Shows e concertos
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Por — Rio de Janeiro

São muitos os motivos que a jovem cantora Maria Maud tem para comemorar. Com a voz na trilha de “Renascer” (uma versão de “Não sei dançar”, música lançada por Marina Lima nos anos 1990) e um single recém-lançado (“02.02”, uma homenagem a Iemanjá), Maria acaba de completar 23 anos e, nesta quarta-feira (7), sobe ao palco intimista do Blue Note para um novo show, “Achei que te amava”. A apresentação “alegre e super para cima”, como ela mesmo descreve, marca um ponto de virada na incipiente carreira — que começou em 2021 e, no que depender dela, vai ser muito longa.

— Quero ser reconhecida pela minha música. Sei que meu som é pop mas só vai até certo lugar... Tenho vontade de ser uma artista “mainstream”, mas sem perder a minha essência — afirma a cantora, que diz, com convicção, saber o que quer. — Não gosto de me envolver em polêmica. Só me envolvo para responder da minha música. Sou artista. Quero tocar as pessoas com a minha voz.

E, na sua “essência”, não tem lugar para purismos. Maria vai de Marília Mendonça a Bob Dylan, de Amy Winehouse a Gal Costa e Lana Del Rey. A lista é longa... e se reflete na sua própria música:

— Sou uma pessoa muito eclética. Minha primeira e maior referência, que me deu vontade de começar a tocar, foram os Beatles. Mas sou uma artista mulher e não tenho banda, então também tem outras coisas. Rita Lee, Janis Joplin, Cat Power, Dua Lipa, Billie Eilish, Rosalía, Céu... muita gente.

Na esteira dessas cantoras, que também são (ou eram) compositoras, “Maud”, o primeiro álbum da sua carreira, lançado no último ano, traz algumas composições suas — como “Você insiste”, parceria com Antonio Leoni e Gabriel Amorim, e “Sem hora para voltar”, com Léo Mucuri. No palco, com a participação de Natascha Falcão e Mariana Volker, tudo se transforma.

— O show é muito diferente do streaming. Tento fazer outras versões, acrescentando elementos instrumentais com a banda, para ficar mais rico. Meu show anterior era mais “dark”, esse é mais “verão” — conta, antes de dizer que está com uma “ansiedade boa” para subir ao palco. — Eu me preparei muito. Ano passado, quando estava nervosa (para seu primeiro show), alguém me contou de um grande artista que fala: “Quando eu parar de sentir frio na barriga, vou parar de cantar”. Faz sentido. O medinho faz parte. Tomara que eu sempre sinta.

Sobre as comparações com a mãe, a atriz Cláudia Abreu, Maria diz não se incomodar “nem um pouco”:

— Me orgulho de ser filha de quem sou. Até porque, é bobeira essa comparação hoje em dia. Ela é mais velha, é outra pessoa... Mas também fico com muito orgulho, porque acho ela linda, incrível, maravilhosa. Somos pessoas diferentes, mas somos parecidas mesmo.

Programe-se

Onde: Blue Note Rio. Avenida Atlântica 1.910, Copacabana. Quando: Qua, às 20h. Quanto: de R$ 60 a R$ 120. Assinantes O GLOBO têm 30% de desconto. Classificação: 18 anos.

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