Amamentação
Leite materno tem carboidrato melhora neurodesenvolvimento do bebê
“Esse aprimoramento do desenvolvimento cognitivo nos primeiros dois anos de vida levanta a questão do possível impacto a longo prazo", afirmam cientistas norte-americanos
2 min de leitura![Novas descobertas sobre o leite materno (Foto: thinkstock) bebe_mae_amamentação_aleitamento_peito (Foto: thinkstock)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/294JbrzvJJel5ShzlAtjjmwNDHo=/620x480/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2015/06/02/bebe_amamentacao.jpg)
Novas descobertas sobre o leite materno (Foto: thinkstock)
Todo mundo já sabe que o leite materno traz mil e um benfícios para o bebê, mas a cada dia, a ciência revela ainda mais vantagens. Dessa vez, pesquisadores do Hospital Infantil de Los Angeles, com a colaboração da Universidade da Califórnia, em San Diego, concluíram o primeiro estudo em humanos provando que um carboidrato (chamado de 2'FL) encontrado no leite materno melhora o desenvolvimento cognitivo dos bebês. Na pesquisa, que envolveu 50 mães e seus bebês, os pesquisadores analisaram a composição do leite materno e a frequência da alimentação aos 1 e 6 meses de idade. Depois, o desenvolvimento cognitivo foi medido aos 24 meses usando um teste padronizado de desenvolvimento de bebês e crianças pequenas.
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Os resultados mostraram que a quantidade deste carboidrato no leite materno no primeiro mês de amamentação estava relacionada a escores de desenvolvimento cognitivo significativamente maiores em bebês aos 2 anos de idade. No entanto, a quantidade aos seis meses não obteve o mesmo desempenho, indicando que a exposição precoce pode ser mais benéfica. “Esse aprimoramento do desenvolvimento cognitivo nos primeiros dois anos de vida levanta a questão do possível impacto a longo prazo em uma criança na escola", afirmou Paige Berger, pesquisadora associada do CHLA e primeira autora do estudo.
As observações permitiram à equipe concluir ainda que o aumento do neurodesenvolvimento proporcionado pela amamentação se deve, principalmente, às mães que estavam produzindo mais carboidrato para o bebê consumir. “Sabemos que existem muitos compostos diferentes no leite materno e a composição é dinâmica - muda ao longo do tempo e é altamente variável entre as mães. Além de identificar o impacto do oligossacarídeo 2'FL, também queríamos determinar o momento em que é mais crítico para o desenvolvimento de uma criança”, observou Michael Goran, diretor do Programa de Diabetes e Obesidade do Instituto de Pesquisa Saban, do Hospital Infantil de Los Angeles e autor sênior do estudo.
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Para os cientistas, a capacidade de identificar fatores críticos para o desenvolvimento neurológico precoce oferece a possibilidade de suplementar o leite materno em indivíduos que produzem quantidades menores dessa substância importante. “Para algumas mulheres, a amamentação é um desafio. Para aqueles que não conseguem amamentar ou podem fazê-lo apenas a curto prazo, o 2'FL poderia ser oferecido como um complemento à nutrição que o bebê está recebendo para apoiar melhor o desenvolvimento cognitivo”, finalizou Paige.
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