Cinema
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Por — Rio de Janeiro

O enredo de “Vidas passadas” já ganha o espectador pela facilidade de identificação. Sabe aquela quase relação amorosa do passado, que fica adormecida por anos e que eventualmente é lembrada para arrancar um suspiro e um sorriso de canto de boca? A diretora e roteirista sul-coreana Celine Song resolveu transformar essa lembrança em ação. Ela explora a memória afetiva de dois amigos de colégio que passam anos afastados e responde à pergunta: o que aconteceria se eles se juntassem novamente?

Indicada aos Oscars de filme e roteiro original, a produção é um romance típico, com excelentes diálogos e boas atuações dos protagonistas. Em sua fase adulta, Greta Lee interpreta Nora, a moça que deixou a Coreia ainda pré-adolescente e migrou com os pais para os EUA. Do outro lado, Teo Yo vive Hae Sung, o rapaz que ficou em Seul com saudade da amiga.

O reencontro deles é desenvolvido em duas etapas, ao longo de mais de duas décadas. Em um momento, eles se colocam numa espécie de namorico à distância, com uma ótima sequência de conversas diárias por Skype, diferença de fuso, longos silêncios, essas coisas. Até que eles acabam se afastando de novo, conhecem outras pessoas e seguem suas trajetórias individuais.

Mas seria o destino deles ficarem juntos? Aliás, existe esse negócio de destino? Com afeto, “Vidas passadas” enfileira várias dessas questões sobre relacionamentos numa história que vai fazer muita gente chorar ou sorrir ou chorar e sorrir ao mesmo tempo. Porque é isso que boas lembranças fazem mesmo.

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