As artes circenses serão destaque em duas programações gratuitas voltadas para crianças e adultos na cidade. Neste domingo (23), às 10h, a companhia Circo no Ato celebra seus dez anos de vida com o espetáculo infantil “Se der corda”, que estreou no ano passado e agora chega ao Museu de Arte Contemporânea (MAC). Já no próximo sábado, também às 10h, o projeto Fantástico Mundo apresenta a mostra artística “Salve todas”, em homenagem às mulheres, na Praça Getulio Vargas, em Icaraí.
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Com roteiro e direção de Natássia Vello, “Se der corda” é o primeiro espetáculo infantil da companhia, que está celebrando uma década de existência com uma série de atividades ao longo deste ano. Na apresentação, o grupo utiliza o universo circense para criar um mundo fantástico apresentado ao público através das páginas de um livro mágico.
A diretora conta que, entre cordas, acordes e acrobacias, os amigos inseparáveis Haroldo, Borrachinha, Gigante e Mutuca vivem aventuras ao encontrar este livro misterioso. Neste universo fantástico, tigrinhos ganham vida, meninas têm superpoderes e sonhos se tornam realidade.
— Normalmente, os espetáculos de circo já têm essa característica de agradar a toda a família pelos números físicos apresentados. Mas desta vez, além dos números cativantes, a dramaturgia foi toda pensada para encantar as crianças. É claro que os cuidadores também vão se divertir, mas o espetáculo foi feito para criar identificação com o público infantil. A empolgação dos pequenos é grande — explica Natássia Vello.
Ao final da sessão, a companhia passará o chapéu, honrando a tradição da arte de rua de receber remuneração voluntária, e todo o dinheiro arrecadado será doado para o Circo da Chatuba, uma instituição de circo social na Baixada Fluminense.
Fantástico Mundo
O projeto Fantástico Mundo, que promove aulas de tecido acrobático e outras técnicas circenses na Praia da Boa Viagem, apresenta a mostra “Salve todas”, que reunirá 16 apresentações com 40 alunas, artistas com idades entre 12 a 65 anos.
![O Fantástico Mundo homenageia as mulheres na mostra — Foto: Divulgação](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/f-0NSPjQwmAJr4WkFuGR-5n6WDA=/0x0:1365x2048/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/l/t/5YDM9DQgapnmUYsDqTvQ/mg-8646.jpg)
Idealizadora e professora do projeto, Val Martins diz que a mostra faz parte de um circuito que tem o objetivo de levar a energia do Fantástico Mundo “para voar em outros espaços”, além da Ponte da Boa Viagem. Nessa apresentação, o grupo quer propor a reflexão sobre os espaços de representatividade feminina e a equidade de gênero.
— Queremos e precisamos falar sobre a mulher. A dificuldade de compreender o feminismo denuncia o quanto certas convenções estão enraizadas. Pregar igualdade não tem a ver com igualar homens e mulheres enquanto indivíduos, mas sim enquanto sujeitos sociais. Trata-se de uma luta contra a violência de gênero e pela igualdade de direitos e de condições das mulheres na sociedade — destaca Val.
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