Tem sido um bom ano para o Haru, casa de culinária japonesa clássica do paulista Menandro Rodrigues, o Nandro. É que oito anos após funcionar em um espaço de infra um tanto improvisada, onde contava praticamente só com alguns lugares na calçada, o negócio cresceu. Primeiro veio, no segundo andar da pequena galeria, um ambiente privê só para o serviço de omakase (R$ 298). Cabem dez pessoas por sessão (às 19h e às 21h30), ocasião em que iguarias japonesas garantem momentos de puro deleite. Depois ganhou ao lado um salão elegante, à altura de sua cozinha.
- Japoneses: Confira outras boas casas da categoria
- Rio Gastronomia 2023: compre ingresso com desconto e ganhe assinatura de O GLOBO
Mas como a boa fama do Haru se expalhou? Pelos peixes frescos diários, acima de tudo. E mais o apuro dos insumos e a dedicação absoluta do Nandro, que começou no Sushi Leblon, passou pelo Nakombi e é um pesquisador incansável da cultura nipônica, com dois certificados importantes do governo japonês: é um “sakê expert” e o restaurante exibe a chancela de “Sushi proficiency certificate”. Não é pouca coisa.
Desfrutar do usuzukuri (R$ 56) só de peixes brasileiros é uma experiência: 25 fatias de espécies como olho-de-boi, piraúna, carapau, ouriços da Ilha Grande e por aí vai, costa afora. Fresquíssimos. Sushis especiais em dupla — como os de barriga de salmão (R$ 27), atum com foie gras e manga (R$ 62), vieiras, enguias e camarão (entre R$ 50 e R$ 70) — chegam em lindas louças da mestre da cerâmica Hideko Honma. Afora os crus, a cozinha brilha com pratos como berinjela marinada em dashi e gengibre (R$ 28) e cogumelos fritos envoltos em massa levinha (R$ 41).
Fique atento: em breve Nandro abre em Ipanema, com Elia Schramm (da Babbo Osteria), o Si-Chou, dedicado à cozinha de países como China e Coreia. Kampai!
Rua Raimundo Correa 10, Copacabana (96732-2668). Ter a dom, das 12h à meia-noite.