Sequestro de Anic: jovem, bonita e assídua em festivais, quem é a filha de Lourival presa no caso de sequestro

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No perfil do Instagram, Maria Luiza se diz artista plástica e exibe uma vida ligada à cultura, com idas a festivais de música e visitas a museus e galerias. Em uma dessas publicações, aparece com o irmão, Henrique, também preso.

Maria Luiza tem ainda outros dois perfis na plataforma: um no qual exibe ilustrações e outro de um bazar, com endereço em Teresópolis (RJ), onde todos os envolvidos residem. Na conta do TikTok, já chegou a aparecer uma vez com o pai, na brincadeira #dadguessescelebrities, em que o suposto sequestrador de Anic tentava adivinhar o nome de algumas celebridades.

Segundo a polícia, era a garota quem mantinha contato com o fornecedor dos 950 telefones celulares que Lourival adquiriu com o dinheiro da extorsão — que tem origem nos R$ 4,6 milhões pedidos pelo resgate de Anic.

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Outro dado que consta é que empresa de produtos eletrônicos e o carro de luxo estavam no nome de Maria Luiza. Conforme aponta o Ministério Público, ela sabia do suposto sequestro e se beneficiava do dinheiro obtido de forma criminosa.

O inquérito diz que Maria Luiza “reside com o irmão Henrique em uma espécie de república, com gasto mensal girando em torno de R$ 1.500”. Em depoimento à polícia ela afirmou receber um salário mínimo.

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“É de notoriedade de todos de que a família não possui renda suficiente para comprar um carro no valor de R$ 500 mil”, diz a investigação. Segundo a polícia, Maria Luiza foi “agraciada pelo pai com uma motocicleta da marca Royal Enfield, no valor aproximado de R$ 30 mil. Inclusive, Maria Luiza se preparou para isso” e tirou a carteira de motorista em fevereiro deste ano, mesmo mês em que a advogada desapareceu.

A investigação da Polícia Civil aponta que a própria Anic ajudou a tramar o próprio sequestro e acabou sendo assassinada. “A linha de investigação da Promotoria de Justiça e da 105ª Delegacia de Polícia (Petrópolis) aponta para suspeitas de que a vítima sequestrada foi assassinada pelo grupo e teve seu cadáver ocultado”, diz um trecho da denúncia do Ministério Público sobre o caso.

Na denúncia sobre o caso, o Ministério Público descreve Lourival como “detentor de uma personalidade galanteadora”, que “possuía relacionamento amoroso com várias mulheres, dentre elas a vítima Anic”. E o relatório da investigação da Polícia Civil diz haver fortes indícios de que a advogada “tenha aderido ao plano criminoso” por conta de seu suposto relacionamento extraconjugal.

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Filhos de Lourival, Henrique Vieira Fadiga e a irmã Maria Luísa Fadiga são suspeitos de ajudarem o pai de alguma maneira na empreitada criminosa.

Segundo a Promotoria de Investigação Penal de Petrópolis e de policiais da 105ªDP (Petrópolis), Henrique teria recebido US$ 150 mil de um doleiro após um depósito em reais ser convertido em moeda americana.

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Já Maria Luíza teria emprestado o nome ao pai para emplacar uma picape, comprada por Lourival por R$ 500 mil em espécie, no dia 11 de março, data em que a família de Anic pagou o resgate — no mesmo dia, ele também comprou uma motocicleta no valor aproximado de R$ 30 mil. Maria Luiza também seria encarregada de receber 950 celulares comprados pelo pai com o dinheiro dos três depósitos feitos por Benjamim no valor de R$ 325 mil cada um em contas de empresas importadoras.

Já Rebeca Azevedo Santos, que seria uma ex-namorada de Lourival, também é suspeita de participar de uma negociação para recebimento dos celulares comprados com parte do dinheiro exigido para que Anic fosse libertada.

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