O documento discute os principais aspectos relacionados aos juros e spreads bancários no Brasil. Aborda tópicos como a evolução e distribuição do crédito no país, os custos médios de empréstimos e spreads, e fatores que influenciam estas taxas como impostos, garantias e riscos. O documento contém 24 perguntas frequentes sobre o tema, com respostas baseadas em dados e gráficos.
Debate Mobile Payment - O novo mercado de pagamentos, 6/6/2013 - Apresentação...FecomercioSP
O documento discute a oportunidade de mercado para cartões pré-pagos no Brasil como uma forma de promover a inclusão financeira da população não bancarizada. Apresenta dados sobre o tamanho da classe média brasileira e os custos elevados de contas correntes para a população de baixa renda. Também descreve os benefícios e funcionalidades dos cartões pré-pagos emitidos pela AcessoCard, incluindo conveniência, controle e segurança em comparações a manter dinheiro em espécie.
Banco Pine - Apresentação Institucional 4T12Banco Pine
1) O documento apresenta o perfil e história do PINE, um banco brasileiro especializado em soluções financeiras para grandes clientes corporativos.
2) Detalha as estratégias de negócios do PINE, incluindo crédito corporativo, mesa para clientes, investimentos e distribuição.
3) Apresenta os destaques e resultados do quarto trimestre de 2012, com contribuições positivas de todas as linhas de negócios.
Bancos buscam melhorar produtos e atendimento ao cliente para competir pelo financiamento imobiliário, já que a taxa de juro aplicada não pode ser reduzida. Certificados de Recebíveis Imobiliários e Letras de Crédito Imobiliário são opções importantes de financiamento à medida que os recursos da poupança se esgotam. Essas opções devem ganhar participação significativa no financiamento imobiliário nos próximos anos.
Bc vai avaliar crise do setor immobiliárioSérgio Sal
O Comitê de Estabilidade Financeira do Banco Central vai avaliar a crise no setor imobiliário, que sofre com falta de financiamento. O governo estuda formas de liberar mais recursos, como do FGTS ou da poupança, para estimular o crédito habitacional. No entanto, há incertezas sobre quais medidas serão adotadas.
1. O documento apresenta informações sobre o perfil, história e estratégia de negócios do Banco PINE.
2. Destaca os principais negócios do Banco como Crédito Corporativo, Mesa para Clientes (FICC) e PINE Investimentos, além de resultados operacionais e financeiros do 3T13.
3. Inclui detalhes sobre a elevação dos ratings do Banco pelas principais agências de classificação de risco.
Mercado de meios de pagamento: uma visão além das manchetesPonto Futuro
O paper propõe uma leitura mais atenta das informações disponíveis, indo além das manchetes e números agregados de crescimento, e revelando tendências mais sutis cujas implicações, acreditamos, resultarão em mudanças profundas na configuração da indústria nos próximos anos, e deveriam estar desde já na pauta estratégica de todos os agentes do setor.
Informativo da secretaria de comércio e serviços 219fopemimpe
O documento discute a onda de fusões e aquisições no setor de drogarias no Brasil. Grandes redes varejistas e bancos de investimento têm comprado pequenas drogarias nos últimos anos, em busca de expansão e consolidação do mercado. A expectativa é que essa tendência continue em 2011, com o BTG Pactual, que vem adquirindo várias redes, liderando as aquisições no setor. O documento também menciona a compra recente do Grupo Rosário Distrital pelo BTG Pactual.
O documento apresenta as demonstrações financeiras consolidadas do Paraná Banco e suas controladas para o exercício de 2012. Destaca o crescimento da carteira de crédito, a liderança das empresas de seguros do grupo no mercado brasileiro e a distribuição de juros sobre capital próprio aos acionistas.
O documento resume a reunião da APIMEC São Paulo de novembro de 2013. Ele discute o perfil e história do PINE, sua estratégia de negócios, cenário competitivo e foco no cliente. Também aborda os principais produtos e serviços do PINE, como crédito corporativo, mesa para clientes e investimentos, além de resultados financeiros e elevação dos ratings da instituição.
O documento resume os resultados do 4T14 do banco. Destaca o crescimento da carteira de crédito, a diversificação da captação e a melhoria da qualidade do crédito. Apresenta também as parcerias estratégicas firmadas e os investimentos em tecnologia que permitiram redução de custos. O resultado líquido do trimestre foi positivo, porém abaixo do potencial do banco.
O sistema bancário português bancos com pernas de barroGRAZIA TANTA
O documento discute o sistema bancário português e sua fragilidade financeira. Apesar de serem considerados modelos de solidez, os bancos portugueses enfrentam falências como qualquer outra empresa devido a fraudes e má gestão. Os governos apoiam fortemente o setor bancário, permitindo-lhes regras próprias que lhes dão grande influência política e financeira.
O documento resume notícias de vários países e regiões. O Brasil caiu no ranking de ambiente de negócios do Banco Mundial. A Grécia enfrenta greve geral durante votação de pacote de austeridade. O FMI aponta potencial para internacionalização do Real.
O documento fornece um resumo do PINE no 1o trimestre de 2013. O PINE é um banco especializado em soluções financeiras para grandes clientes, com história desde 1939. Apresenta seus resultados financeiros, estratégia de negócios focada no cliente, elevação dos ratings reconhecida pelo mercado.
O documento apresenta o perfil e história do Pine, seu foco no atendimento a grandes clientes corporativos, e sua estratégia de negócios baseada em três linhas principais: crédito corporativo, mesa para clientes, e investimentos. Também destaca os resultados positivos da instituição em 2013, com crescimento consistente e melhoria nos ratings de crédito.
O documento fornece um resumo do perfil, história, estratégia de negócios e desempenho do Pine. Apresenta as três linhas de negócios do banco (Crédito Corporativo, Mesa para Clientes e Pine Investimentos), além de destacar os principais resultados financeiros de 2014, como a carteira de crédito, captação total e patrimônio líquido.
O documento descreve a estrutura societária e financeira do Banco J. Malucelli, incluindo seus resultados no primeiro trimestre de 2014. O lucro líquido recorrente aumentou 19,3% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, especialmente no segmento de middle market. A qualidade dos ativos se manteve estável, com baixos níveis de inadimplência.
A Caixa Econômica Federal obteve lucro recorde de R$ 6,1 bilhões em 2012, impulsionado pelo crescimento de 42% na carteira de crédito. A CAIXA expandiu fortemente sua rede de atendimento e injetou R$ 530 bilhões na economia brasileira através de financiamentos e programas governamentais.
1) The document discusses the miCoach Elite system, a state-of-the-art performance monitoring solution for elite soccer teams.
2) The system tracks on-field data in real time using sensors to measure metrics like speed, heart rate, and acceleration.
