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Na reta final do outono, os casacos e o guarda-chuva devem continuar no armário no Rio de Janeiro. Na penúltima semana da estação, antes da chegada no inverno, o céu claro e as altas temperaturas vão prevalecer, e sem previsão de chuva. Não será um calorão típico de verão. Ainda assim, é preciso ter atenção com a hidratação. A umidade relativa do ar, que já está baixa, tende a cair ainda mais ao longo da semana, podendo ficar entre 21% e 30%, índice que requer cuidados.
O Rio é atingido pelo veranico, que, explica o Alerta Rio, tem como uma das definições a ocorrência de um período de estiagem e calor em pleno inverno ou período frio, como é a média do outono. O fenômeno está ocorrendo em parte do Brasil. A massa de ar relativamente mais quente e seca influencia o tempo diretamente.
— A temperatura está acima da média desde a última quinta-feira, quando começou a se estabelecer o veranico. É basicamente como na onda de calor anterior, mas não tão intenso, com tempo seco, bloqueando a passagem de frentes frias, mantendo o tempo firme e bem seco. Isso favorece para elevar as temperaturas, principalmente à tarde — explica Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.
Essa amplitude térmica, com queda de temperatura principalmente à noite e de madrugada, períodos em que ocorre a perda de calor da superfície, com resfriamento rápido, auxilia na formação de névoa e nevoeiro, como tem ocorrido nas manhãs da capital. A diferença entre as temperaturas pode chegar a 16 graus, como está previsto para quinta-feira, com mínima de 15 graus e máxima de 31 graus.
Já a umidade relativa do ar tende a diminuir ainda mais ao longo da semana, podendo ficar entre 12% e 20%, índice de alerta para a saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de umidade ideal para a saúde deve estar entre 50% e 60%. Entre quinta e sábado, a umidade relativa poderá ficar entre 21% e 30%, em alguns pontos da cidade, principalmente no período da tarde, prevê o Alerta Rio.
— O sol vai roubando a umidade, e de forma mais efetiva a partir de meio-dia até por volta das 15h ou 16h — diz Borges. — O Rio de Janeiro é uma área próxima ao mar, com isso, não deixa cair a níveis críticos, como vemos hoje no Mato Grosso do Sul, que está entre 20% a 12% desde a sexta-feira passada. O centro desse sistema se aproxima do Rio e deixa mais efetivo essa perda de umidade. As pessoas devem ficar em atenção com o passar da semana.
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