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Por O Globo — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 27/06/2024 - 03:30

Celebração LGBTQIA+ no Rio de Janeiro

O Dia do Orgulho LGBTQIA+ é celebrado com shows, festas, peças e mostras de cinema no Rio de Janeiro. A programação inclui eventos culturais e artísticos que promovem a diversidade e a luta por direitos da comunidade.

Faz tempo que todas as cores do movimento LGBTQIA+ ocupam os mais diversos espaços da cidade. Mas este mês a programação é turbinada pelo Dia do Orgulho, comemorado nesta sexta-feira, 28 de junho. A data, que inspira reflexões e lutas não só para a comunidade, mas para toda a sociedade, é também motivo de celebração, com shows, festas, peças e mostras de cinema com foco na cultura queer.

— É uma data muito simbólica porque nós, LGBTs, conquistamos esse orgulho com duras jornadas. Primeiro vem o armário, a vergonha, [depois] o entendimento, a luta e, enfim, o orgulho — diz a atriz, produtora e ativista Laura Castro, gestora do Centro de Referência de Arte e Cultura Queer, o Queerioca, que abriu há dois meses junto com a também atriz e ativista Cristina Flores.

Confira um roteiro para se jogar nos próximos dias:

Queerioca

Queerioca, no Arco do Telles — Foto: Reprodução
Queerioca, no Arco do Telles — Foto: Reprodução

Ocupando um casarão no Arco do Teles, na Praça Quinze, o centro cultural tem programação intensa. Nesta sexta-feira (28), Cristina Flores reapresenta a peça “Todos os homens do mundo” (às 18h; R$ 40), ambientada num futuro distópico em que todos os homens morreram. Na mesma noite, show do pernambucano Gigante César, representante do Bregay (às 19h; de R$ 20 a R$ 30). Depois tem o primeiro Ball do Orgulho Travesti do espaço, com sete categorias (às 20h; com entrada gratuita para pessoas trans e contribuição sugerida de R$ 10 para cis). Encerrando, “Performance de Exu”, de Rodrigo Pedro Casteleira (às 23h; grátis). Travessa do Comércio 16.

A Queerioca é um espaço para criar e reverberar a nossa cultura na literatura, no teatro, no cinema, na música, na cultura do ballroom... para o público adulto e para as crianças. [Precisamos] produzir e celebrar a cultura do orgulho para que os caminhos não permaneçam tão árduos — completa Laura.

Festas

Bar Mãe Joana — Foto: Divulgação
Bar Mãe Joana — Foto: Divulgação

Points LGBTQIA+ da vida noturna da cidade contam com agitos especiais. No Bar Delas, casa comandada por Kriss e sua família na Praça da Harmonia, sexta (28) é dia de retro wave e música indie na “Festa Etérea”, com os DJs Axtral e P.Hagá. Sábado (29), quem comanda a pista é o Jaguateejay, com pop, MPB e disco (Rua Pedro Ernesto 5; sex e sáb, a partir das 23h; grátis).

Em Botafogo, no Bar Mãe Joana, casa com karaokês e outros eventos semanais, o duo Julia & Greg e os DJs Melissa Brazil, Gui Trindade e Ana Santi animam a “Festa Amor é Amor” (Rua Rodrigo de Brito 14; sex, a partir das 17h; grátis; 18 anos).

Não muito longe dali, em Copacabana, no Substation Bar Club (ex-Fosfobox), acontece a edição de quatro anos da festa “Haus of Monsters”, que nasceu como encontro de fãs da Lady Gaga (sáb, a partir das 23h; grátis até meia-noite, para os 50 primeiros; e R$ 25, 2º lote; 18 anos).

Do outro lado da ponte, os 20 anos do Grupo Diversidade Niterói serão celebrados em edição da “Festa Fervo”, no Teatro Popular Oscar Niemeyer (sex, a partir das 19h30; grátis, 3ºlote; 18 anos).

Shows

Roda de samba Sambay — Foto: Divulgação/Gabi Netto
Roda de samba Sambay — Foto: Divulgação/Gabi Netto

“Primeira roda de samba LGBTQIAPN+ do Brasil”, a Sambay tem comandado concorridos shows semanais, aos domingos, que chegam a reunir cerca de mil pessoas. No palco, o cantor Rodrigo Drade é acompanhado, além de músicos, por um time de bailarinos que ajudam a animar a plateia enquanto o grupo passeia por um repertório que vai de Almir Guineto e Molejo a Liniker e Gloria Gaynor.

— A pluralidade do público me emociona. Vejo homens gays, mulheres lésbicas, travestis. Acho muito importante que todos estejam lá, juntos, celebrando. Incluindo heterossexuais, que vão cada vez mais — diz Drade.

A festa de um ano é nesta sexta (28), no Circo Voador, com um supertime de convidados que inclui Preta Gil, Thiago Pantaleão, Marvvila, Alinne Rosa, Marcelle Motta, Marina Íris, Marcos Sacramento e Nilze Carvalho (sex, a partir das 21h; R$ 50, 2º lote; 18 anos).

Também na sexta (28), a cantora Azula, que se apresentou no Rock in Rio 2022, mostra suas influências de jazz, R&B e rap no show “Memória travesti”, destaque na programação da Cidade das Artes, na Barra, que também tem conversa com jurista sobre os direitos da comunidade (sex, às 20h; de R$ 40 a R$ 50; livre).

