Para pendurar
Elas arrasam em painéis verticais, mas também são infalíveis penduradas em vasos
Ninguém nota o quintal vizinho diante da profusão de verde que toma a grade entre os dois muros desta casa no Itaim, em São Paulo. Ao idealizar o painel vegetal, a paisagista Claudia, da La Calle Florida, usou a grade original para amarrar as placas de xaxim recuperadas e os vasos com plantas pendentes. São elas: samambaia (2), renda-portuguesa (3), violeta-pendente (4), tostão (5), peperômia (6) e hera-estrela (7). “Usei espécies de fácil manutenção. Elas precisam de cinco horas diárias de sol e têm de ser regadas dia sim, dia não”, afirma Claudia. As plantas que crescem rápido, como a hera e o tostão, devem ser podadas com frequência para não perderem o vigor. No caso deste projeto, a hera não é podada, porque a intenção da paisagista é que ela grude nas placas de xaxim. A poda da peperômia é simples: basta cortar os ramos e enfiá-los na terra para criar novas mudas. Fica o alerta da paisagista: “No inverno, as folhas da renda-portuguesa costumam secar. Retire-as para a planta se recuperar”. Para arrematar, tábuas de cruzeta dão acabamento e sustentação ao painel.
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Para formar maciços
Composições espessas são perfeitas para criar volumes e dar profundidade ao jardim
O desnível de 4 m delineou a marcação de volumes neste projeto no Morumbi, São Paulo. Para criar movimento entre as plantas, a paisagista Claudia Muñoz, da Línea Paisagismo, elegeu espécies arbustivas. Os degraus de pedra madeira são suavizados pelo maciço de buxinho (13), que corre lateralmente à escada. No de cima, três grandes bolas de gardênia (14) criam maciços arredondados. Logo em frente, três vasos com a trepadeira jasmim-amarelo, conduzida em forma de árvore, quebram a linearidade dos arbustos.
A paisagista ainda investiu em murta (15) ao longo do muro e em dois maciços de viburno (16), dispostos nas extremidades dos vasos. “Todas essas plantas são fáceis de cultivar. O segredo para tê-las sempre bem está nas regas – principalmente após o plantio – , que devem ser diárias”, afirma Claudia. A arquitetura é assinada por Marcos Tomanik.
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Para escalar pérgolas
Ao cobri-las, as trepadeiras criam sombra e refrescam a área
A parreira (24) que corre entre as tábuas de pequiá da pérgola, neste corredor no Alto de Pinheiros, em São Paulo, entrega a descendência italiana dos moradores. A engenheira agrônoma Susana Bandeira, da Maria Flor Paisagismo, escolheu a variedade Isabel pela rusticidade. “É uma uva resistente a pragas, que se adapta a diversos climas”, afirma Susana.
Nas manutenções, a profissional pulveriza a trepadeira com óleo de nim, retira as folhas secas e realiza podas. “Existem três tipos de corte da planta: o de formação, que serve para adequá-la à pérgola, o de frutificação, que a prepara para a próxima safra, e o de renovação, que elimina as partes com pouca vitalidade. O importante é realizar a poda no período de repouso da videira, desde a queda das folhas até pouco antes da brotação”, ensina Susana. Na casa, a maturação da uva aconteceu no final de outubro, junto com a festa de aniversário dos moradores. Ótimo atrativo para as celebrações no quintal.
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Para forrar vasos
As forrações protegem o solo e, de quebra, embelezam vasos e canteiros
Em vez de usar espécies altas, o paisagista Odilon Claro, da Anni Verdi, elevou as forrações à categoria de plantas principais nesta composição de vasos. Com exceção do bálsamo, as demais espécies são baixas. Tem lambari-roxo (31), érica (32), miniespada-de-são-jorge (33), tostão e hera. “Gosto de usar bacias com forrações. Sempre dá um efeito bacana”, afirma o paisagista.
Entre as plantas eleitas, a érica tem comportamento diferente: “Ela precisa de sol pleno e tem crescimento ascendente, por isso deve ser mantida com podas”, diz Odilon. O lambari-roxo curiosamente possui a folhagem verde na face de cima e roxa na de baixo, mas, se for mantido a pleno sol, fica totalmente arroxeado. Sugestão para aqueles que não têm muito tempo, a miniespada-de-são-jorge é bem resistente. Pode ser usada em áreas de pleno sol, meia-sombra ou sombra bem iluminada. O melhor é que a espécie não exige regas frequentes e multiplica-se com facilidade.
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Para vasos dentro de casa
Estas plantas vivem bem com iluminação controlada e pouca ventilação
Nem sol direto nem vento em excesso. Essa reunião de plantas de sombra desfruta a luz suave e a ventilação dosada de uma grande cortina de vidro neste apartamento no Paraíso, em São Paulo. Os paisagistas Caterina Poli e Sergio Menon, da Grama & Flor Paisagismo, escolheram exemplares de comportamento fácil e manutenção baixíssima. “A intenção é que os moradores não tenham trabalho com as plantas. Só precisam regá-las de duas a três vezes por semana”, diz Caterina.
As espécies arbóreas, como a pata-de-elefante (41) e a iúca (42), foram posicionadas mais ao fundo para não atrapalhar o crescimento vigoroso do pacová (43) e do guaimbê-da-folha-ondulada (44). Os vasos vietnamitas da L’Oeil contrastam-se com os de cimento pintados com tinta látex, da Grama & Flor. A decoração é assinada pelos arquitetos Ricardo Miura e Carla Yasuda.
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