3) This data is transmitted to coaches and helps them better understand player fitness, optimal performance levels, and how physical activity impacts the body.
El documento describe los conceptos clave de la multimedia, incluyendo su clasificación, ventajas, aplicaciones y los pasos para crear proyectos multimedia. La multimedia se refiere al uso combinado de textos, gráficos, imágenes, animación, video y sonido. Puede ser lineal, interactiva o hipermedia dependiendo del nivel de control del usuario. La multimedia mejora la presentación de información y está disponible las 24 horas en diferentes entornos como negocios, escuelas y el hogar.
This document is the introduction and first two chapters of Jane Austen's novel Pride and Prejudice. It describes the Project Gutenberg license that allows free distribution of the book and provides a brief summary of the characters and plot of Chapter 1, where Mrs. Bennet learns a wealthy single man named Mr. Bingley is renting Netherfield Park and wants her daughters to marry him. Chapter 2 then describes Mr. Bennet visiting Mr. Bingley despite saying he would not and joking that he will introduce him to Mrs. Long.
O documento anuncia eventos relacionados à tecnologia e mobilidade que ocorrerão em Brasília entre os dias 24 e 28 de agosto, incluindo o Fórum RNP 2015 sobre o uso de tecnologias móveis e o Dia Internacional de Segurança em Informática. Haverá discussões sobre computação em nuvem, gestão de identidade, redes, segurança e privacidade, além de apresentações sobre telessaúde, educação e defesa.
Haiku Deck is a presentation tool that allows users to create Haiku style slideshows. The tool encourages users to get started making their own Haiku Deck presentations which can be shared on SlideShare. In just a few sentences, it pitches the idea of using Haiku Deck to easily create visual presentations.
1) Pessoas com mais de 55 anos que acessam a web têm maior grau de escolaridade e padrão de vida mais alto que a média dos usuários brasileiros. 2) Portais e sites focados nesse público, como o Clube Vida Moderna, estão crescendo para atender melhor as necessidades desses consumidores experientes e exigentes. 3) As marcas precisam melhorar a comunicação direcionada a esse segmento, que representa um mercado em expansão.
El documento habla sobre la piratería en México. Explica que a pesar de las leyes y campañas contra la piratería en las últimas décadas, la venta de productos piratas sigue siendo un problema significativo en México que afecta negativamente a la economía. La piratería está vinculada con el crimen organizado y es difícil de erradicar debido a factores sociales como la percepción de que no es un delito grave. Se necesitan esfuerzos continuos para crear conciencia sobre los daños de la piratería y aplicar las le
Este documento discute a malária, incluindo sua definição, histórico, importância epidemiológica, ciclo de vida do parasita Plasmodium, diagnóstico, patogenia, controle e desenvolvimento de vacinas.
compañeros a continuación les presento la definición y características de los paralelepípedos, de acuerdo a lo que ustedes conocen, que estructuras creen que son paralelepípedos? y las fórmulas presentadas creen que serían útiles?
Apresentação sobre spread giuliano oliveira 09nov09Pablo Mereles
1. O documento discute o spread bancário no Brasil, incluindo sua evolução, decomposição, determinantes econômicos e medidas do Banco Central para reduzi-lo.
2. É apresentada a decomposição contábil do spread bancário no Brasil em 2007, mostrando que a inadimplência e o "resíduo líquido" explicam cerca de 64% do spread.
3. Discutem-se as novas metodologias do Banco Central para medir o spread bancário, incorporando mais modalidades de crédito e chegando a
O documento fornece informações sobre cursos preparatórios para certificações financeiras e concursos bancários oferecidos por uma escola. Também descreve detalhes sobre o concurso do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), incluindo cargos, benefícios, salários e programa de estudos.
Este documento fornece informações sobre como implantar e operar bancos comunitários de desenvolvimento no Brasil. Discute as fases de identificação, preparação, implantação e consolidação de um banco comunitário e fornece detalhes sobre como organizar o conselho de crédito, avaliar solicitações de empréstimos e acompanhar empréstimos concedidos.
Este documento fornece um resumo dos resultados do segundo trimestre de 2014 de um banco brasileiro. A carteira de crédito totalizou R$3,9 bilhões, estável no trimestre, mas cresceu 21,4% em um ano. As despesas com provisões para devedores duvidosos gerenciais foram de 0,66% da carteira de crédito, refletindo a qualidade dos empréstimos. As receitas de tarifas e serviços aumentaram 42,3% no trimestre.
Este documento discute a taxa de juros no Brasil. Ele explica como o Copom estabelece a taxa básica de juros e como ela afeta a economia e os empréstimos das pessoas. Reduzir os juros estimularia a economia, mas pode também aumentar a inflação.
"Novas Soluções e Ferramentas de Garantias "
- Ricardo Humberto Rocha, Doutor em Administração - Concentração Finanças pela FEA-USP e Mestre em Administração pela PUC-SP Especialista em Derivativos FIPE USP .Professor de Finanças da Fundação Instituto de Administração - FIA
_______________________
V Congresso da Micro e Pequena Indústria
Realização: Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria.(Dempi/Fiesp)
14 de outubro de 2010.
Hotel Renaissance
São Paulo - SP
http://www.fiesp.com.br/congressompis
http://twitter.com/dempifiesp
Informativo da secretaria de comércio e serviços 219fopemimpe
O documento discute as seguintes informações:
1. O banco de investimentos BTG Pactual vem comprando redes de drogarias desde o ano passado e ficou em terceiro lugar no ranking de fusões e aquisições em 2010.
2. BTG Pactual comprou o Grupo Rosário Distrital em setembro de 2010.
3. A onda de fusões de drogarias deve continuar em 2011, com mais empresas buscando crescer por meio de aquisições.
Informativo da secretaria de comércio e serviços 219fopemimpe
O documento discute o crescimento da formalização de microempreendedores individuais no Brasil. Isso está acelerando o processo de inclusão financeira ao dinamizar a formalização da economia e abrir oportunidades para políticas públicas voltadas para trabalhadores por conta própria. Recentemente, 7.275 novos registros foram feitos em um dia, com a Bahia e São Paulo liderando. O diretor do Sebrae destaca que esse aumento representa uma revolução silenciosa semelhante ao crescimento dos correspondentes bancários no passado.
Escriturário Banco do Brasil - Questões de Conhecimentos BancáriosJailma Gomez
O documento discute atualidades do mercado financeiro brasileiro, com questões sobre intervenção de bancos, taxas de juros, inflação e desempenho econômico de diferentes países.
Apresentação Rodrigo Dantas da Roland BergerSiq Marketing
O documento discute o potencial do mercado de baixa renda no Brasil para instituições financeiras. Apresenta dados demonstrando que a população de baixa renda vem crescendo e representa uma parcela significativa da população e da massa salarial total. Também analisa as principais barreiras para o crescimento deste mercado, como as características comportamentais e a alta informalidade, e discute casos internacionais de sucesso.
