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Por — Rio de Janeiro

Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, prestou depoimento à polícia poucos dias após o corpo do empresário Luiz Marcelo Ormond ser encontrado no sofá do apartamento onde moravam, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Ela é a principal suspeita do assassinato, que pode ter acontecido devido a um envenenamento. Aos agentes, a mulher, ainda foragida, narrou a rotina do casal, que, segundo ela, começou a morar junto no dia 19 de abril, um mês antes do crime.

No depoimento, Júlia Cathermol disse que dormia no quarto, enquanto Luiz Marcelo passava a noite na sala. Ela contou que o namorado não gostava de dormir no quarto porque "pressentia a mãe", que morreu em junho do ano passado, e também porque roncava muito.

Luiz Marcelo acordava entre 6h e 7h, arrumava a casa e preparava o café da manhã. Júlia, "sem despertador", despertava entre 8h e 9h, já com tudo pronto a sua espera. Ela tomava banho e ia comer com o namorado.

"Eu acordava entre 8h-9h, todo dia, sem despertador. E ele dizia que acordava entre 6h-7h para limpar a casa. (Marcelo) Não me deixava fazer nada, ele fazia o café, preparava o sanduíche, eu acordava e o café já estava pronto. Eu tomava banho e ia comer com ele", narrou.

A rotina da manhã, segundo ela, era mais intensa, já que Luiz Marcelo preferia "resolver tudo" nesse período. Depois, o casal passava a tarde na sala, e o homem "às vezes dormia, às vezes não".

Segundo Júlia, depois do dia 24 de abril, Luiz Marcelo passou a "dormir demais" e estava sempre cansado e estressado. Ela não soube dizer à polícia se ele tomava remédio ou tinha diagnóstico recente de alguma doença.

"Eu fui percebendo ao longo dos dias que ele dormia demais. [...] A gente não saia mais. Eu percebi que ele estava muito cansado, muito estressado. Ele voltava do almoço e apagava, acordava lá para 18h", disse.

Relembre o caso

Luiz Marcelo Antônio Ormond foi visto pela última vez em 17 de maio. Ele aparece, ao lado de Júlia Andrade, em filmagens de câmeras de segurança do elevador do prédio onde morava com ela, no Engenho Novo, Zona Norte. O corpo foi encontrado três dias depois, sentado sob um sofá e já em "avançado estado de putrefação".

A polícia suspeita que ela tenha envenenado o namorado com um brigadeirão, fato narrado por Suyany Breshark, presa e apontada como cúmplice de Júlia, a quem fazia trabalhos espirituais. Ela se apresenta como cigana e tem mais de 400 mil seguidores nas redes sociais. Aos agentes, disse que Júlia a confessou ter matado Luiz Marcelo com a sobremesa, que tinha mais de 60 comprimidos de um potente analgésico a base de morfina.

"Não to mais aguentando esse porco, esse nojento" teria dito Júlia à Suyany. No dia 18, a suspeita foi a Araruama entregar a ela o carro de Luiz Marcelo, avaliado em R$ 75 mil, que seria usado para quitar uma parte da dívida de R$ 400 mil.

"Ela (Júlia) me falou: esse carro era dele (Luiz Marcelo). Ele me deu. Eu tô te dando ele por setenta e cinco mil pra ir descontando da nossa dívida", disse Suyany à polícia.

Em entrevista ao Fantástico, o delegado Marcos Buss, responsável pelo caso, afirmou que o crime foi motivado por questões econômicas.

— Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união. Então isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada.

Mais recente Próxima Caso brigadeirão: mulher apontada como cúmplice na morte de empresário é acusada pelo ex-marido de sequestro e furto

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