a pandemia. Organizações que apóiam profissionais de saúde grávidas em todo o Reino Unido disseram que centenas de gestantes foram instruídas a trabalhar - às vezes sem EPI. Joeli Brearley, fundadora do grupo de campanha Grávida e depois parafusada, disse que a morte de Mary poderia ter sido evitada. "Uma criança agora cresce sem a mãe. Essa tragédia poderia ter sido evitada", afirmou. Grupos de campanha escreveram para o Royal College of Obstetricians and Gynecologists pedindo a orientações fosse alterada. Atualmente, mulheres com menos de 28 semanas de gravidez que atuam na área da saúde podem continuar trabalhando.

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Segundo os colegas, ela era "uma enfermeira fabulosa" e um ótimo exemplo. O executivo-chefe do Trust a descreveu como uma “jovem maravilhosa, que fez uma enorme contribuição”. O bebê é descrito como um "farol de luz neste momento muito escuro". A menina foi batizada de Mary, em homenagem à mãe.

Ainda de acordo com o Mirror, pelo menos 30 trabalhadores do NHS morreram enquanto trabalhavam na linha de frente da luta contra o coronavírus. Os médicos pedem mais equipamentos de proteção individual e há relatos de enfermeiras compartilhando máscaras e roupas de trabalho.

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