O documento fornece uma revisão trimestral da economia brasileira e internacional no primeiro trimestre de 2013. Apresenta informações sobre o PIB brasileiro, inflação, juros, crédito e inadimplência no Brasil, além de mercados internacionais e fusões e aquisições no país. Inclui também um artigo sobre riscos e oportunidades no setor de infraestrutura brasileiro.
O documento fornece informações sobre o Sistema Financeiro Nacional brasileiro e sobre as atividades dos Correspondentes Bancários. Aborda temas como o Conselho Monetário Nacional, o Banco Central do Brasil, meios de pagamento, atividades dos Correspondentes Bancários, matemática financeira, crédito, riscos e impostos.
1) O documento descreve e analisa três medidas comuns de inadimplência bancária no Brasil.
2) Uma medida é baseada em provisões, outra na exposição de atrasos, e outra na quantidade de operações em atraso.
3) A conclusão é que a medida mais adequada para medir inadimplência estrita é aquela baseada no número de operações em atraso.
interface_banca-entrevista brasil interface banca e segurosAna. Esteves
O documento discute a economia brasileira nos últimos anos, caracterizando-a como um exemplo de rigor macroeconômico, com baixa inflação, privatizações, reformas financeiras e melhoria do endividamento. Também destaca setores que acompanharam o crescimento, como commodities e serviços, e os desafios atuais da economia, como baixos níveis de investimento e burocracia.
1) O relatório discute os resultados do segundo trimestre de 2012, com destaque para o crescimento moderado da carteira de crédito de 1,7% no trimestre devido à cautela no cenário macroeconômico.
2) A qualidade do crédito continuou a melhorar, com 79% da carteira classificada nos melhores ratings (AA a B), em comparação com 65% no ano anterior.
3) A administração mantém a estratégia de crescimento qualitativo e desenvolvimento de produtos, visando ampliar a base de
Pine Flash Note: Contas externas e câmbio – variáveis corretas e projeções me...Banco Pine
O déficit em conta corrente atingiu US$73 bilhões em 12 meses, enquanto o investimento estrangeiro direto totalizou US$64 bilhões, cobrindo a maior parte do déficit. A deterioração do déficit é resultado principalmente da queda das exportações e aumento das importações. As perspectivas para a balança comercial são negativas, com expectativa de superávit de apenas US$5 bilhões em 2013.
O documento discute o sistema financeiro nacional brasileiro, sua estrutura e regulamentação. Apresenta dados sobre concentração bancária, distribuição geográfica e de crédito. Defende que o sistema precisa ser regulamentado para promover o desenvolvimento equilibrado do país e servir aos interesses da coletividade.
O documento discute o sistema financeiro nacional brasileiro, sua estrutura e regulamentação. Apresenta dados sobre concentração bancária, distribuição geográfica e de crédito. Defende que o sistema precisa ser regulamentado para promover o desenvolvimento equilibrado do país e servir aos interesses da coletividade.
Boletim 43 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O documento descreve o impacto da crise financeira global na economia brasileira e as políticas implementadas pelo governo e Banco Central para lidar com a situação.
2. A política econômica tem se mostrado insuficiente para estimular o crédito, conter a desvalorização cambial e impedir sinais de desaceleração da atividade produtiva.
3. O cenário externo de recessão nos países desenvolvidos e queda na demanda por commodities brasileiras ameaça o desempenho da economia em 2009.
Semelhante a Juros e Spread Bancário - Banco Central do Brasil (20)
1) O documento descreve o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que estabelece a taxa básica de juros (Selic).
2) O Copom se reúne a cada seis semanas para definir a meta da Selic e analisar a conjuntura econômica. Suas atas são divulgadas posteriormente.
3) O objetivo do Copom é manter a inflação dentro das metas definidas pelo governo usando a Selic como principal instrumento.
O documento discute os principais índices de preços no Brasil, como são calculados e sua importância. Existem vários índices devido a diferentes finalidades ao longo do tempo. Os principais são o IPCA do IBGE, que mede a inflação oficial, o IGP-DI e o IGP-M da FGV usados para indexação financeira e de contratos, e o IPC-Fipe de São Paulo. Nos últimos anos a questão dos índices ganhou destaque por causa da adoção de metas de inflação e descasamento entre os índices.
O documento descreve a história e estratégias de posicionamento da empresa Google. Aborda os conceitos de posicionamento estratégico, as diferentes possibilidades de estratégias de posicionamento e as leis vencedoras do marketing de acordo com Al Ries. Também apresenta o contexto histórico da Google desde sua fundação em 1998, destacando seus anos iniciais, produtos lançados, aquisições e IPO.
O documento discute o posicionamento da marca Google no mercado de buscas na internet desde sua fundação em 1998 até os dias atuais, quando se tornou a líder absoluta do setor com quase 90% de participação, superando sua principal concorrente na época, a Yahoo!. O texto também aborda os princípios e valores da cultura corporativa da Google, como foco no usuário e liberdade de expressão.
O documento discute uma estratégia para aumentar as vendas do produto Mach 3 para classes sociais de menor renda. A estratégia envolve distribuir aparelhos de graça nessas regiões e permitir que os consumidores paguem parceladamente apenas pelas lâminas, tornando o custo total similar a produtos descartáveis.
O documento discute como empresas definem seus mercados de forma muito estreita, levando a miopia e incapacidade de se adaptar a novas oportunidades e ameaças. Isso é ilustrado através de exemplos como ferrovias que se viram ameaçadas por outros meios de transporte por se definirem como empresas ferroviárias e não de transporte em geral, e Hollywood que quase foi destruída pela televisão por se ver como indústria cinematográfica e não de entretenimento. A miopia ocorre quando empresas se concentram no produto em
1. Juros e Spread Bancário
Atualizado em agosto de 2006, com dados até junho de 2006
3. Juros e Spread Bancário
Este texto integra a série “Perguntas Mais Freqüentes”, editada
pela Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin)
do Banco Central do Brasil, abordando temas econômicos de
interesse da sociedade. Com essa iniciativa, o Banco Central do Brasil
vem prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos da nossa
realidade, buscando aumentar a transparência na condução da política
econômica e a eficácia na comunicação de suas ações.
