Imóveis

Por Yara Guerra

Quem deseja garantir que o seu imóvel e os itens nele estejam protegidos, deve contratar um seguro residencial, cujo cálculo se baseia no valor da estrutura física e dos bens que existem na residência.

Como há muitos tipos de cobertura oferecidos pelas seguradoras, é normal ficar em dúvida sobre qual modelo escolher para o seu caso.

O que é e quanto custa o seguro residencial

O seguro residencial é um contrato entre o proprietário ou inquilino do imóvel e seu conteúdo e a seguradora, através do qual é definido o modelo de proteção garantida à propriedade.

"O seguro apoia o cliente na reconstrução da residência ou reposição de bens danificados pela ocorrência de um sinistro – isto é, algum revés ou evento indesejado que cause danos ao patrimônio", explica Saint'Clair Lima, diretor da Bradesco Seguros.

Um dos danos cobertos pelo seguro residencial, que, em média, corresponde a 0,1% ou 0,2% do valor do imóvel, é o incêndio — Foto: Freepik / DC Studio / Creative Commons
Um dos danos cobertos pelo seguro residencial, que, em média, corresponde a 0,1% ou 0,2% do valor do imóvel, é o incêndio — Foto: Freepik / DC Studio / Creative Commons

São considerados como eventos indesejados, por exemplo, roubo de bens, danos elétricos, incêndio entre muitos outros, e há muitas opções de coberturas segmentadas para atender diferentes perfis.

Quanto ao valor do seguro, segundo Saint'Clair, este representa, em média, apenas 0,1% ou 0,2% do valor do imóvel.

Em algumas seguradoras, por exemplo, é possível ter um seguro com cobertura para incêndios e explosões; proteção para eletrônicos queimados, roubo de bens, vidros quebrados, destelhamento e danos a terceiros, como um vazamento no imóvel que afete o vizinho, por exemplo. "O segurado pode ter ainda serviços de assistência, como encanador, eletricista e chaveiro", informa Jarbas Medeiros, diretor de Ramos Elementares da Porto Seguro.

Para acionar o seguro, deve-se fazer um primeiro contato com a seguradora ou o corretor a fim de verificar quais documentos são necessários para o processo. No caso de sinistro, a seguradora paga ao contratante o valor estipulado no contrato, ainda que haja qualquer valorização posterior em seu patrimônio.

Coberturas do seguro residencial

Existem muitos tipos de cobertura voltados a perfis e necessidades distintas. Uma cobertura pode ser composta por um ou mais riscos cobertos.

São eles: incêndio, inclusive quando causados por terceiros e durante tumultos; queda de raio, ocorrida no terreno ou edifício segurado; explosão ou implosão de qualquer natureza; fumaça vinda de dentro ou fora do terreno; quedas de aeronaves; prejuízos e estragos causados por terceiros durante tumultos, greves e lockouts; prejuízos de acidentes com veículos que atingem o imóvel; e recomposição de documentos.

Alguns seguros residenciais também cobrem o risco da queda de raio no imóvel — Foto: Freepik / photoangel / Creative Commons
Alguns seguros residenciais também cobrem o risco da queda de raio no imóvel — Foto: Freepik / photoangel / Creative Commons

Além da cobertura básica, estão à disposição dos clientes as acessórias, que são opcionais e ampliam a proteção dos bens com amparo para riscos, como perda ou pagamento de aluguel; vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo; danos elétricos; roubo; vidros; equipamentos eletrônicos; responsabilidade civil (indenização para o segurado, seu cônjuge e dependentes legais, quando forem obrigados a pagar por danos materiais ou corporais causados a terceiros, dentro do imóvel segurado); e muito mais.

Opções de planos mais completas oferecem proteção contra danos por pequenas reformas ou instalações, placas solares, vazamento de tubulações, auxílio-funeral familiar, roubo de bicicletas dentro e fora do imóvel, podendo incluir também serviços de conserto de ar-condicionado, desentupimento, além de comodidades como instalação de TV, ventiladores, prateleiras, ganchos de rede e assistência pet.

Há coberturas de seguros que cobrem aspectos adicionais, como assistência aos pets — Foto: Unsplash / Jamie Street / Creative Commons
Há coberturas de seguros que cobrem aspectos adicionais, como assistência aos pets — Foto: Unsplash / Jamie Street / Creative Commons

Há também opções desenhadas para residências de temporada, com check-up preventivo, e residências alto padrão, com limites de coberturas mais amplas e diferenciadas  de danos ao jardim; joias e relógios (incluindo um valor para roubo fora da residência), obras de arte, assistência para carros de colecionador e ainda cobertura para danos sofridos por funcionários que trabalham na casa do segurado, durante o horário de expediente.

Se o morador desejar, também pode optar por cobrir exclusivamente a estrutura do imóvel, sem coberturas para o conteúdo nele existente – como móveis, roupas e equipamentos eletrônicos.

Seguro residencial x seguro de condomínio

É importante não confundir seguro residencial e o de condomínio. Este último cobre os danos ocorridos na edificação (reconstrução da estrutura) e nas áreas comuns (hall, corredores, salão de festas, etc.).

