Você está envelhecendo bem? Confira 8 fatores que sinalizam uma vida com saúde, de acordo com a ciência

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Quando envelhecemos, ter uma vida mais saudável se torna mais urgente. Por isso, a Associação Americana de Pessoas Aposentadas (AARP) elaborou uma lista com oito fatores de estilo de vida que sinalizam se você está envelhecendo bem com base na ciência mais recente. Confira:

Um relatório das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina descobriu que mais de um terço dos adultos com 45 anos ou mais são solitários e um quarto dos adultos com 65 anos ou mais estão socialmente isolados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou que a solidão é um problema de saúde pública que aumenta o risco de adoecimento e morte. Especialistas dizem que pode ser tão ruim quanto fumar, obesidade ou poluição ambiental.

Os cientistas descobriram que a solidão e o isolamento social aumentam o risco de mortalidade em cerca de 30%. Causa um risco aumentado de doenças cardiovasculares, derrame, demência e problemas de saúde mental, como depressão. Um estudo recente publicado na Jama Surgery descobriu que a solidão pode ter efeitos negativos na recuperação pós-operatória de adultos mais velhos.

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Uma revisão de 148 estudos descobriu que pessoas com conexões sociais profundas aumentaram as suas chances de sobrevivência em 50%. A pesquisa mostra que as pessoas com um forte sistema de apoio são mais felizes, mais saudáveis e vivem mais.

A AARP aconselhou que aqueles que vivem sozinhos procurem contatar pelo menos um amigo ou familiar diariamente.

Pessoas que são fisicamente ativas e que têm exercícios naturalmente incorporados em suas vidas têm maior probabilidade de envelhecer bem, disse James Powers, professor associado de medicina e geriatra praticante do Centro Médico da Universidade Vanderbilt.

Entre os exercícios mais comuns, podem estar jardinagem, caminhar, andar de bicicleta, não necessariamente ir à academia. Além de manter os músculos, as articulações e o coração saudáveis, eles melhoram o humor e ajuda a prevenir doenças crónicas, incluindo demência, diabetes e doenças cardíacas.

A AARP recomendou meia hora de exercício cinco dias por semana, mas disse que qualquer atividade física pode ajudar a fazer a diferença.

Um cardápio típico da dieta mediterrânea é rico em frutas, vegetais e grãos integrais. Feijões, sementes, nozes, castanhas, e azeite extra virgem também são permitidos. A carne vermelha, o açúcar refinado e a farinha são itens que devem ser evitados. Para substituí-los, adiciona-se ovos, laticínios e carne branca, como frango e peixe – todos em porções menores do que na alimentação tradicional.

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Porém, um estudo realizado por neurologistas e nutricionistas israelenses concluiu que, além de tudo, essa dieta pode ajudar a rejuvenescer o cérebro. Segundo os pesquisadores, a dieta mediterrânea pode retardar os sinais de envelhecimento acelerado do órgão, normalmente observados na obesidade, com apenas 1% de perda no peso corporal.

As varreduras cerebrais realizadas após 18 meses mostraram que a idade cerebral dos participantes parecia quase 9 meses mais jovem do que o esperado, em comparação com as estimativas da idade cronológica de seus cérebros.

O estudo, publicado na revista Epidemiology and Global Health, mostra que, apesar de fatores externos, como o estresse, seguir uma dieta pobre em carnes vermelhas e gorduras processadas pode ser uma das opções mais simples para melhorar a condição corporal, independentemente dos anos.

Um estudo publicado em 2019 na JAMA Network Open com quase 7.000 adultos descobriu que aqueles que obtiveram pontuações mais altas numa escala que mede o “propósito de vida” tinham menos probabilidade de morrer ao longo de quatro anos do que aqueles que obtiveram pontuações mais baixas.

Os especialistas acreditam que participar de atividades importantes pode reduzir o nível de estresse, diminuindo a inflamação no corpo, que está associada a problemas de saúde, como doenças cardiovasculares.

Não dormir o suficiente pode aumentar as chances de doenças como obesidade, diabetes, depressão, pressão alta e doenças cardíacas. O sono oferece ao corpo tempo para se livrar das toxinas do cérebro e consertar conexões neurais danificadas.

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A neuropsicóloga Karen Miller, diretora sênior do Programa de Bem-Estar Cerebral e Estilo de Vida do Pacific Neuroscience Institute em Santa Monica, Califórnia, disse: “Se não dormirmos o suficiente, não conseguiremos essa reparação. Pense em todos os bons antioxidantes que você obtém de vegetais e frutas. Eles não podem fazer o trabalho deles se você não dormir sete horas”, afirma.

As pessoas que têm uma atitude mental positiva tendem a viver vidas mais longas e saudáveis do que as pessoas com uma perspectiva negativa.

Foi demonstrado que ter uma visão positiva sobre o envelhecimento reduz o risco de demência e prolonga sua vida em cerca de sete anos e meio.

O geriatra John Batsis, professor associado da divisão de medicina geriátrica da Faculdade de Medicina da UNC, disse: “A idade é apenas um número, mas como você se sente a respeito é muito importante.

Pessoas diligentes tendem a acompanhar as consultas médicas, tomar os medicamentos na hora certa e evitar hábitos prejudiciais, como fumar. Um estudo com quase 2.000 pessoas descobriu que as pessoas que eram conscienciosas tinham 22% menos probabilidade de apresentar problemas cognitivos. Um estudo adicional descobriu um risco 35% menor de morte prematura para pessoas conscienciosas.

Algumas pessoas podem ser naturalmente mais diligentes do que outras, mas você pode ajudar a si mesmo acompanhando as coisas em um calendário e definindo lembretes.

Um estudo publicado em maio deste ano sugeriu que a perda de habilidades cognitivas pode não ser inevitável na velhice. A pesquisa viu adultos de 58 a 86 anos terem de três a cinco aulas de disciplinas como espanhol, desenho e composição musical durante três meses.

Na metade do estudo, os participantes já haviam aumentado sua capacidade intelectual ao nível dos adultos 20 a 30 anos mais jovens.