A estrela brasileira Gabriel Medina começou a surfar aos oito anos, após o divórcio de seus pais. Seu padrasto, Charlao, era um surfista amador que ajudou a alimentar a paixão de Medina pelo esporte.
Uma vitória no Rip Curl Grom Search aos 11 anos deu início a uma sucessão de títulos amadores, regionais e nacionais. Em 2011, Medina se tornou o surfista brasileiro mais jovem a ter acesso ao WSL Championship Tour (CT), com apenas 17 anos. Apesar de ter entrado na turnê no meio da temporada, o brasileiro se tornou uma estrela em ascensão ao vencer dois eventos em sua temporada de estreia.
Com 1,80 m de altura, a estrela em ascensão fez história como o primeiro surfista brasileiro a vencer o Campeonato Mundial em 2014. Ele continuou a dominar o esporte, conquistando um lugar entre os três primeiros nos três anos seguintes e, finalmente, conquistando os títulos mundiais novamente em 2018 e 2021, o que consolidou seu status como o surfista número um do mundo.
Gabriel Medina: Retrocesso e Retorno Olímpico
Sua ascensão astronômica enfrentou seu primeiro grande contratempo nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, onde o surfe fez sua estreia. Apesar de suas conquistas extraordinárias antes da competição, ele ficou em quarto lugar. Medina perdeu por pouco um lugar no pódio na primeira final olímpica do esporte, perdendo para Kanoa Igarashi na semifinal, antes de Owen Wright superá-lo na disputa pela medalha de bronze.
Medina voltou a competir depois de uma pausa de seis meses para cuidar de sua saúde mental no final de 2022.
“Esse tempo [fora] foi bom para mim. Não é um segredo; falar sobre saúde mental é até interessante. Eu tinha depressão. Comecei a me tratar com um psicólogo. Nunca imaginei estar nessa situação. É assustador, as coisas param de fazer sentido para você", explicou.
“Estou melhor, feliz por estar me reencontrando. Aprendi muito durante esse tempo.”
Ao participar de vários eventos durante a temporada de 2022, ele lesionou o joelho esquerdo no Oi Rio Pro, ficando de fora do restante da temporada. Sem se deixar abater, ele voltou em 2023 e demonstrou uma vontade renovada de chegar ao topo do pódio: “Quero ganhar mais títulos mundiais. Achei que ia parar em três, mas quero mais. Estou motivado e vivendo meu melhor momento, em termos profissionais e pessoais. Quero aproveitar esse presente que Deus me deu, que é o surfe. Quero deixar um legado”.