5. Sumário
1. Qual é o volume de crédito na economia brasileira?
Como se distribui? .................................................................. 7
2. Como os saldos das operações com recursos
direcionados têm evoluído? ...................................................8
3. Como se distribui o crédito livre por tipo de tomador?
Como tem evoluído? ..............................................................9
4. Como o crédito referenciado em moeda estrangeira
tem se comportado? ............................................................. 10
5. Quais as principais modalidades contratuais de
crédito, em termos de taxas de juros? ................................ 11
6. Qual é o custo médio dos empréstimos bancários
no Brasil e qual o spread bancário? .................................. 11
7. Como tem se comportado o spread das operações
prefixadas? ........................................................................... 13
8. Qual a importância dos impostos diretos e indiretos
para os spreads bancários no Brasil? ................................ 14
9. Qual a importância dos compulsórios para o spread? ...... 15
10. A modalidade de operação de crédito influi no spread? ....... 15
11. Por que o spread bancário é tão diferente nas
operações com pessoas físicas e jurídicas? ....................... 16
12. Qual o papel das garantias sobre o spread? ..................... 17
13. Como os prazos médios das operações de crédito
do sistema financeiro têm se comportado? ........................ 18
14. O que o Banco Central vem fazendo para reduzir as
taxas de juros e os spread bancários? ............................... 18
15. Qual o efeito da insegurança jurídica ou “risco legal”
sobre o crédito e o spread bancário?................................. 19
16. O que é crédito consignado em folha de pagamento?
Qual a sua evolução recente? ............................................. 20
17. O que é a Cédula de Crédito Bancário? ............................ 21
6. 18. O que é alienação fiduciária em garantia e qual
o seu objetivo? ...................................................................... 22
19. O que é microcrédito? ......................................................... 22
20. Qual o efeito da nova Lei de Falências e das
alterações no Código Tributário Nacional sobre o
mercado de crédito? ............................................................ 23
21. Quais as medidas implantadas para aumentar
a concorrência e a transparência no mercado de crédito? ..... 24
22. O que é o Sistema de Informações de Crédito? ............... 24
23. Onde posso ler mais sobre juros e spread? ...................... 25
24. Onde posso obter dados atualizados?................................. 27
7. 7
Perguntas Mais Freqüentes
Juros e Spread Bancário
1. Qual é o volume de crédito na economia brasileira?
Como se distribui?
O volume de crédito na economia brasileira alcançou 32,4% do
PIB em junho de 2006. Da oferta total de crédito nessa data, uma
parcela significativa diz respeito a repasses e refinanciamentos com
recursos do BNDES (19,2% do total), assim como recursos bancários
obrigatoriamente direcionados para atividades específicas, como o
crédito habitacional (4,8%) e o rural (7,2%). O chamado crédito livre,
aquele que pode ser alocado a critério do agente financeiro com taxas
livremente pactuadas entre as partes, representava, em junho de 2006,
67,9% do total de crédito.
Gráfico 1 – Composição do crédito (junho de 2006)
Crédito
Habitacional
4,8%
Outros
Créditos
Direcionados
BNDES
19,2%
0,9%
Fonte: Banco Central do Brasil
Crédito Livre
67,9%
Repasses
Externos
7,6%
Pessoa
Jurídica
27,7%
Crédito Rural
7,2%
Pessoa Física
32,5%
8. 140
120
100
8
Perguntas Mais Freqüentes
2. Como os saldos das operações com recursos
direcionados têm evoluído?
As operações com recursos direcionados apresentam dois
comportamentos distintos:
-Após a forte queda nominal no final do primeiro semestre de
2001, provocada pelo reconhecimento de “créditos podres, a oferta
de crédito para habitação apresentou um tênue crescimento nos
últimos anos;
-A oferta de crédito para a agricultura e o saldo das operações
com recursos do BNDES vêm crescendo nos últimos anos,
acompanhando a expansão da atividade agropecuária e a retomada
dos investimentos no período.
Gráfico 2 - Operações com recursos direcionados (R$ bilhões)
80
60
40
20
0
jan
01
jul
01
jan
02
jul
02
Fonte: Banco Central do Brasil
jan
03
jul
03
jan
04
jul
04
jan
05
jul
05
jan
06
Habitacional Agricultura BNDES Outros
9. 9
Perguntas Mais Freqüentes
3. Como se distribui o crédito livre por tipo de
tomador? Como tem evoluído?
O volume total de crédito livre somava R$447,2 bilhões em junho
de 2006, dos quais R$214,2 bilhões (47,9%) tomados por pessoas
físicas e R$233,0 bilhões (52,1%) por pessoas jurídicas. Do crédito
para pessoas jurídicas, R$50,4 bilhões correspondiam a operações
referenciadas em moeda estrangeira.
Apesar de o Brasil apresentar uma relação crédito/PIB baixa
para padrões internacionais, a oferta de créditos livres revela um
crescimento substancial nos últimos anos. Desde junho de 2000 até
junho de 2006, a oferta de crédito a taxas livres passou de R$169,1
bilhões (14,9% do PIB) para R$447,2 bilhões (22,0% do PIB). Esse
crescimento foi particularmente acentuado no segmento de
empréstimos para pessoas físicas, que quase quaduplicaram no mesmo
período.
Gráfico 3 – Operações com crédito livre (R$ bilhões)
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
jun
00
dez
00
jun
01
dez
01
Fonte: Banco Central do Brasil
jun
02
dez
02
jun
03
dez
03
jun
04
dez
04
jun
05
dez
05
jun
06
Pessoa Física Pessoa Jurídica
10. 14
12
10
10
Perguntas Mais Freqüentes
4. Como o crédito referenciado em moeda estrangeira
tem se comportado?
As operações referenciadas em moeda estrangeira, que incluem
os Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (ACC), as export
notes e os repasses de moeda (antiga Resolução 63), apresentaram
um comportamento recente distinto das demais operações de crédito
livre da economia, não só porque seu saldo medido em reais variou
de acordo com a taxa de câmbio, mas também porque a oferta de
recursos responde à percepção externa do risco Brasil, de natureza
bastante volátil. Como se percebe no Gráfico 4, o saldo das operações
externas medido em dólares reduziu-se em 2002, em função do
encolhimento das linhas de crédito externas a empresas e bancos
brasileiros, revertendo esta tendência a partir de 2003 mesmo com a
apreciação do Real. Ao contrário de 2002, entretanto, o
comportamento recente está mais condicionado a fatores ligados à
demanda por financiamentos do que a restrições de oferta.
Gráfico 4 – Operações com recursos externos (US$ bilhões)
8
6
4
2
jan
01
jul
01
jan
02
jul
02
Fonte: Banco Central do Brasil
jan
03
jul
03
jan
04
jul
04
jan
05
jul
05
jan
06
ACC Rep. Externos Import. Financiadas e outros
11. 11
Perguntas Mais Freqüentes
5. Quais as principais modalidades contratuais de
crédito, em termos de taxas de juros?
