O projeto de paisagismo do histórico Edifício Romi 56, em São Paulo, recebeu uma menção honrosa na primeira edição do Prêmio ABAP Roberto Burle Marx.
O Romi 56 foi desenvolvido pelo escritório Patricia Akinaga e recebeu a premiação durante o 7º Congresso Internacional de Arquitetura da Paisagem (CIAP), em Curitiba (PR).
![O projeto de paisagismo do Edifício Romi 56 mostra como a integração entre arquitetura e paisagismo pode resgatar a memória histórica de edificações emblemáticas — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação](https://cdn.statically.io/img/s2-casaejardim.glbimg.com/5ZqBySld-ZujV1GX2klTU7EIZG8=/0x0:1600x1066/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2024/q/E/ZloUuKQaSxbXv0QAetFQ/prancha-3-imagem-1.jpeg)
O objetivo do prêmio é reconhecer, promover e divulgar a produção de arquitetos e urbanistas no campo da Arquitetura da Paisagem. O seu nome homenageia Burle Marx, o maior paisagista brasileiro.
O prédio, concebido em 1960, teve o seu paisagismo selecionado na modalidade obra construída de arquitetura da paisagem. O projeto do jardim tem harmonia com as linhas do edifício. Com estrutura de vidro, é possível visualizar a área aberta e o interior do térreo do edifício da calçada.
![Trepadeiras são parte do projeto paisagistico feito pelo escritório Patrícia Akinaga — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação](https://cdn.statically.io/img/s2-casaejardim.glbimg.com/vUTlV3EyMti6WyRM7LhPirmFTZE=/0x0:1400x2101/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2024/m/h/rIkQTWQiCENuKuCGXFBg/edificio-romi-56-1-.jpeg)
Na fachada principal da construção, há uma composição de diversos tons de verde e texturas de folhagens, além dos pedriscos nas faixas de drenagem. Entre as árvores, há palmeiras, ipê-roxo, aroeira salsa e jabuticabeira – as três últimas são espécies da Mata Atlântica.
Entre os arbustos, misturam-se espécies nativas e exóticas, como lírio-do-amazonas, a ixora, a moreia e a tumbérgia arbustiva. O projeto ainda traz trepadeiras na fachada do prédio, conferindo equilíbrio entre os planos horizontais e verticais.
![Do andar térreo do edifício é possível ver o jardim e a calçada — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação](https://cdn.statically.io/img/s2-casaejardim.glbimg.com/jowezVve6lrL3ZsFbNxEL628Rbc=/0x0:1600x1066/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2024/Y/A/ocn6iIQE6vxwzJRekOjg/prancha-3-imagem-2.jpeg)
Patricia Akinaga, sócia-diretora do escritório de arquitetura, destaca que o objetivo do projeto foi integrar a história do Edifício Romi à paisagem contemporânea de São Paulo, fazendo um contato entre o espaço público e o privado.
“Ficamos muito felizes com o reconhecimento desse trabalho. Buscamos sempre criar espaços que promovam bem-estar e a preservação dos bens históricos e da identidade cultural urbana de forma inovadora, e acredito que alcançamos isso de forma muito satisfatória com o Romi 56”, comemora Patricia.