Paisagismo

Por Aline Melo

Em sua maioria, as plantas tropicais tendem a florescer durante a primavera e o verão, diminuindo sua atividade metabólica no inverno. Contudo, algumas espécies são capazes de florescer o ano todo – ou, ao menos, passam essa impressão graças à durabilidade de suas flores e florações recorrentes.

Confira abaixo dez flores para colorir o jardim o ano todo!

1. Borboleteira (Rotheca myricoides)

As flores da borboleteira são bastante ornamentais e podem ser o destaque do seu paisagismo tropical — Foto: yc4646 / Flickr / Creative Commons
As flores da borboleteira são bastante ornamentais e podem ser o destaque do seu paisagismo tropical — Foto: yc4646 / Flickr / Creative Commons

A borboleteira ou flor-borboleta é uma espécie ornamental encantadora. Cada flor apresenta cinco pétalas: delas, quatro são azul-claras e uma azul-escura. O aspecto final lembra uma borboleta devido aos longos estames no topo, que fazem as vezes de antenas. “Em regiões de clima quente, floresce o ano todo. Em clima temperado ou subtropical, as flores aparecem durante a primavera, o verão e o outono”, afirma o paisagista Luciano Zanardo.

O solo deve ser fértil, rico em matéria orgânica, bem drenado e com regas regulares, para mantê-lo levemente úmido. É uma espécie de fácil manutenção, exigindo apenas adubação orgânica e podas anuais. Após as floradas, é interessante podar as pontas dos ramos com inflorescências velhas e murchas, estimulando as novas florações.

2. Crisântemo (Chrysanthemum)

O crisântemo floresce bem em todas as estações do ano, trazendo cor para dentro de casa — Foto: Pixnio / CreativeCommons
O crisântemo floresce bem em todas as estações do ano, trazendo cor para dentro de casa — Foto: Pixnio / CreativeCommons

De origem asiática, o gênero Chrysanthemum pertence à família dos Asteraceae, mesma do girassol, margarida e anastácia. Assim como em suas primas, as flores do crisântemo são muito usadas em arranjos. "É uma planta que floresce o ano todo, fácil de cuidar, resistente e durável. Pode ser usada como planta de corte, mas também cultivada em vaso, já que se adapta a climas diversos e tem um baixo custo", afirma a decoradora e designer floral Luciana Marquez.

Quanto ao cultivo, o crisântemo necessita de muita luz, porém não aguenta incidência solar direta e prefere um clima quente e úmido. "Regue de duas a três vezes por semana, para que o solo permaneça sempre úmido, mas sem ficar encharcado. O ideal é que ele seja bem drenado e rico em matéria orgânica", indica Luciana.

3. Estrelítzia (Strelitzia reginae)

As flores da estrelítzia são extremamente duradouras, motivo pelo qual se popularizou como flor-de-corte — Foto: Gui Morelli / Editora Globo
As flores da estrelítzia são extremamente duradouras, motivo pelo qual se popularizou como flor-de-corte — Foto: Gui Morelli / Editora Globo

Conhecida popularmente como estrelítzia, ave-do-paraíso ou flor-da-rainha, a Strelitzia reginae é uma espécie tropical bastante exótica, muito usada como flor de corte em arranjos e vasos. Nativa da África do Sul, ela pode ser cultivada no jardim tranquilamente e sua inflorescência ocorre o ano todo, mas principalmente no verão.

Essas flores são extremamente duráveis: a espata, que se assemelha a um bico, serve de bainha para as flores em coloração laranja, com anteras e estigmas azuis, em formato de flecha. "Na primavera e no verão, a estrelítzia deve ser fertilizada uma vez por semana para estimular a floração", ensina a designer floral Luciana Marquez.

4. Flor-da-fortuna (Kalanchoe blossfeldiana)

A flor-da-fortuna tem florações intensas e vibrantes, como a desta espécie rosa — Foto: Freepik / Divulgação
A flor-da-fortuna tem florações intensas e vibrantes, como a desta espécie rosa — Foto: Freepik / Divulgação

Com folhas grossas e largas, em um tom de verde-escuro, a flor-da-fortuna se destaca pelas delicadas flores agrupadas, nas mais variadas cores: vermelho, laranja, rosa, lilás, amarelo e branco. Trata-se de uma suculenta, por isso, deve ser mantida em um local com incidência generosa de luz natural, com regas de uma a duas vezes na semana.

Para estimular as florações, a paisagista Iedes Campezzi recomenda que seja usado um substrato ou terra vegetal misturada com um pouco de areia. “Essa é uma espécie que floresce o ano todo. Para acelerar o processo e impulsionar o crescimento, você pode fazer uma adubação do tipo 04-14-08 uma vez a cada três meses”, ensina.

5. Gerânio

Para prolongar a floração, o cultivo de gerânios deve ser feito sob sol pleno — Foto: Alejandro Bayer Tamayo / Wikimedia Commons
Para prolongar a floração, o cultivo de gerânios deve ser feito sob sol pleno — Foto: Alejandro Bayer Tamayo / Wikimedia Commons

O nome popular gerânio engloba os gêneros Geranium e Pelargonium, que somam mais de 300 espécies com flores coloridas, perfumadas e fáceis de cuidar. Em geral, preferem temperaturas amenas e exigem cerca de 4 a 6 horas de sol pleno, para que se desenvolvam da melhor forma e floresçam o ano todo.

