Personal trainer morto após ser baleado em tentativa de roubo era filho único e tinha medo da violência do Rio

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— Um dos sonhos da vida dele era ser professor de Educação Física. Sempre foi ligado ao esporte, sempre jogou bola. Ele, inclusive, era meu sócio. Dava aula de futebol no Aterro do Flamengo — contou ao GLOBO o amigo de infância, Caio Oliveira.

Luis Felipe, que tinha o apelido de China, morava com a mãe em Laranjeiras, também na Zona Sul, e trabalhava na academia Exata, em Laranjeiras, próximo à sua casa. No Flamengo, fazia o trabalho de personal trainer na BlueFit.

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— Ele tinha medo da violência na cidade, já foi assaltado uma vez ali na Pinheiro Machado, perdeu o telefone. Dessa vez, não sabemos porque reagiu, talvez por terem apontado arma para a Victoria (a namorada).

Em seu perfil numa rede social, Luis costumava compartilhar momentos de lazer e também jogando futebol — são muitos os momentos nos quais aparece praticando o esporte. Em postagens, o rapaz mostrava que frequentava o Aterro do Flamengo.

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Luis Felipe era um apaixonado por futebol. Até o fim do ano passado, jogava no Atlética IBMR Saúde. Atualmente, os jogos eram em dois times de amigos: o Revelação e o Catete Rockets. As partidas aconteciam no Aterro do Flamengo.

— A gente sempre frequentou aquela área sem medo. Íamos juntos. Inacreditável o que aconteceu. Era uma pessoa maravilhosa. Eu o conheci antes de a gente começar a faculdade. Depois que começamos, o contato aumentou — disse a fisioterapeuta e profissional de Educação Física Luísa Casado Marques, de 31 anos.

Também nas redes sociais, parentes e amigos lamentaram a morte violenta de Luis Felipe. Uma prima lembrou a recente formatura do rapaz na faculdade.

"Por que você, primo? Por que? Não estou conseguindo entender, que isso! Tão novo, recém formado, que mundo cruel, gente. Menino do bem, único filho, estou me perguntando: por que com você?".

Segundo o batalhão de Botafogo, a vítima estava com amigos quando dois homens numa moto se aproximaram e anunciaram o roubo. Testemunhas relataram que um dos criminosos se aproximou da namorada do educador físico e exigiu que ela entregasse o telefone celular. A mulher respondeu que não tinha aparelho algum, o que teria irritado o bandido. Luis, então, interveio e acabou sendo baleado.

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A Polícia Militar afirmou que, quando chegaram ao local, equipes do 2º BPM encontraram Luis ferido e acionaram o socorro. A ocorrência foi registrada na 9ª DP (Catete). Com a morte de Luis Felipe, o caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Segundo a Polícia Civil. "diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime e esclarecer todos os fatos".