As operações de crédito podem ser contratadas com taxas
prefixadas, flutuantes ou pós-fixadas. No primeiro caso, estão as
principais modalidades para pessoa física (crédito pessoal, cheque
especial e crédito para aquisição de bens) e diversas modalidades
para pessoas jurídicas, como o hot money, capital de giro, descontos
de duplicatas e promissórias, vendor1, conta garantida2 e crédito
para aquisição de bens.
As operações contratadas a taxas de juros flutuantes incluem
algumas das modalidades também negociadas a taxas prefixadas,
mas seus encargos são corrigidos com base em indicadores diários
como a taxa Selic e a taxa Depósitos Interfinanceiros (DI). É o caso
do capital de giro, da conta garantida e do crédito para aquisição de
bens para pessoas jurídicas.
Entre as operações contratadas a taxas pós-fixadas, estão
aquelas já mencionadas que envolvem os repasses de recursos do
exterior (os ACCs, as export notes e as chamadas “Operações 63”).
Para saber mais sobre a especificidade de cada uma dessas
categorias, acesse o glossário da “Nota para a Imprensa de Política
Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro”, disponível
em http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOM.
6. Qual é o custo médio dos empréstimos bancários no
Brasil e qual o spread bancário?
A taxa média de juros das operações de crédito livre situava-se
em 43,2% ao ano em junho de 2006. O spread bancário, diferença
entre a taxa de aplicação e a taxa de captação dos bancos, alcançava
1 A operação de vendor é uma cessão de crédito que permite a uma empresa vender seu
produto a prazo e receber o pagamento à vista. A empresa vendedora transfere seu crédito
ao banco e recebe o pagamento à vista.
2 A conta garantida é um “cheque especial” para empresas, ou seja, é um crédito associado à
conta-corrente de pessoa jurídica, com um determinado limite pré-disponibilizado pelo banco.
12. 64
58
52
46
40
34
28
22
16
10
12
Perguntas Mais Freqüentes
28,0% ao ano na mesma data. O Gráfico 5 apresenta a evolução do
spread bancário consolidado (inclui operações prefixadas, pós-fixadas
e flutuantes) desde janeiro de 2001.
Observe-se que uma característica marcante do mercado de
crédito no Brasil é a diferença substancial de taxa de juros e spread
incorridos por tipo de tomador. Com efeito, o spread médio nas
operações com empresas, da ordem de 13,6% ao ano em junho de
2006, é aproximadamente 1/3 do spread cobrado nas operações com
pessoas físicas, que atingia 40,6% no mesmo mês.
Gráfico 5 – Spread bancário – Operações de crédito livre (% ao ano)
jan
01
jul
01
jan
02
jul
02
Fonte: Banco Central do Brasil
jan
03
jul
03
jan
04
jul
04
jan
05
jul
05
jan
06
Total Geral Pessoas Jurídicas Pessoas Físicas
13. 13
Perguntas Mais Freqüentes
7. Como tem se comportado o spread das operações
prefixadas?
Recuando a outubro de 1999, observa-se que o spread médio
das operações prefixadas caiu de 51,3p.p. ao ano para 35,7p.p. ao
ano em junho de 2006. Essa tendência não foi linear ao longo do
tempo. Até meados de 2001, observou-se um recuo substancial,
especialmente nas operações com pessoas físicas. A partir daí, a
política monetária mais restritiva implicou uma tendência de aumento
nos spreads, tendência que foi revertida no primeiro semestre de
2003. Após registrar uma trajetória declinante até meados de 2004,
a curva do spread praticamente estabilizou-se.
Gráfico 6 – Spread médio das operações de crédito a taxas prefixadas (p.p.)
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Fonte: Banco Central do Brasil
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Total Geral Pessoa Jurídica Pessoa Física
14. 14
Perguntas Mais Freqüentes
8. Qual a importância dos impostos diretos e indiretos
para os spreads bancários no Brasil?
O Banco Central faz uma decomposição contábil do spread
com dados dos balanços de uma amostra de instituições bancárias,
procurando explicitar a contribuição, para a sua formação, de
fatores como os custos administrativos, os impostos diretos e
indiretos, a inadimplência e a margem líquida das instituições. De
acordo com os dados mais recentes, publicados no “Relatório de
Economia Bancária e Crédito - 2005” de dezembro de 2004
(disponível na página do Banco Central na Internet em http://
www.bcb.gov.br/?RELECONCRED), o spread nas operações
prefixadas em dezembro de 2004 podia ser decomposto em custo
administrativo (21,6%), despesas com inadimplência (34,0%),
impostos (17,4%), compulsórios (7,0%), custo do FGC - Fundo
Garantidor de Crédito (0,3%), e resíduo (19,8%). A parcela
denominada “resíduo” da decomposição representa a componente
margem líquida do banco. A Tabela 1 exibe a decomposição do spread
das operações prefixadas nos componentes acima com dados de
dezembro de 2001, 2003 e 2004.
Tabela 1 – Decomposição do spread bancário
Fonte: Banco Central do Brasil
Proporção do spread (%) Pontos percentuais (p.p.)
2001 2003 2004 2001 2003 2004
1 - Spread total 100,00 100,00 100,00 28,70 30,01 27,20
2 - Custo administrativo 19,84 21,87 21,56 5,69 6,56 5,86
3 - Inadimplência 31,04 31,73 33,97 8,91 9,52 9,24
4 - Custo do compulsório 9,51 6,51 7,00 2,73 1,95 1,90
Depósitos à vista 9,23 7,09 6,85 2,65 2,13 1,86
Depósitos a prazo 0,28 (0,57) 0,15 0,08 (0,17) 0,04
5 - Tributos e taxas 7,10 7,24 8,37 2,04 2,17 2,28
Impostos indiretos 6,82 6,98 8,11 1,96 2,09 2,21
Custo do FGC 0,28 0,26 0,26 0,08 0,08 0,07
6 - Resíduo bruto (1-2-3-4-5) 32,51 32,65 29,10 9,33 9,80 7,92
7 - Impostos diretos 11,14 9,88 9,30 3,20 2,96 2,53
8 - Resíduo líquido (6-7) 21,37 22,77 19,80 6,13 6,84 5,39
15. 15
Perguntas Mais Freqüentes
9. Qual a importância dos compulsórios para o spread?
Os recolhimentos compulsórios sobre depósitos bancários
exigidos pelo Banco Central contribuem para os spreads, uma vez
que inibem a capacidade do sistema bancário de ampliar a oferta de
crédito. Atualmente (posição de junho de 2006), a alíquota de depósito
compulsório incidente sobre recursos à vista é de 45%. Sobre esses
recursos, incide ainda uma exigibilidade adicional remunerada de 8%.
Sobre os recursos a prazo e poupança, as alíquotas de recolhimento
são de 15% e 20%, respectivamente, além das exigibilidades adicionais
de 8% e 10%. Entretanto, como comentado no item anterior, o
compulsório foi responsável por somente 7% do spread bancário em
2004.
