• Patrícia Cerqueira
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Bebê sorrindo deitado na cama de fralda (Foto: Shutterstock)

Sétimo mês

Quando sentada, a criança coloca as duas mãos à frente do corpo, apoiadas no chão, para ter uma base de sustentação maior. O equilíbrio ainda é vacilante. Se você mostrar um objeto atraente, ela esquece das mãos, pega o brinquedo e tomba. "A queda manda uma mensagem ao cérebro: as duas mãos não podem sair do chão ao mesmo tempo, pelo menos por enquanto", diz o neurologista Luiz Celso Vilanova. A coordenação motora se refina. O bebê começa a usar o dedo indicador e o polegar para pinçar os objetos. Parece que está escolhendo as coisas ou com nojo. O movimento se estenderá para o restante dos dedos entre o oitavo e o nono mês. A melhora na pega indica que os ossos do bebê estão endurecendo. Quando nasce, eles são flexíveis por terem mais água do que os dos adultos. Entre o sétimo e o nono mês, a criança pode bater palma, mesmo que de forma desengonçada. "Unir as mãos significa ter o controle do ombro e também ausência de problemas cerebrais", diz Vilanova.

Oitavo mês

O poder de compreensão ganha contornos mais concretos. O bebê pára uma atividade quando lhe dizem "não". Entende o significado dos gestos e dos atos. Percebe, principalmente, que é um ser separado da mãe, mas ainda precisa se assegurar de que quando ela some não deixou de existir. As brincadeiras de esconder o ajudam nessa fase, em que demonstrações de estranhamentos com outras pessoas são comuns. Assim como quando estão no cadeirão e jogam um objeto no chão. É outro reforço no entendimento de que as coisas vão e voltam, além de experiências em que a criança aprende sobre distância, som e força. Sua musculatura está mais dura e o equilíbrio, melhor. Ela senta sem apoio e pega objetos próximos sem cair.

Nono mês

Engatinhar exige planejamento e logística. Qual perna levantar com qual braço? Resolver aonde ir. Ampliam-se a capacidade e a freqüência de tomar decisões por conta própria. Essa conquista acelera o desenvolvimento intelectual dos bebês. No princípio é engraçado. A criança poderá se arrastar com a barriga porque o controle das pernas ainda não é total. Elas não são tão firmes quanto os braços. Ou engatinhar de marcha a ré, por causa do peso da cabeça, que representa 30% do tamanho do corpo. "Cuidado com degraus", avisa a pediatra Tânia Shimoda. O dispositivo do medo, inato, é acionado duas semanas depois de ela começar a engatinhar, pela experiência ou pelos alertas dos pais.

10 a 11 meses

O desejo de ficar em pé é incontrolável. Para isso, o bebê precisa de três pontos de apoio – duas pernas e um braço, dois braços e uma perna ou dois pés e o apoio do tórax em algum lugar. Ao ficar em pé, a dimensão de mundo da criança se amplia. Os olhos de um bebê que engatinha ficam a 22 centímetros do chão. Em pé, a distância aumenta para, no mínimo, 50 centímetros, ou a altura dele. Muitos pais colocam o filho no andador. "Está errado. A criança poderá ter quedas mais freqüentes ao andar porque não fortaleceu como deveria a musculatura da perna", avisa o pediatra Francisco Lembo Neto.