Plantas para salas pequenas: 10 espécies indicadas e 20 projetos para se inspirar

Na escolha das espécies, o primeiro ponto a ser considerado é a luz natural disponível no ambiente. Geralmente, as plantas de meia-sombra e sombra são as mais indicadas aos espaços internos, pois se adaptam à iluminação e ventilação restritas.

As plantas de meia-sombra precisam de muita claridade, mas não podem ser expostas ao sol direto entre 10h e 17h. O ideal é que fiquem posicionadas sempre próximas às janelas da sua sala. As plantas de sombra, por sua vez, demandam somente luz indireta por pelo menos 2 horas ao dia.

"Locais mais distantes que 3 m de janelas e portas envidraçadas são, geralmente, muito escuros, mas isso não quer dizer que não possamos verdejar estes espaços. Costumo indicar, quando possível, a iluminação artificial mais próxima e direcionada com a intenção de substituir a luz do sol", sugere a paisagista Marina Vidal, do escritório Sapucaia Paisagismo.

Um critério importante em salas pequenas é a proporção. A paisagista Júlia Guadix, à frente do escritório Studio Guadix, sugere vasos pequenos com espécies que não ocupem muito espaço e possam ser dispostas em prateleiras, móveis ou cantos das paredes. Uma estante também pode servir para economizar espaço, acomodando plantas pendentes, como jiboias e samambaias.

Outra alternativa são os jardins verticais, que costumam demandar maior manutenção. "É muito importante avaliar a disponibilidade de tempo que terá para cuidar da planta. Algumas espécies são mais rústicas e demandam menos cuidados, e outras podem requerer cuidados muito específicos e quase diários", afirma a bióloga e paisagista Paula Tsuyana.

Entre as espécies que demandam cuidado quase diário estão orquídeas e hortaliças, como manjericão e hortelã. Para quem não tem muito tempo disponível, suculentas, fícus e filodendros são uma boa opção. Outras plantas que não ocupam muito espaço são pau-d’água, camedórea, bromélias, peperômias e bambu-da-sorte.

Um dos principais aspectos que afetam o desenvolvimento e bem-estar da planta é o tamanho do vaso, pois ele delimita até onde as raízes podem crescer. “É uma planta cuja raiz cresce muito? Para todos os lados? Ela tem uma raiz profunda, que cresce na vertical, rasgando o solo? Ou tem uma raiz rasa?”, questiona o paisagista Lucas Teixeira, do Taperebá Arquitetura Paisagística. Ele explica que algumas plantas, como a ficus, podem quebrar vasos que forem menores que suas raízes.

Um recipiente grande para uma espécie pequena também pode ser prejudicial à sua saúde. Uma dica é observar o tamanho da copa da planta, pois a raiz ocupa a mesma área. “Uma planta muito grande em um vaso muito pequeno pode sufocar a raiz da planta, por falta de minerais e substrato. Uma planta muito pequena em um vaso muito grande pode sufocá-la de tanto nutriente. É necessário procurar sempre o equilíbrio”, completa.

Dentre as formas de explorar o verde dentro de casa, uma que se tornou tendência em espaços pequenos é o jardim vertical. Além de belos, eles ajudam no isolamento térmico e acústico e melhoram a qualidade do ar. As espécies mais indicadas são samambaia americana, jiboia, peperômia e folhagens em geral.

Existem diversas formas de compor uma parede verde, como uma prateleira com vasos ou treliças para fixar as plantas. Os materiais também são variados, como aço, ferro, concreto, cerâmica e madeira. Um ponto importante é considerar a carga que a parede escolhida suporta, considerando o peso das espécies escolhidas, a terra e a água. Para facilitar o cuidado, invista em um sistema de irrigação automático.

Abaixo, confira dez espécies indicadas para salas pequenas!

O bambu-da-sorte não é, na verdade, um bambu, mas, sim, uma espécie de dracena (Dracaena sanderiana) muito querida pelo Feng Shui. O ideal é manter o bambu-da-sorte em local de sombra, recebendo claridade indireta, e sempre realizar a poda quando as folhas começarem a crescer ou estiverem danificadas.

As bromélias são plantas tropicais muito comuns nos lares brasileiros, perdendo apenas para as orquídeas. Chamam atenção também pelo formato diferenciado de suas flores e folhas. A bromélia imperial (Alcantarea imperialis), por exemplo, tem folhas largas e longas, em tons esverdeados ou avermelhados.

A camedórea-elegante é uma palmeira muito indicada para ambientes internos, comerciais ou residenciais. A espécie aprecia o calor e a umidade, mas o sol quente pode queimar suas folhas. Evite espaços com correntes de ar ou ar-condicionado.

Outra espécie ornamental muito querida é a Ficus lyrata, com folhas grandes e brilhantes. Ela prefere ambientes bem iluminados, mas a incidência de luz direta pode queimar suas folhas. Já a rega deve manter sempre o substrato úmido.

Se você busca uma espécie com folhas grandes e ornamentais, pode apostar sem medo no filodendro ondulado. Nativo de florestas tropicais, ele se adapta bem à meia-sombra. Você pode cultivá-lo em vasos ou canteiros, para criar maciços com diferentes alturas.

As samambaias não poderiam ficar de fora dessa lista! A samambaia-americana é a mais famosa no Brasil. De coloração verde-clara, apresenta folhas longas e pendentes, que costumam formar touceiras volumosas, demonstrando sua bela textura. Para tirar proveito dessas características, plante-a em vasos suspensos ou em um local alto. A iluminação ideal para cultivá-la é a meia-sombra.

Super versátil, a Epipremnum pinnatum pode ser usada como trepadeira ou planta pendente. Com folhas em formato de coração, ela se adapta a ambientes com pouca luminosidade e também a sol pleno.

Campeãs no uso interno, o gênero das orquídeas pode embelezar a sala. Uma das espécies mais comuns é a Phalaenopsis, cujas flores arredondadas variam entre o branco, o rosa, o amarelo e a púrpura. Por ser bastante delicada, é melhor escorar sua haste com um tutor. Vale a pena substituir os vasos de plástico pelos de barro, pois são porosos e drenam melhor a água.

Quer apenas um vaso para a mesinha lateral? Invista na peperômia! Suas folhagens se destacam em qualquer ambiente. A espécie prefere luz solar indireta e um ambiente úmido, além de solo aerado e drenável. Regue apenas quando a terra estiver seca.

O vaso de suculenta é um clássico em espaços pequenos. Contudo, elas se desenvolvem melhor sob sol pleno ou, no máximo, meia-sombra. O ideal é que tenham de 4 a 6 horas de luz por dia, preferencialmente, pela manhã. Para isso, lembre-se de posicioná-las muito próximo a janelas.