10. A modalidade de operação de crédito influi no
spread?
Os spreads divergem substancialmente de acordo com a
modalidade do contrato. No caso de pessoas físicas, o spread médio
para aquisição de veículos alcançava 17,8p.p. ao ano em junho de
2006, enquanto o spread do cheque especial chegava a 130,8p.p. no
mesmo mês. Circunstância semelhante ocorre nos empréstimos para
pessoas jurídicas, onde a operação de vendor registrava um custo
além da taxa de captação bancária de 5,3p.p., frente a 53,6p.p. para
a modalidade de conta garantida. A Tabela 2 resume os spreads
praticados nas principais operações prefixadas, por modalidade, para
as datas-base de dezembro de 2002 a junho 2006.
16. Modalidade
Spread
Pessoa Jurídica 25,0 26,4 23,2 24,5 40,6
Desconto de Duplicatas 31,4 27,9 22,8 21,7 22,5
Capital de Giro 14,5 20,1 18,7 17,7 17,5
Conta Garantida 55,6 54,0 50,3 53,7 53,6
Aquisição de Bens 13,4 13,6 11,2 11,7 11,2
Hot money 30,3 37,9 34,9 30,8 36,4
Vendor 7,1 6,4 4,9 4,9 5,3
Pessoa Física 54,5 50,9 43,9 42,7 24,9
Cheque Especial 142,2 128,9 127,8 130,9 130,8
Crédito Pessoal* 63,4 64,6 50,5 50,7 47,1
Aquisição de Bens - Veículos 23,4 21,0 18,1 18,5 17,8
Aquisição de Outros Bens 53,0 55,8 48,9 48,1 34,7
Total Geral 42,4 41,5 36,1 36,6 35,7
*Inclui operações consignadas em folha de pagamento
16
Perguntas Mais Freqüentes
Tabela 2 – Spreads nas operações de crédito prefixadas (p.p.)
dez 02 dez 03 dez 04 dez 05 jun 06
Fonte: Banco Central do Brasil
11. Por que o spread bancário é tão diferente nas
operações com pessoas físicas e jurídicas?
Entre outros fatores, a inadimplência ajuda a explicar a diferença
nos spreads incorridos por empresas e por pessoas físicas. Como
mostra o Grafico 7, o percentual de créditos para pessoa física em
atraso superior a 90 dias (7,2%), em junho de 2006, era mais de três
vezes o percentual de atrasos de créditos para empresas (2,3%).
17. 17
Perguntas Mais Freqüentes
Gráfico 7 – Inadimplência nas operações de crédito (% de créditos com
atraso acima de noventa dias)
9
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Total Geral Pessoa Jurídica Pessoa Física
Fonte: Banco Central do Brasil
12. Qual o papel das garantias sobre o spread?
jan
06
A qualidade das garantias e a segurança quanto à efetiva
recuperação ou renegociação dos créditos atrasados são fatores
fundamentais para o custo do crédito. Tome-se como exemplo o
crédito para a aquisição de veículos, comparativamente às demais
modalidades de financiamento para pessoas físicas. Na prática, os
tomadores são os mesmos, com igual risco de crédito. A diferença
determinante na formação do spread reside no fato de que o veículo
financiado constitui quase sempre a garantia da operação, e a
recuperação em caso de não pagamento é relativamente mais simples,
enquanto as demais modalidades em poucos casos oferecem garantia
e, em geral, obrigam o credor a um recurso judicial demorado e caro,
nem sempre bem sucedido.
18. 400
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18
Perguntas Mais Freqüentes
13. Como os prazos médios das operações de crédito do
sistema financeiro têm se comportado?
O prazo médio das operações de crédito livre vinha apresentando
um comportamento de redução desde 2001. A partir do início de 2004,
houve uma pequena recuperação nos prazos médios, situando-se em
272 dias (cerca de nove meses) em junho de 2006 (Gráfico 8).
Observe-se que as operações com pessoas físicas apresentam prazos
mais longos (média de 332 dias, naquela data), quando comparadas
às operações com empresas (219 dias).
Gráfico 8 – Prazo médio das operações de crédito (dias)
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01
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01
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Total Geral Pessoa Jurídica Pessoa Física
Fonte: Banco Central do Brasil
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04
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05
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06
14. O que o Banco Central vem fazendo para reduzir as
taxas de juros e os spreads bancários?
Desde 1999, o Banco Central vem se dedicando ao diagnóstico das
causas dos altos spreads praticados pelos bancos em suas operações de
crédito, como parte do projeto “Juros e Spread Bancário no Brasil”.
Esse projeto tem proposto uma série de medidas de longo prazo, voltadas
para a recuperação de uma cultura de crédito no país e para a redução
19. 19
Perguntas Mais Freqüentes
do seu custo.
São três os principais focos da atuação do Banco Central, como
parte da estratégia de redução dos juros e spread bancário:
– promoção de maior transparência e concorrência no mercado
de crédito, de forma que as instituições disponham de acesso
às informações relevantes sobre seus clientes para poder
selecionar e apreçar adequadamente os riscos de suas
operações. Do ponto de vista dos tomadores, também é
imprescindível assegurar o acesso a informações transparentes
sobre custos e condições contratuais;
– aumento da segurança jurídica dos contratos, permitindo que
os bancos minimizem as perdas associadas à inadimplência.
Um sistema judiciário ineficiente inibe a oferta de crédito,
induzindo os bancos a maior rigor na seleção dos clientes e
pressionando o prêmio de risco exigido do conjunto de
tomadores;
– atuação sobre a cunha fiscal, os compulsórios e a regulação
bancária, iniciativas que ficam limitadas pelas restrições de
caráter macroeconômico.
15. Qual o efeito da insegurança jurídica ou “risco legal”
sobre o crédito e o spread bancário?
A insegurança jurídica em relação aos contratos de crédito, ao
colocar em risco o recebimento dos valores pactuados ou prolongar
excessivamente sua cobrança judicial, retrai a oferta de crédito e
aumenta o spread por dois canais: por um lado, pressiona os custos
administrativos das instituições financeiras, em especial as áreas
jurídica e de avaliação de risco de crédito; por outro lado, reduz a
certeza de recebimento da instituição financeira, mesmo numa
situação de contratação de garantias, pressionando o prêmio de risco,
ou seja, a taxa adicional para cobertura de não-pagamentos embutida
no spread.
