As buscas pelo menino Édson Davi Silva Almeida, de 6 anos, chegam ao quinto dia. O menino está desaparecido desde a última quinta-feira quando estava na Praia da Barra, na Zona Oeste do Rio. A criança sumiu enquanto brincava próximo à barraca dos pais, no posto 4. Ainda sem informações sobre o que pode ter acontecido, a família, que tem se revezado para ajudar nas buscas, espalhou cartazes pela orla e pela praia pedindo por respostas. "Edson Davi há 72 horas desaparecido, queremos resposta", dizia uma faixa. "Como pode ser afogamento com uma praia vazia, com 2 bombeiros de plantão", apontava outra.
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A mãe do menino, Marize Araújo, disse que desde o seu desaparecimento não consegue dormir ou comer. E que a ausência do filho está "afetando a vida de todos na família".
— Estou vivendo um inferno. Para todo canto que olho, vejo o meu filho. É muito difícil não saber o que aconteceu. É uma dor que só quem é mãe, sabe. Tenho a esperança que meu filho está vivo — afirmou Marize.
Na sexta-feira, o Centro de Operações Rio (COR), da prefeitura, forneceu imagens das cinco câmeras instaladas nos postos 3, 4 e 5 da Barra da Tijuca aos agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) que investiga o desaparecimento do menino Édson Davi. A cessão das imagens havia sido reivindicada pela família, no domingo, em manifestação na Barra para cobrar empenho nas buscas pelo menino.
As imagens, que ainda estão sendo analisadas pela polícia, serão fundamentais para entender o trajeto percorrido pela criança no dia em que desapareceu. Os investigadores acreditam que o menino tenha entrado no mar sem que ninguém tenha visto e se afogado. As buscas feitas pelo Corpo de Bombeiros sobre o paradeiro da criança seguem desde a madrugada de sexta-feira. A corporação tem equipes nas praias da Barra, do Recreio, de Guaratiba e de Sepetiba com aeronave, drone, moto aquática e mergulhadores.
Em nota, a Polícia Civil informou que "a Prefeitura do Rio entregou as imagens das câmeras dos postos 3 e 5 da orla da Barra da Tijuca. Conforme ofício enviado pela Prefeitura, as câmeras localizadas no posto 4, do endereço solicitado, estavam em manutenção naquela data".
Imagens de segurança mostram menino que desapareceu na praia da Barra andando pelo calçad
O pai do menino, que tem uma barraca na praia, reafirma que não acredita na hipótese de afogamento e sim que alguém tenha levado a criança.
— Faz quase cinco dias que meu filho desapareceu. É uma angústia muito grande. A nossa esperança é que essas imagens ajudem a polícia a entender o que aconteceu. Pior do que ter a certeza de que tenha acontecido algo de ruim, é a dúvida de não saber onde ele está — lamentou Edson Santos Almeida, pai de Édson Davi. A polícia diz não descartar qualquer hipótese.
Testemunhas viram criança no mar
Era por volta de 15h30 de quinta-feira, quando um funcionário que trabalha na barraca dos pais Édson Davi, observou o menino indo molhar os pés no mar, após se sujar na areia da praia. Em depoimento à polícia, Jefferson do Nascimento, de 25 anos, contou que Davi tinha o hábito de se aproximar da beira da água porque gostava de brincar "pulando as ondas". No dia do desaparecimento, apesar de todos os avisos de mar com ressaca, ele se recorda de ter visto a criança molhar os pés no mar, mas que chamou a atenção dele devido ao perigo da correnteza.
— Davi estava acostumado a fazer isso. Ele gostava de brincar pulando as ondas. Naquele dia, ele estava brincando na barraca dos pais e foi no mar lavar os pés que sujaram de areia. Quando vi, chamei a atenção para ele sair porque o mar estava com correnteza e era perigoso demais. Ele me ouviu. Voltou para a areia e foi brincar de bola com umas crianças que estavam por perto. Infelizmente, como estava ajudando o pai dele com os clientes, não percebi o que aconteceu depois. Deveria ter prestado mais atenção. Descuidei uns instantes e não o vi mais — lamentou o funcionário.
Outras duas testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram ter visto Édson Davi entrando pelo menos duas vezes no mar, segundo mostrou o RJ1 da TV Globo. O dono de um quiosque que fica próximo à barraca dos pais de Davi, disse, também em depoimento, ter visto a criança entrar, ao menos, três vezes na água.
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