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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 23/06/2024 - 16:24

Aluguel de patinetes elétricas no Rio de Janeiro

Domingo de sol no Rio de Janeiro com praias cheias e volta das patinetes elétricas na Zona Sul. Serviço de aluguel terá duração de 12 meses e é uma novidade para os cariocas e turistas. A cidade recebe bem o calor e a inovação, com segurança e regulamentação.

Céu azul, sol reluzente e ventos suaves marcaram o primeiro domingo de inverno deste ano, presenteando cariocas e turistas com um dia mais parecido com o verão do que com a estação mais fria, que começou oficialmente na sexta-feira. Na Barra, a temperatura máxima chegou a 34,7°C. O mar tranquilo e cristalino atraiu centenas de banhistas. Para completar o lazer, a orla do Rio voltou a receber um equipamento bem comum ao cenário da cidade de anos atrás: as patinetes elétricas, agora autorizadas pela prefeitura.

Aula de surf no Arpoador no primeiro final de semana do inverno, com sol forte e praia cheia — Foto: Gabriel de Paiva /Agência O Globo
Aula de surf no Arpoador no primeiro final de semana do inverno, com sol forte e praia cheia — Foto: Gabriel de Paiva /Agência O Globo

Com mar sinalizado por bandeiras verdes (baixo risco de afogamento) e amarelas (médio risco), o Arpoador também recebeu uma multidão em busca de lazer neste domingo.

— Eu estou achando ótimo esse inverno com cara de verão. Até porque carioca não gosta de inverno. Gosto de um solzinho para sair e correr um pouco na praia. Rio combina com 40 graus (risos) — opina Bruno Eugênio, ator e morador da Taquara, de 31 anos. — Hoje dei uma corridinha no agora estou aproveitando o sol à beira-mar.

O paulista Guilherme Nascimento, de 22 anos, chegou à cidade na sexta-feira, para passar o fim de semana, e garante que não se arrependeu.

— Eu sou meio contra o inverno, né? Gosto muito do calor. Então, para mim é ótimo que o inverno não seja tão característico — afirma ele, que é desenvolvedor de sistemas e aproveitava o dia na Praia de Ipanema.

A volta das patinetes elétricas

No período pré-pandemia, as patinetes foram febre no Rio e chegavam a atingir velocidades de até 40 km/h. Devido ao aumento no número de acidentes, a prefeitura publicou um decreto limitando a velocidade máxima a 20 km/h. Os novos equipamentos que circulam pela cidade estão dentro das normas municipais e só podem ser utilizados por maiores de idade. Disponíveis 24 horas por dia, as patinetes têm uma taxa de desbloqueio de R$ 2 e custo adicional de R$ 0,80 por minuto de uso. Os meios de pagamento aceitos são cartão de crédito ou PIX.

Patinetes voltam à orla do Rio — Foto: Gabriel de Paiva /Agência O Globo
Patinetes voltam à orla do Rio — Foto: Gabriel de Paiva /Agência O Globo

Empresa que opera o serviço, a multinacional Whoosh instalou mil patinetes em cerca de 200 pontos espalhados por bairros das zonas Sul, como Ipanema e Leblon, e Norte, como Tijuca e Maracanã.

— Paguei R$ 15 para fazer um passeio de 30 minutos por Ipanema e Leblon. Achei a tecnologia bem melhor em comparação às patinetes que víamos na cidade cinco anos atrás, quando cheguei a sofrer um acidente e machucar as pernas porque a velocidade era maior. Agora, o equipamento anda mais devagar. Então, me senti mais seguro — relata o vendedor Maurício Mota Carvalho, de 21 anos.

Na Avenida Viera Souto, em Ipanema, diversas pessoas puderam ser vistas transitando com o equipamento neste domingo. Um dos pontos de estacionamento do bairro é em frente ao Posto, onde a administradora Andressa Motta, de 33 anos, estava prestes a fazer o aluguel para dar uma passeio na orla.

— Eu soube dessa novidade porque eu estava andando por aqui e vi. O aplicativo é bem amigável. Explica direitinho o valor, se está carregado ou não, o ponto para deixar o equipamento depois de usar. Uma diferença que eu percebi é que, antes, podia deixar a patinete em qualquer lugar após terminar de usar. Agora, tem pontos específicos. Isso, às vezes, é um pouco ruim, porque tem que ficar procurando onde deixar — observa.

Na estreia do serviço na cidade, no sábado, mais de mil viagens foram registradas, calcula a Whoosh. A operação deve ser feita no aplicativo da empresa, que pretende aumentar o número de patinetes para 2.600 nos próximos três meses e chegar a 550 pontos de estacionamento.

De acordo com a empresa, os veículos atendem a todas as regulamentações definidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Apesar do limite de 20 quilômetros por hora, o sistema do equipamento é capaz de reduzir, automaticamente, sua velocidade em rotas congestionadas. Já em zonas em que o tráfego é proibido, o sistema emite um som e para o veículo.

— Nossa operação nas cidades é sempre feita em parceria com as autoridades locais, para alinhar zonas de maior fluxo (onde a velocidade é reduzida) e zonas restritas. As patinetes possuem um GPS, são conectadas 24h, por isso seu sistema reconhece quando está em zona proibida ou de velocidade limitada e automaticamente irá diminuir progressivamente sua velocidade ou interromper o funcionamento. A tecnologia trabalha em conjunto com uma grande equipe de campo que orienta usuários e garante a ordem nos pontos de estacionamento — explica Francisco Forbes, CEO Whoosh Brasil.

Experimental, o projeto é fruto do Sandbox.Rio, programa da Secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, que seleciona empresas para testarem produtos, processos e serviços inovadores no Rio, numa operação acompanhada de perto pelo município. O serviço das patinetes serão testados por 12 meses. Diferentemente da experiência anterior, explica a secretaria, a operação estará mais de acordo com o ordenamento urbano e segurança no trânsito, já que os usuários devem retirar e deixar as patinetes em pontos fixos. Além disso, os veículos são equipados com freios, buzina, indicador de velocidade, sinalização dianteira e traseira e, para o turno da noite, farol com acionamento automático.

— Estamos avançando com esse projeto importante para a cidade, que é o Sandbox.Rio. Um projeto reconhecido, premiado e que está em linha com o objetivo maior que é transformar a cidade do Rio a capital da inovação da América Latina. Ao facilitar a entrada de projetos inovadores na cidade, com segurança jurídica, conseguimos atrair investimentos, consolidar mercados, gerando emprego e renda para os cariocas — analisa Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio.

Furtos

As patinetes elétricas já foram alvos de organizações criminosas. Em junho de 2019, cerca de seis meses após os equipamentos circularem pela primeira vez no Rio, a delegacia de Bonsucesso (21ª DP) abriu investigação para apurar a autoria de furtos realizados por criminosos que, com ajuda de hackers, bloqueavam o sinal de GPS dos equipamentos, para impedir o monitoramento por parte da empresa responsável, customizavam os veículos e os comercializavam. Numa operação no Complexo da Maré naquele ano, a Polícia Militar chegou a recuperar seis patinetes elétricos na comunidade.

Francisco Forbes diz que as patinetes da Whoosh têm dispositivos para evitar o problema.

— Nossas patinetes são um dispositivo IoT. Então, são conectadas 24h e possuem vários sensores. Sabemos quando um usuário a está utilizando, quando não está e se há uma movimentação suspeita com o equipamento. Caso seja identificado algo nesse sentido, nossa equipe de rua é acionada para resgatar a patinete onde quer que ela esteja — explica.

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