Nos últimos anos, diversas iniciativas foram aprovadas pelo
governo e no âmbito do Legislativo para reduzir o risco de
20. 80
75
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35
20
Perguntas Mais Freqüentes
inadimplência e os custos associados à morosidade da cobrança
judicial. Entre estas iniciativas, destacam-se:
– Aprovação do crédito consignado em folha de pagamento;
– Aprovação da nova Lei de Falências e de alterações no Código
Tributário Nacional;
– Criação da Cédula de Crédito Bancário;
– Ampliação da alienação fiduciária em garantia;
– Estímulo ao microcrédito e às cooperativas de crédito;
– Reforma do Judiciário.
16. O que é crédito consignado em folha de pagamento?
Qual a sua evolução recente?
Visando ampliar o leque de oferta de crédito ao trabalhador e
reduzir o spread , a Lei 10.820/2003 autorizou o desconto em folha
de pagamento de parcelas referentes a empréstimos e financiamentos
concedidos por instituições financeiras. A grande vantagem desta
modalidade de crédito é o menor risco de inadimplência, tendo em
vista que a liquidação do crédito é efetuada diretamente na folha de
pagamento do trabalhador. Conseqüentemente, a taxa de juros desta
modalidade contratual tende a ser inferior à taxa cobrada nas
modalidades com maior risco de crédito (Gráfico 9).
Gráfico 9 – Taxa de Juros-Crédito Consignado vs. Crédito Pessoal (% a.a.)
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04
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04
Fonte: Banco Central do Brasil
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06
Crédito Consignado Crédito Pessoal
21. 21
Perguntas Mais Freqüentes
Em função da menor taxa de juros, que o torna bastante atrativo
em relação às demais modalidades, o crédito consignado em folha
vem apresentando taxas de crescimento bem superiores à média de
expansão do crédito (Gráfico 10).
Gráfico 10 – Evolução das Operações de Crédito Consignado vs. Crédito
Livre (jan 2004 = 100)
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300
200
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Crédito Consignado Crédito Livre
Fonte: Banco Central do Brasil
17. O que é a Cédula de Crédito Bancário?
jan
06
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Para minimizar os custos da inadimplência, reduzindo portanto
os prêmios de risco implícitos nos spreads, o governo instituiu a Cédula
de Crédito Bancário (CCB), um instrumento de crédito de trâmite
judicial simplificado. O principal objetivo do novo instrumento é dar
maior rapidez aos processos de cobrança levados ao Judiciário. A
CCB é um título de crédito emitido, por uma pessoa física ou jurídica
em favor de instituição financeira ou equiparada, representando
promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de
crédito, de qualquer modalidade. A CCB é título executivo extrajudicial
e representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível e podem ser
emitidas com ou sem garantia, real ou fidejussória (caução pessoal;
fiança), cedularmente constituída.
22. 22
Perguntas Mais Freqüentes
18. O que é a alienação fiduciária em garantia e qual o
seu objetivo?
A alienação fiduciária é uma forma bastante eficaz de constituir
garantia nas operações de crédito, pois, na prática, significa a
transferência da propriedade de um bem ao credor fiduciário. No caso
de não-pagamento, basta ao credor vender o bem para cobrir a dívida.
A possibilidade de alienação fiduciária estava restrita, até 1997,
aos bens móveis, principalmente veículos. Em 1997, a alienação
fiduciária passou a abranger também bens imóveis e, em 2001, foi
ampliada para incluir outros bens e direitos, como títulos e demais
créditos.
19. O que é microcrédito?
O microcrédito, desenvolvido a partir de experiências em países
de baixa renda da Ásia, refere-se a operações de crédito para
pequenos empreendimentos, em geral de baixo valor unitário. O
microcrédito é operacionalizado por meio de um processo bastante
diferente das operações tradicionais, sendo baseado
fundamentalmente em garantias solidárias entre os diversos tomadores
dos recursos.
O microcrédito foi oficializada no país em 1973 e, desde 1992,
o Banco Central tem se envolvido com estudos e iniciativas neste
âmbito. Em 2003, medidas adicionais para aumento do crédito à
população de baixa renda foram tomadas pela Presidência da
República. Maiores detalhes podem ser obtidos nos textos
“Democratização do Crédito no Brasil” e “Introdução ao
Microcrédito”, em http://www.bcb.gov.br/htms/public/microcredito/
democrat.pdf e http://www.bcb.gov.br/htms/public/microcredito/
microcredito.pdf, respectivamente.
23. 23
Perguntas Mais Freqüentes
20. Qual o efeito da nova Lei de Falências e das
alterações no Código Tributário Nacional sobre o
mercado de crédito?
A Lei de Falências e as alterações no Código Tributário Nacional,
aprovadas pelo Congresso Nacional no final de 2004, modernizaram
a legislação brasileira sobre recuperação de empresas em
dificuldades. A principal mudança, no que se refere ao mercado de
crédito, diz respeito à criação de um ambiente institucional mais
favorável aos contratos, devido à redefinição da ordem de prioridades
na falência. Ao contrário do que ocorria, os créditos com garantia
real passam a ser respeitados na eventual liquidação de empresas,
com a alteração da ordem de preferência dos credores. Além disso,
foi eliminado o mecanismo de sucessão tributária, regra segundo a
qual o comprador de bens da massa falida ou de empresa em
dificuldades se responsabilizava pelas dívidas fiscais e tributárias
reclamadas.
Assim, a principal conseqüência da nova Lei de Falências e da
alteração no Código Tributário Nacional é a abertura da possibilidade
de reestruturação às empresas economicamente viáveis que passam
por dificuldades momentâneas, mantendo os empregos, os pagamentos
aos credores e o pagamento de impostos. Em caso de falência, o fim
da sucessão tributária possibilita a venda dos ativos sem que os
mesmos tenham sofrido forte depreciação, permitindo uma
recuperação mais fácil das empresas em dificuldade. Para maiores
informações, acesse http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/focus/
B20031020-Nova%20Lei%20de%20Falências.pdf, http://
www4.bcb.gov.br/?SPREAD5ANO, bem como http://
www.bcb.gov.br/ftp/rel_economia_bancaria_credito.pdf.
24. 24
Perguntas Mais Freqüentes
21. Quais as medidas implantadas para aumentar a
concorrência e a transparência no mercado de
crédito?
Desde 1999, o Banco Central vem disponibilizando, na internet,
informações sobre as taxas de juros e os encargos cobrados pelas
instituições financeiras nas suas operações de crédito, processo
que tem sido continuamente melhorado e ampliado. Para obter
informações sobre as taxas de juros praticadas pelos bancos, acesse
http://www.bcb.gov.br/?TXCRED.