"Ou seja, embora os moradores estejam resguardados em relação aos objetos segurados citados, eles devem ser incentivados a contar com um seguro residencial que cobrirá os possíveis incidentes passíveis de ocorrer dentro da casa ou do apartamento", explica Saint'Clair.

Obrigatório por lei, o seguro de condomínio cobre os danos relacionados às áreas comuns dos imóveis — Foto: Freepik / lifeforstock / Creative Commons
Obrigatório por lei, o seguro de condomínio cobre os danos relacionados às áreas comuns dos imóveis — Foto: Freepik / lifeforstock / Creative Commons

O seguro de condomínio trata-se, assim, de uma segurança em relação às áreas compartilhadas, deixando os danos aos interiores do imóvel particular a cargo do seguro residencial de cada proprietário ou inquilino.

"Esse seguro não inclui o interior das residências, sendo responsabilidade individual dos moradores proteger seus bens pessoais com o seguro residencial. O do condomínio é obrigatório por lei para fornecer segurança coletiva aos moradores", acrescenta Jarbas.

Benefícios do seguro residencial

Para Saint'Clair, há certos benefícios na contratação do seguro residencial, como a boa relação custo x benefício, se comparada a outras modalidades de seguro.

"O produto também possui uma variedade de assistências que simplificam a vida de quem o contrata, como serviço de caçambas para entulhos, limpeza de caixa d’água, instalação e substituição de ventilador de teto, limpeza de caixa de gordura, encanador, chaveiro, limpeza de calhas e telhados, eletricista, vidraceiro, etc.", diz.

A caçamba para entulho pode ser um tipo de assistência ofertada pelo seguro residencial, bem como a limpeza de caixa d'água e serviços de encanador e chaveiro — Foto: GettyImages
A caçamba para entulho pode ser um tipo de assistência ofertada pelo seguro residencial, bem como a limpeza de caixa d'água e serviços de encanador e chaveiro — Foto: GettyImages

Riscos cobertos, excluídos e bens não compreendidos

Dois termos vêm à tona ao tratar das condições gerais do seguro residencial: riscos cobertos e excluídos. O primeiro diz respeito ao tipo de evento que a seguradora ampara em cada cobertura – como um incêndio que danificou a estrutura da residência e seus móveis e equipamentos. "Já os riscos excluídos descrevem situações que não estão cobertas no seguro", afirma Jarbas.

Já os bens não compreendidos no seguro são aqueles especificados nas condições gerais do produto para os quais a seguradora não indenizará os prejuízos, ainda que oriundos de riscos cobertos.

"Ou seja, ainda que o evento de sinistro esteja caracterizado entre os riscos cobertos do seguro, os danos ou prejuízos causados a alguns bens específicos não são amparados pelo seguro", diz Saint'Clair.

Para ilustrar melhor, dois exemplos de bens não compreendidos no seguro são dinheiro em espécie e armas de fogo.

O dinheiro em espécie é um exemplo de bem não compreendido no seguro, bem como armas de fogo — Foto: Freepik / frimufilms / Creative Commons
O dinheiro em espécie é um exemplo de bem não compreendido no seguro, bem como armas de fogo — Foto: Freepik / frimufilms / Creative Commons

Como contratar um seguro residencial?

Para contratar um seguro residencial, basta entrar em contato com uma seguradora ou corretor parceiro, que auxiliará o interessado e acompanhar o processo do início ao fim – desde o orçamento até as situações em que ocorra o sinistro.

Saint'Clair defende ser fundamental avaliar os amparos contidos na cobertura básica, as acessórias disponíveis para contratação e os valores estabelecidos para cada uma delas, assegurando que o produto firmado tenha os amparos adequados às suas necessidades, sem subestimar ou exagerar na contratação.

Antes de contratar um seguro residencial, analise se a cobertura é adequada às suas necessidades individuais — Foto: Freepik / katemangostar / Creative Commons
Antes de contratar um seguro residencial, analise se a cobertura é adequada às suas necessidades individuais — Foto: Freepik / katemangostar / Creative Commons

"Conversar com consultores especializados – os corretores de seguros – pode ajudar a elucidar algumas dúvidas e decidir a cobertura que se encaixa melhor em cada perfil. Vale a pena comparar diferentes simulações até chegar à opção que melhor atende às necessidades de cada pessoa", sugere.

Cuidados ao contratar um seguro residencial

Como dito acima, é importante que o seguro seja adequado às necessidades de cada morador. Para isso, segundo Saint'Clair, deve-se saber que é recomendável o valor da cobertura contratada ser equivalente à reconstrução ou ao reparo do bem em caso de um sinistro.

"Desta forma, evitam-se muitas dores de cabeça, pois caso ocorra um sinistro, o valor da indenização será correspondente às reais necessidades do segurado e não haverá frustrações por parte do cliente", diz.

Jarbas acrescenta que outro ponto importante é baixar o aplicativo da seguradora para acompanhar os pagamentos das parcelas, acionar serviços e conferir benefícios disponíveis na apólice.

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