Teatro

"Manifesto transpofágico", monólogo de Renata Carvalho — Foto: Divulgação/Danilo Galvão
"Manifesto transpofágico", monólogo de Renata Carvalho — Foto: Divulgação/Danilo Galvão

Com temporadas esgotadas no ano passado, “Manifesto transpofágico” ganha apresentação única, gratuita, sexta (28), no Museu de Arte do Rio. Sozinha em cena, Renata Carvalho conta histórias da própria vida e de outras mulheres para falar de transexualidade e travestilidade. (Praça Mauá; sex, às 18h30; retirada de ingressos via Sympla; 16 anos).

Histórias reais (próprias e de terceiros) também são o ponto de partida para “Pequeno monstro”, em que Silvero Pereira trata de preconceito e violências infringidas a pessoas LGBTQIA+ (Teatro Poeira, Botafogo; qui a sáb, às 20h. Dom, às 19h; R$ 80; 14 anos; até 28 de julho).

— Além de ser uma celebração, o Dia do Orgulho fortalece a difusão de novas pautas — avalia Silvero, que comemora o primeiro mês de temporada do seu solo. — Ele traz um assunto silenciado pela sociedade, que é a violência sofrida na infância LGBTQIAP+, que precisa ser combatida.

O grupo House of Mamba Negra une dança, performance, moda e teatro no espetáculo gratuito “Atraque”, que retrata a diversidade de gênero e raça com pessoas trans e pretas da cultura Ballroom do Rio (Citrus Ateliê. Rua Guaraciaba 733, Campo Grande; sáb, às 17h45; 16 anos).

Também de graça, o espetáculo “Divina Nélida”, com Divina Valéria, Divina Núbia e Gretta Sttar (18h), homenagem a Nélida Piñon, é o destaque da programação no Instituto Cervantes. No encerramento (21h), DJ Marcão Rezende e Vick Diamond (Rua Visconde de Ouro Preto 62, Botafogo; sex, a partir das 9h).

E no Brigitte Blair, em Copacabana, os Dzi Croquettes e artistas do Teatro de Revista são homenageados em “Varieté dus amantes (o cabaré)”, com direção de João Vitor Linhares e elenco jovem (sex, às 19h; R$ 90).

Exposição

Mostra coletiva “Cosmologias ballroom”, no Solar dos Abacaxis — Foto: Divulgação/Cinthia Rizoli
Mostra coletiva “Cosmologias ballroom”, no Solar dos Abacaxis — Foto: Divulgação/Cinthia Rizoli

A coletiva “Cosmologias ballroom”, no Solar dos Abacaxis, reúne fotos, performances e oficinas de 15 artistas da cena brasileira de ballroom, movimento LGBTQIA+ negro e latino, surgido na Nova York dos anos 1960. Rua do Senado 48, Centro. Qua a sáb, das 10h às 18h. Até 6 de julho.

Cinema

“Priscilla, a rainha do deserto”, de Stephan Elliott, integra a mostra "Quem quer queer?", do grupo Estação — Foto: Divulgação
“Priscilla, a rainha do deserto”, de Stephan Elliott, integra a mostra "Quem quer queer?", do grupo Estação — Foto: Divulgação

“Quem Quer Queer?” é o nome da mostra do Grupo Estação, que desta quinta (27) até o dia 5 exibe mais de 20 filmes, entre clássicos, cults a títulos mais populares. Hoje, entre os destaques no Estação Net Botafogo, “Teorema”, de Pasolini (14h), e “Cidade dos sonhos”, de David Lynch (21h). Amanhã, no Estação Net Rio, “A lei do desejo”, de Almodóvar (14h) e “Pink Flamingos”, de John Waters (22h). Na lista, estão ainda “Caravaggio”, de Derek Jarman, “Priscilla, a rainha do deserto”, de Stephan Elliott e a pré-estreia de “Orlando, minha biografia política”, de Paul Preciado. Até dia 5/7. De R$ 18,24 a R$ 20,52.

— Selecionar os filmes foi como pescar títulos que pudessem melhor nos ajudar a contar essa luta, tanto fora quanto dentro das telas, de invisibilidade, de perseverança e de amor — afirma o curador Gabriel Carvalho.

Para Adriana Rattes, diretora-executiva do Grupo Estação, o cinema "é eficaz e poderoso para se jogar luz sobre qualquer temática, seja para o bem ou para o mal".

— A arte e a ficção têm um papel político de nos formar, de tornar próximo o distante, de nos ajudar a viver melhor e com mais liberdade. Por isso, quanto mais gente conhecer o Cinema Queer, melhor será para a vida de todos nós — diz.

E na semana que vem (dia 4) começa a 13ª edição do Festival Internacional de Cinema “Rio LGBTQIA+ 2024”, que até 10 de julho promove a exibição de mais de 90 filmes no CCBB, no Instituto Cervantes e em outros espaços.

Corrida

Camisa Corrida Brasil Sem Preconceito — Foto: Divulgação
Camisa Corrida Brasil Sem Preconceito — Foto: Divulgação

As inscrições para a etapa carioca da corrida “Brasil Sem Preconceito” vão até as 23h59 desta quinta (27). A prova, no domingo, às 8h, terá distâncias de 5 e 10 km. Depois do percurso, shows (10h). Quinta da Boa Vista. Dom, a partir das 6h. De R$ 39,90 a R$ 370. 18 anos.

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