Em adição, várias ações foram desenvolvidas, entre as quais:
– Portabilidade de informações cadastrais, isto é, as instituições
ficam obrigadas a disponibilizar aos clientes, quando solicitadas,
informações individuais de movimentação financeira nos dois
últimos anos;
– Maior transparência nas informações sobre taxas de juros nos
empréstimos de cheque especial;
– Incentivo à “bancarização” da população de baixa renda, com
isenção de tarifas e outros benefícios;
– Estímulo ao microcrédito e às cooperativas de crédito;
– Exigência de maior transparência nos balanços contábeis das
instituições financeiras;
– Ampliação e aperfeiçoamento das informações reunidas e
disseminadas pelo Sistema de Informações de Crédito do Banco
Central.
22. O que é o Sistema de Informações de Crédito?
As instituições financeiras precisam de informações sobre os
clientes que procuram crédito, para avaliar sua capacidade e
disposição de pagar. Tal avaliação pode ser efetuada por meio da
consulta do histórico do cliente em suas operações de crédito e pela
análise de sua capacidade de pagamento.
Para a análise de risco de crédito, são muito úteis as centrais
de informação de crédito, bancos de dados privados ou públicos que
25. 25
Perguntas Mais Freqüentes
reúnem informações diversas que caracterizam o risco de o candidato
ao crédito inadimplir em novas operações. As principais centrais
brasileiras são o cadastro de cheques sem fundos (administrado pelo
Banco Central), o Serviço de Proteção ao Crédito (usualmente
administrado por associações comerciais em diferentes municípios),
a Serasa, a SCI-Equifax e o Sistema de Informações de Crédito
(SCR), também gerenciado pelo Banco Central.
O Sistema de Informações de Crédito é a mais abrangente
central de informações de crédito no mercado bancário, pois reúne
informações da totalidade das instituições financeiras. Seus propósitos
são algo distintos das centrais de informações tradicionais, pois seu objetivo
é contribuir para que a supervisão bancária antecipe e previna crises no
sistema financeiro oriundas de problemas nas carteiras de crédito das
instituições financeiras.
Parte das informações do Sistema é de uso privativo de algumas
unidades da área de supervisão bancária do Banco Central, como por exemplo
os dados do sistema classificatório do risco das operações de crédito. Outras
informações estão disponíveis para todas as instituições financeiras.
Informações adicionais podem ser encontradas em http://
www.bcb.gov.br/?SCR.
23. Onde posso ler mais sobre juros e spread?
Os relatórios anuais do Banco Central de avaliação do projeto
“Juros e Spread Bancário no Brasil”, disponíveis em http://
www.bcb.gov.br/?SPREAD, formam o mais completo painel sobre
o assunto. Desde 2002, essa publicação passou a constituir o
“Relatório de Economia Bancária e Crédito”.
A página do Banco Central na internet dispõe ainda de diversas
“Notas Técnicas” e “Trabalhos para Discussão” sobre crédito e
spread bancário. Os caminhos para chegar a elas estão apresentados
a seguir.
26. 26
Perguntas Mais Freqüentes
Notas Técnicas
35 – Sistema Judicial e Mercado de Crédito no Brasil
Pedro Fachada , Luiz Fernando Figueiredo e Eduardo Lundberg
(março/2003)
em http://www.bcb.gov.br/pec/notastecnicas/port/2003
nt35sistemajudicialmercadocredbrasilp.pdf.
21 – Resenha sobre o Spread Bancário
Fani Léa Cymrot Bader e Victorio Yi Tson Chu (maio/2002)
em http://www.bcb.gov.br/pec/notastecnicas/port/2002
nt21spreadbancariop.pdf.
20 – Derivativos de Crédito – Uma Introdução
Fani Léa Cymrot Bader (abril/2002)
em http://www.bcb.gov.br/pec/notastecnicas/port/2002
nt20derivativosdecreditop.pdf.
19 – Os Determinantes do Spread Bancário no Brasil
Sérgio Mikio Koyama e Márcio I. Nakane (abril/2002)
em http://www.bcb.gov.br/pec/notastecnicas/port/2002
nt19composicaodospread2p.pdf.
18 – O Spread Bancário Segundo Fatores de Persistência
e Conjuntura
Sérgio Mikio Koyama e Márcio I. Nakane (abril/2002)
em http://www.bcb.gov.br/pec/notastecnicas/port/2002
nt18fatoresestruturaiseconjunturaisp.pdf.
Trabalhos para Discussão
81 – Bank Competition, Agency Costs and the Performance
of the Monetary Policy
Leonardo Soriano de Alencar e Márcio I. Nakane (janeiro/2004)
27. 27
Perguntas Mais Freqüentes
em http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps81.pdf.
62 – Taxa de Juros e Concentração Bancária no Brasil
Eduardo Kiyoshi Tonooka e Sérgio Mikio Koyama (fevereiro/
2003)
em http://www.bcb.gov.br/pec/wps/port/wps62.pdf.
46 – The Determinants of Bank Interest Spread in Brazil
Tarsila Segalla Afanasieff, Priscilla Maria Villa Lhacer e Márcio
I. Nakane (Agosto/2002)
em http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps46.pdf.
12 – A Test of Competition in Brazilian Banking
Márcio I. Nakane (Março/2001)
em http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps12.pdf.
24. Onde posso obter dados atualizados?
Mensalmente, o Banco Central divulga a “Nota para a Imprensa
de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro”,
com dados atualizados sobre o volume de crédito, novas concessões,
taxas de juros, spread, prazo médio e inadimplência bancária, entre
outros. Acesse a referida Nota em http://www.bcb.gov.br/
?ECOIMPOM.
Para encontrar as séries de dados e atualizar todos os gráficos
e tabelas aqui expostos, pode-se recorrer às séries temporais
disponíveis na página do Banco Central na internet, em http://
www.bcb.gov.br/?SERIESTEMP, seleção por assunto =>
Indicadores de crédito.
O Banco Central também disponibiliza planilhas em Excel com
os principais indicadores econômicos em http://www.bcb.gov.br/
?INDECO. Os indicadores de crédito encontram-se no Capítulo III
– Mercado Financeiro e de Capitais.
28. 28
Perguntas Mais Freqüentes
Série “Perguntas Mais Freqüentes”
Banco Central do Brasil
1. Juros e Spread Bancário
2. Índices de Preços
3. Copom
4. Indicadores Fiscais
5. Preços Administrados
6. Gestão da Dívida Mobiliária e
Operações de Mercado Aberto
7. Sistema de Pagamentos Brasileiro
8. Contas Externas
9. Risco-País
29. Criação e editoração:
Secretaria de Relações Institucionais
Brasília-DF
Equipe
André Barbosa Coutinho Marques
Carolina Freitas Pereira Mayrink
César Viana Antunes de Oliveira
Luciana Valle Rosa Roppa
Marcio Magalhães Janot
Maria Cláudia Gutierrez
Maurício Gaiarsa Simões
Diretor de Política Econômica
Afonso Sant´Anna Bevilaqua
Coordenação
Renato Jansson Rosek