Por serem plantas rústicas, bem adaptadas ao clima brasileiro, os gerânios são flores fáceis de cuidar. “Deve ser irrigado com maior frequência logo após o plantio. Depois, regue apenas quando o solo estiver seco, pois é uma planta que pode apresentar problemas de apodrecimento na raiz e no caule, caso haja excesso de água”, explica a engenheira-agrônoma Renata Brito.

6. Hibisco (Hibiscus sabdariffa)

A flor de hibisco é considerada uma planta alimentícia não-convencional e serve também para colorir o jardim — Foto: Flick / EduTaddei / CreativeCommons
A flor de hibisco é considerada uma planta alimentícia não-convencional e serve também para colorir o jardim — Foto: Flick / EduTaddei / CreativeCommons

O hibisco (Hibiscus sabdariffa) é uma planta de fácil manutenção, muito usada pelos paisagistas brasileiros como cerca-viva, podendo chegar a 5 m de altura. Há uma grande variedade de cores, mas a mais comum é a vermelha. Seus botões, apesar de durarem pouco, são numerosos.

Para florescer o ano todo, o hibisco precisa ser plantado em solo rico em nutrientes e receber no mínimo quatro horas de sol por dia. Pode ser cultivado tanto em vasos quanto em jardins, como arvoreta ou arbusto. As podas são importantes para controlar o crescimento e estimular a floração.

7. Rabo-de-gato (Acalypha reptans)

A espécie rabo-de-gato se comporta como uma forração, com flores alongadas e vermelhas — Foto: lienyuan lee / Wikimedia Commons / CreativeCommons
A espécie rabo-de-gato se comporta como uma forração, com flores alongadas e vermelhas — Foto: lienyuan lee / Wikimedia Commons / CreativeCommons

Com flores alongadas e vermelhas, semelhantes a rabos de gatos, a Acalypha reptans forma uma folhagem densa e baixa, que pode ser utilizada como forração em jardins, ao longo de caminhos, margeando canteiros, mas também em vasos e jardineiras, como planta pendente.

A espécie deve ser cultivada a pleno sol ou meia-sombra. O solo ideal é bem drenado. Para não errar, você pode usar um substrato específico para cactos e suculentas. Já as regas podem ser feitas apenas uma vez por semana, quando o solo estiver seco.

8. Rodoendro (Rhododendron simsii)

O rododendro pode ser cultivado em ambientes internos, desde que receba luz direta solar na maior parte do dia — Foto: Pexels / ROMAN ODINTSOV / CreativeCommons
O rododendro pode ser cultivado em ambientes internos, desde que receba luz direta solar na maior parte do dia — Foto: Pexels / ROMAN ODINTSOV / CreativeCommons

Rústico e resistente, o rodoendro (Rhododendron simsii) possui flores lindas e delicadas, com colorações rosas, vermelhas, lilás e brancas. No Japão, é muito cultivado como bonsai. Pode ser mantido sob sol pleno ou meia-sombra, mas é fundamental a incidência de luz natural direta para estimular a floração. “Ele floresce com intensidade durante o inverno, mas é normal vermos algumas flores durante todo o ano”, comenta o arquiteto e paisagista Arthur Borges.

As regas devem ser feitas de duas a três vezes por semana, mantendo o substrato levemente úmido. Mas cuidado com o excesso de água: isso pode acabar apodrecendo as raízes da planta. O solo ideal para o cultivo é rico em matéria orgânica, leve e bem drenado.

9. Tumbérgia azul (Thunbergia grandiflora)

As flores da Thunbergia grandiflora são de coloração azul, podendo aparecer solitárias ou em inflorescências curtas  — Foto: Pixabay / tee2tee / CreativeCommons
As flores da Thunbergia grandiflora são de coloração azul, podendo aparecer solitárias ou em inflorescências curtas — Foto: Pixabay / tee2tee / CreativeCommons

A Thunbergia grandiflora, conhecida popularmente como tumbérgia azul, é uma trepadeira conhecida por suas flores grandes e azuis, com centro amarelado. As flores aparecem no decorrer de todo o ano. “Como uma planta nativa das regiões tropicais da África e do sudeste asiático, requer um clima quente e úmido para prosperar”, afirma a paisagista Gabi Pileggi, da empresa Jardineiro Fiel.

É preferível cultivá-la a sol pleno para apresentar uma floração exuberante durante todos os meses, mas também se adapta à meia-sombra. A espécie necessita de um solo fértil, rico em matéria orgânica, bem drenado e com regas regulares, levemente encharcado, mas não excessivamente úmido.

10. Vinca-de-madagascar (Catharanthus roseas)

A vinca-de-madagascar pode ser encontrada em diferentes tonalidades, incluindo pétalas mais claras e centros mais escuros — Foto: Wikimedia / Creative Commons
A vinca-de-madagascar pode ser encontrada em diferentes tonalidades, incluindo pétalas mais claras e centros mais escuros — Foto: Wikimedia / Creative Commons

Nativa de Madagascar, a espécie Catharanthus roseas ficou conhecida como vinca-de-madagascar ou vinca-de-gato. Floresce o ano todo, mas o auge ocorre durante o verão, quando produz flores de cinco pétalas nas mais variadas cores: violetas, rosas, totalmente brancas ou com o centro avermelhado.

No nordeste do Brasil, cresce espontaneamente e pode chegar a 1 m de altura. “É uma planta de sol pleno e clima quente, ou seja, prefere temperaturas sempre acima de 20 °C e não tolera de forma alguma o frio intenso”, afirma a paisagista Clariça Lima. “Também pode ser um tanto exigente quanto ao solo e, apesar de aguentar curtos períodos de seca, prefere um substrato sempre úmido e levemente drenado”, completa.

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