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Por e — Rio de Janeiro

O recém-empossado comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Aristheu de Góes Lopes, elencou uma série de justificativas para embasar ao menos 10 demandas encaminhadas ao Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, pedindo por equipamentos para reforçar a tropa. Entre elas, a preocupação em fazer frente a traficantes e milicianos, que já dispõem de seus próprios veículos blindados, conforme pontuado nos documentos, emitidos no último dia 22.

De acordo com as ponderações de Aristheu Lopes, os grupos criminosos utilizam “técnicas e armamentos letais”, como táticas de guerrilha, barricadas com seteiras (arquitetura militar) e “até veículos blindados” contra os agentes. "Tiros de precisão de longa distância” direcionados aos policiais também são mencionados.

Esse preâmbulo foi usado para embasar o pedido por 150 fuzis 7,62 x 51mm, armamento com maior poder de parada, além de menor transfixação do alvo. Segundo o pedido, o armamento atual está sendo usado há 10 anos e precisa ser atualizado para “garantir a eficácia das operações policiais”. Em 2022, no entanto, a própria PM, ao comprar fuzis calibre 5,56, dizia que a ideia era diminuir os efeitos colaterais com o uso desse armamento antigo, os 7,62.

PMs do Bope durante operação: batalhão quer fuzil capaz de furar blindagem de carros de traficantes — Foto: Antônio Scorza / Agência O Globo / 04-05-2017
PMs do Bope durante operação: batalhão quer fuzil capaz de furar blindagem de carros de traficantes — Foto: Antônio Scorza / Agência O Globo / 04-05-2017

Outros 20 fuzis de calibre .338 Lapua Magnum, de alta potência e precisão, usados somente por snipers, também estão na lista das demandas ao Comando de Operações Especiais. Essas armas, utilizadas com ferrolho, têm poder de fogo a longa distância e são capazes de atravessar inclusive barricadas e veículos blindados. O modelo, usado até na Guerra do Afeganistão, é empregado também para proteger autoridades em eventos externos. Segundo o comandante escreve no documento, as unidades deverão reequipar o Grupo de Atiradores de Precisão do Bope, uma vez que “o material bélico atual não tem atendido adequadamente às demandas de confronto que visam inibir a ação dos criminosos, bem como garantir a segurança externa de autoridades.”

Também foram solicitadas 50 submetralhadoras silenciadas de calibre 9mm, para serem adotadas pela Unidade de Intervenção Tática (UIT). A divisão atua em retomadas de pontos sensíveis, resgates de reféns e entradas táticas em ambientes que requerem intervenção cirúrgica, precisa e sigilosa. A arma é descrita como leve e fácil de manusear, precisa e de disparo rápido.

Para fazer operações mais discretas, reduzindo a detecção sonora e visual, foi solicitada a compra de 40 fuzis semiautomáticos de calibre .308 Winchester com bipé e silenciador. Segundo o documento, o modelo dá estabilidade, sigilo e precisão em longa distância em missões de infiltração e exfiltração, onde surpresa e ocultação são fundamentais.

O pedido também é por 300 capacetes balísticos, oito drones e até novos uniformes. Doze furgões e dois micro-ônibus também compõem a lista.

Em nota, a Polícia Militar explica que as formalizações de demandas têm “cunho institucional”, norteando procedimentos licitatórios de investimentos e aquisições futuras. “Nesse cenário, os comandantes possuem como atribuição avaliar constantemente as necessidades de suas unidades e pontuar possíveis aquisições, déficits, substituições e realinhamentos, fundamentando assim as necessidades mencionadas nas demandas, sempre visando a melhoria dos serviços prestados", informa a corporação. A PM ressalta ainda que “não há déficit de armamento, fardamento, viaturas e nenhum aparato logístico para a atuação das equipes” do Bope atualmente.

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