Brasil pode liderar corrida global dos 'carros voadores', diz CEO da Embraer-X

Segundo Moczydlower, a Eve é a única startup do mercado que tem por trás o know-how de mais de 50 anos de engenharia com foco em transporte aéreo de passageiros civis. Por isso, este é um diferencial forte que posiciona o Brasil na liderança do mercado de carros voadores:

— As empresas que estão chegando agora não devem ter tanto sucesso. Provavelmente, serão adquiridas ou terão seus projetos abandonados. Alguns protótipos que já vimos voando talvez encontrem um nicho, como o de operações militares, para fins de defesa, mas o nível de segurança e certificação é diferente — diz o executivo, em conversa com a repórter Daniela Braun, do Valor Econômico, em painel sobre corrida de táxi aéreo.

— Quando falamos do transporte de passageiros civis, poucas empresas no mundo tem esse conhecimento. São menos do que cinco, seis empresas. E a Embraer é uma delas — garante.

A visão da Embraer, de acordo com o executivo, é que o mercado de transporte aéreo com veículos elétricos seja competitivo e consiga operar com preços "razoáveis".

— Queremos ser eficientes para chegar a um nível de preço que qualquer um que utilize transporte terrestre possa pagar uma viagem uma vez por semana ou por mês. (...) Se pensarmos num táxi ou num Uber Black, pode ser mais ou menos esse valor-alvo. Queremos que qualquer pessoa que hoje paga um táxi por duas ou três horas, possa pagar para ter uma viagem pelos ares.

No médio prazo, Daniel prevê que empresas aéreas operem com pilotos certificados para voos curtos. Uma viagem da Barra até o Galeão, no Rio, poderá ser feita em dez minutos:

— Um voo curto, de dez a quinze minutos, devolve o tempo à pessoa. E aí será possível evitar horas de trânsito.

A Eve Air Mobility já tem mais de 2.800 pedidos de encomendas para os veículos, que serão 100% elétricos.

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