Arqueólogos recuperam artefatos achados em navio naufragado há mais de 280 anos

O naufrágio matou todos os 237 tripulantes, depois que o barco ficou perdido em uma nevasca e foi açoitado por ventos ferozes. Rooswijk acabou preso na areia e despedaçado pela força do mar.

" O naufrágio de Rooswijk está a aproximadamente 25 m de profundidade em um ambiente altamente dinâmico. É preciso muito esforço para escavar um naufrágio nestas condições", disse Martijn Manders, líder do projeto na Agência de Patrimônio Cultural da Holanda, ao Daily Mail.

Somente um dos cinco baús resgatados do mar continha cerca de 100 lâminas de sabre. Especialistas em conservação removeram as grossas camadas de conchas e pedras que se acumularam nas peças ao longo dos séculos com ferramentas de alta tecnologia.

O processo de recuperação está sendo feito pelo Historic England's Research Facility, no Reino Unido. Após o trabalho de limpeza, as lâminas das armas revelaram gravuras como um sol, uma lua, estrelas e cobras. Os sabres estavam sem punho e não se sabe se seriam usados por soldados ou vendidos.

Além disso, quase 2 mil moedas de prata foram recuperadas por equipes britânicas e holandeses entre 2017 e 2018. Historiadores acreditam que metade do dinheiro a bordo do Rooswijk era contrabando – prática proibida pela Companhia Holandesa –, uma vez que as moedas têm gravada a letra M, o que significa que foram feitas na Cidade do México.

"Tem sido fascinante revelar lentamente os muitos segredos escondidos por centenas de anos dentro dos objetos encontrados no local do naufrágio de Rooswijk", falou Angela Middleton, conservadora arqueológica sênior da Historic England, à publicação.

As peças recuperadas serão um dos destaques do Festival de Arqueologia de Calke Abbey, em Derbyshire, no Reino Unido, que acontece neste mês.