RIO - O vazamento de 60 mil litros de óleo que atingiu a Baía de Guanabara, na tarde de sábado, foi provocado por uma tentativa de furto em um oleoduto da Transpetro, na região entre os municípios de Magé e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em nota, a empresa disse "estar mobilizando todos os recursos necessários para realizar a limpeza e recuperação das áreas atingidas" e, de acordo com sua última atualização, cerca de metade do volume vazado já teria sido recolhido pelas equipes de emergência.
O incidente foi notado por pescadores, na manhã deste domingo, enquanto o petróleo que atingiu o Rio Estrela, que deságua na baía, seguia espalhando-se por diferentes pontos. Registros em fotos e vídeos foram feitos pelos próprios, que acionaram o Batalhão Ambiental (BAM) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
"Tem muito óleo, a quantidade é gigantesca. E o cheiro está muito forte", relatava um pescador em um vídeo feito próximo à região do vazamento.
Vítima constante de ações criminosas de furto de óleo e derivados, a Transpetro afirmou estar colaborando com as investigações das autoridades e que, ontem, "ao detectar a ação criminosa, imediatamente interrompeu as operações do duto, acionou equipes de emergência e conteve, na mesma tarde, o vazamento do oleoduto".
Quadrilhas que têm realizado roubos semelhantes na região da Reduc já estão sendo investigadas.
O local do vazamento fica próximo ao duto que ligava a Refinaria Duque de Caxias ao terminal Ilha D’Agua, na Ilha do Governador e rompeu em 18 de janeiro de 2000, provocando o vazamento de 1,3 milhão de litros de combustível nas águas da baía.