Cinema
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Por — Rio de Janeiro

Quando o diretor George Miller anunciou que a continuação do ótimo “Mad Max: estrada da fúria” (2015) seria um prequel contando a origem da personagem Furiosa, causou certa desconfiança sobre o projeto: como tornar interessante uma história da qual já sabemos o final? Miller realmente não conseguiu atingir o nível de excelência do filme anterior, mas “Furiosa: uma saga Mad Max” é o melhor filme de ação do ano até o momento, e será difícil perder esse posto. E Miller impressiona pela forma como consegue inserir temas importantes no meio de sequências complexas repletas de adrenalina.

A trama apresenta Furiosa (Alyla Browne) quando é sequestrada, ainda criança, pelo bando liderado por Dementus (Chris Hemsworth, excelente como vilão). Conforme os anos vão passando, uma Furiosa já adulta (Anya Taylor-Joy) se vê no meio da luta entre Dementus e Immortan Joe (Lachy Hulme) pelo domínio de Wasteland, ao mesmo tempo que quer voltar para sua casa. É digno de nota que, neste capítulo da franquia, a construção dos personagens tem inspiração na obra de Charles Dickens.

O exemplar roteiro de George Miller e Nick Lathouris preenche com eficácia as lacunas do passado de Furiosa. O espectador consegue compreender sua jornada e como os acontecimentos irão fazê-la se tornar na Furiosa de “Estrada da fúria”. A dupla ainda investe numa pegada mais comovente que remete à trilogia de “Mad Max” estrelada por Mel Gibson. Ao final, “Furiosa” é um épico propositalmente exagerado, como nos outros capítulos, que se torna brilhante justamente por causa de sua ousadia imagética. E, permeando esse universo caótico criado por George Miller, uma trama de vingança, perda e amor.

Bonequinho aplaude.

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