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Repinique

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Repinique

O repinique (também chamado de repique) é um tambor pequeno com peles em ambos os lados, tocado com uma baqueta em uma das mãos enquanto a outra mão toca diretamente sobre a pele. Criado pelas escolas de samba para repinicar um som mais agudo, serve, frequentemente, como uma espécie de condutor musical das escolas de samba, anunciando "deixas" para o grupo. Ele é, também, destacado como instrumento solista, às vezes tocando introduções para sambas ou solando em batucadas. Também é tocado junto com os tamborins em ritmo galopado.

Uso do Repinique. No samba-enredo, o repinique é utilizado tanto como instrumento de marcação como para solos. Na marcação uma das suas funções é “repicar” as batidas do surdo durante o andamento do samba; este é o toque “de levada”. Outra função do repinique neste subgênero musical é executar pequenos solos, que servem como chamadas para sincronizar a entrada dos demais instrumentos da bateria no compasso da música. Nas escolas de samba e blocos tradicionais, algumas chamadas são típicas do bloco ou da escola e são facilmente reconhecíveis pelo público.

No samba-enredo, o repinique geralmente é tocado com uso de uma baqueta na mão direita e com a mão esquerda livre. A mão esquerda bate direto na pele do instrumento. A batida da baqueta na região central, borda ou região intermediária da pele produz sons de diferentes timbres. É muito utilizado também a batida simultânea da baqueta na pele e no aro de metal do instrumento, técnica conhecida como rimshot.[1] Dependendo do modo de tocar, o repinique pode produzir sons de timbres variados, parecidos com os do tamborim ou sons muito agudos e potentes, típicos deste instrumento.

O repinique tem sido adaptado para uso em outros ritmos musicais, além do samba. No carnaval de Salvador, foi adaptado ao Axé. No Axé é tocado de modo diferente do samba enredo, com o instrumento preso à cintura do ritmista e uso de duas baquetas de nylon, ao invés da mão livre e baqueta única de madeira.

Uma evolução recente deste instrumento foi a criação, para uso nas baterias de escolas de samba, do Repique-Mor.[2] Este novo instrumento foi derivado diretamente do repinique. Em escolas de samba, é tocado de modo similar, produzindo sons mais graves.

Em alguns gêneros musicais baianos, há, ainda, a presença do repinique de 8 polegadas, a bacurinha, idealizada por Carlinhos Brown, que é tocada com duas baquetas de nylon. O som da bacurinha é bastante agudo e seu trabalho é limitado, geralmente aparecendo em "rulos", embora também possa ser tocado durante toda a música (dependendo do gênero - especialmente no samba-duro/pagodão).

Referências

  1. Collins English Dictionary – Complete and Unabridged, 12th Edition 2014. S.v. "rimshot." [1]
  2. Castro, Rafael Y, Função, importância e linguagem do instrumento repinique e seu executante nas baterias das escolas de samba de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Música) – Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, São Paulo, 2016. [2]
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