Respire fundo. É preciso fôlego para acompanhar a trajetória da designer de interiores Natasha Frota. Aos 33 anos, ela não tem medo de recomeços. Foi assim quando abandonou a faculdade de administração em Cuiabá e se mudou para o Rio de Janeiro em busca de uma paixão, o design de interiores.
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Na época, com 19 anos, Natasha viu-se em outro dilema: estava no segundo semestre do novo curso, mas não tinha se encontrado de fato. E assim desistiu de design de interiores. Foi preciso tomar uma nova lufada de ar fresco. Dessa vez, ela apostou no jornalismo e, ufa, deu certo! “Foi uma delícia, porque eu aprendi fotografia e, logo em seguida, fui trabalhar com cenografia”, conta. Pronto! Era o empurrão que faltava para, enfim, voltar ao design de interiores. Com a conclusão do curso em 2012, a profissional tomou mais um pouco de fôlego para encarar nova etapa: a arquitetura. Atualmente no oitavo semestre, ela jura que quando se formar vai descansar dos estudos. O marido, o analista de sistemas Danton Coelho, 34, agradece.
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O casal vive em um apartamento térreo de 100 m², da década de 1950, no Jardim Botânico. E a casa acompanhou os movimentos de Natasha. Ela se mudou para lá em 2003, de aluguel. Com o tempo, amadureceu as mudanças que gostaria de fazer no imóvel, mas a compra só aconteceu em 2011, no mesmo ano em que se casou com Danton. “Meu marido foi meu primeiro cliente. Para convencê-lo da reforma – e do investimento –, eu preparei plantas em 3D, simulações e lista de materiais. Funcionou!”, brinca Natasha.
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A renovação durou justos sete meses, mas nenhum espaço passou ileso. A designer mudou a disposição dos ambientes, separou a área social da íntima, trouxe mais claridade para o ninho, mas preocupou-se em manter os elementos que contavam a história da construção, como a sanca e as esquadrias.
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A cada passo no apê com jeito de casa, uma descoberta. Elementos escolhidos a dedo se misturam a objetos de família e garimpos trazidos de viagens. A placa usada no casamento está logo no hall de entrada, o pendente de bronze da sala de jantar era de sua mãe e há ainda a cadeira do avô, que foi reformada, e está em destaque no living. “Meu avô era médico, muito sensível e estudioso. Ele tinha uma biblioteca enorme em casa. Lembro-me dele sentado nessa cadeira com os pés para o alto, ouvindo música clássica de olhos fechados, em um momento que era só dele”, revela a moradora, que quis eternizar essa memória. Tudo por ali compõe uma história de transformação. Da casa e da vida, no caso de Natasha.
Apartamento rústico tem quintal com jardim vertical
O apartamento térreo da designer de interiores Natasha Frota, do escritório Garimpório, tem jeito de casa com a parede de tijolos à vista, piso de cimento e jardim vertical
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Por Bruna Menegueço
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